Cap 25

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Artigo 157;

É pô, a doutora é leal à mim mermo.

A prova que eu queria, ela me deu e foi uma prova do caralho. A mulher é braba mermão.

Braba pra caralho.

Terror: Ela fala bonito pô, até eu sabendo do caô todo, eu ia acreditar. Brabona. - Jogou o celular na mesa.

157: Ih pô, o alívio que tô sentindo tá grande. - Nego já me encarou rindo pô. - Fala pô.

Terror: Tá aliviado porque? Num era tu que ia se foder. Tá gamado na doutora, sabia.

Começou a bater palma e gritar umas paradas nada haver.

157: Ih, se fode. Tô aliviado porque a doutora é foda, tem tudo pra me livrar dessa porra. Não emociona. - Neguei respirando fundo.

Terror: Ala, não fiz macumba atoa não. Tu tá quase de quatro pela doutora, vai vendo pô. Tô certinho.

157: Tu já vendeu a porra do celular? Só me enrola, filho da puta. - Joguei uma caneta da cabeça dele. - Vai porra.

Terror: Ninguém quer comprar. Tô arrumando esquema, com umas professoras lá. Até a diretora me deu mole pô. Vai lá casar com a loirona.

Se eu cato esse moleque sozinho, encho de bala pô.

Agora tenho que arrumar um jeito, de agradecer a doutora. Tô ligado que ela passou por cima dos princípios dela, pra se livrar de uma parada que eu mermo meti ela.

Vou lá conversar certinho com ela, posso deixar ela sem nada não, ainda mais depois disso.

Fui na calma pô, resolvi ir andando. Caminhar pela minha favela, tudo mec.

Tava chegando na minha goma e o Terror saindo, com a menina dela no colo.

157: Não era pra tu tá trabalhando? - Cruzei os braços e ele olhou em volta.

Terror: Ih, tá falando comigo?! - Colocou a mão no peito, já começando com a putaria dele. - É que a patroa me libertou pô, beijinho no ombro recalcado.

Mané patroa, ala tão querendo me tirar do poder já. Falo nada.

Entrei em casa e nada dela, fui na cozinha e lá tava ela. Pegando um doce, deve ter feito pô.

Letícia: Tu precisa, experimentar esse escondidinho de uva. Tá divino. - Pô ela gemeu de um jeito estranho, credo.

157: Tá gemendo atoa ae, maluca. - Ela riu negando. - Tá feliz?

Letícia: Muito feliz. Eu tirei um peso tão grande das minhas costas, você não tem noção. Foda-se, se eu menti para um delegado e fui contra todos os meus princípios.

Foda-se. Primeira vez que ela fala um palavrão, tá se perdendo já.

157: É por isso que eu tô aqui, o que tu quer doutora? Fala que eu te dou, qualquer coisa. - Passei o braço em volta do pescoço dela e abraçei por trás.

Letícia: Você me deu cem mil reais, tô muito feliz por isso. - Riu colocando a colher de doce na boca.

157: Dinheiro é porra nenhuma pô. Pensa aí, o que tu quiser mermo. - Ele deu de ombros. - Um sonho então, vou realizar um sonho teu.

Soltei ela e peguei o bagulho de doce da mão dela. Peguei só uma colher cheia e comi, tá bom mermo.

Letícia: Um sonho. Eu tenho poucos sonhos e nenhum, está ao seu alcance.  - Fez bico mexendo no cabelo.

157; Se não tá, vai ficar ao meu alcance. Consigo tudo que eu quero, vou conseguir oque tu quiser.

Já disse que vou recompensar ela, agora já é um desafio. Vou conseguir o que ela tá querendo, nem que eu me foda.

...

ARTIGO 157Onde histórias criam vida. Descubra agora