Cap 29

33.4K 3K 1K
                                    

+100 comentários.
Letícia;

Essa noite eu sei la, não consigo dormir de jeito nenhum. Eu tô com um medo acumulado e que cresce cada vez mais, medo do Maicon.

E eu nem sei mais o que pensar, não tenho certeza mas penso que ele não tenha medo do 157 e que ele vá fazer qualquer coisa, à qualquer momento.

Isso tá me matando por completo.

Tentei e consegui sair de uma bolha, de uma coisa que me fazia tão mal. E já estou me afundando em outra, não tem o que eu possa fazer.

Me descobri por completa e levantei devagar, cobri a Helo e evitei fazer qualquer tipo de barulho. As vezes não é bom trombar com o 157.

Caminhei devagar pelo corredor da casa e fui tentar comer alguma coisa. Não comi quase nada na janta.

E por incrível que pareça, 157 tem muita comida para uma ou duas pessoas. Ainda não entendi muito bem se ele adotou mesmo o Terror.

As vezes eu fico realmente em dúvida se eles estão brincando entre si.

Letícia: Eu sou o Tuê, prazer eu sou a cura.. - Cantei baixinho abrindo a geladeira.

E por mais que tenha muita coisa para comer, não é nada que eu goste. Eu sou muito chata com comida.

157: Bom dia doutora, acordada às sete da manhã? - Eu levei um grande susto.

Letícia: Sete da manhã? Puta merda, é brincadeira? Eu não passei toda a madrugada acordada. - Cruzei os braços indignada.

157: Relaxa pô, não é nem uma hora ainda. - Colocou uma caixa em cima da mesa. - Terror mandou pra tu, disse que tu ia tá com fome.

Aí aquele menino é tudo, lembrou até que eu não jantei.

Letícia: Esse garoto é um anjo, ele é simplesmente tudo de bom! - Abri a caixa e dei alguns pulinhos. - Espetinho de morango!

Gente eu sou completamente, apaixonada!

157: Nunca tinha visto tu de pijama, bonitinha.. - Até parei para olhar o que eu tava vestindo.

Letícia: É não exatamente, na verdade é um babydooll. E sim existe uma diferença e é mais chique. - Ri ajeitando meu cabelo.

Peguei um dos espetinhos e comi na velocidade da luz. Só tem mais dois cara, só isso.

157: Doutora come devagar, logo tá engasgada e eu não vou ajudar ninguém pô.

Letícia: Credo. Vai querer um? - Ele negou. - Mas eu quero que você coma um, me sinto meio sei lá comendo sozinha. Please.

Estiquei a mão segurando um dos espetinhos, ele pegou e comeu só um dos cinco morangos.

Ainda bem.

157: Mó bom, é morango e chocolate? - Concordei. - Aprende a fazer isso aí pra nós comer.

Letícia: Você é outro folgado em, é melhor você mesmo aprender já que eu não vou estar sempre aqui.

Virei meu rosto e voltei a comer lindíssima. As vezes ele precisa ouvir umas coisinhas.

Ele ficou quieto, mas como a bela advogada que sou e presto atenção em tudo. Vejo que ele está bem inquieto.

157: Arrumei uma psiquiatria pô, gostou? - Encarei ele um tanto chocada ou só curiosa.

Letícia: Quer saber se eu gostei?! Estranho, mas tá certo. - Limpei minha mão no pano. - Eu acho bom, não tem muito o que falar. Mas eu gostei que você me ouviu, obrigada.

Sorri sincera e totalmente boba, perdi até o meu foco.

Letícia: Vocês conversaram sobre o que? Não precisa dizer se não quiser, só fiquei curiosa. - Levantei colocando os palitos na caixa.

157: Bora lá na sala, te conto certinho. - Segurou minha mão e deu uma leve puxada. - Vem pô.

Gente ele parece desesperado, até fiquei preocupada.

Sentei no sofá toda curiosa, o cara acabou de dizer que foi atrás de uma psiquiatria por que eu pedi. E agora quer conversar comigo, dá até medo.

Letícia: Que foi em, aconteceu alguma coisa? - Encarei ele que negou. - Olha só, se for gracinha..

157: Ó nós tem contato a mais de um ano pô, mas se conhece pessoalmente à dois meses. Procede?

Letícia: Pois é, acho que procede sim. - Cruzei os braços. - Mas o que é que tem?

157: Tu fecha comigo mermo? Quero teu papo mais sincero doutora. - Colocou a mão na minha perna apertando levemente.

Letícia: Por que dessa pergunta agora? Você sa.. - Ele cortou a minha fala passando a mão no meu cabelo.

Perturbado.

157: Vou te perguntar mais uma vez caralho, tu fecha ou não comigo? - Colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

...

ARTIGO 157Onde histórias criam vida. Descubra agora