Cap 33

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Letícia;

Ajeitei a minha saia no corpo e bufei encarando o Terror.

Terror: Uma tchutchuca em, que isso loirona. Dá um rodadinha e trava na beleza. - Assobiou e eu só ri.

Não tô acostumada a usar roupas que mostrem demais, no caso uma saia jeans curta e bem justa, juntamente de um body rendado e um cinto. Estou realmente bonita, mas é levemente estranho.

Letícia: Aí menino, vamos logo então. Antes que eu surte e me troque outra vez. - Peguei meu celular em cima da cama.

Ele está me obrigando a ir em uma festa de aniversário, do tal LH. Diz que é uma festinha pequenas mas eu não acredito muito nisso.

Terror: Bora pô, já até deixei a Helo com a mina lá. - Concordei deixando ele passar na minha frente. - Tu e o mano vão casar quando?

Letícia: A gente não vai casar, já deixei isso bem claro para ele e foi na sua frente. Já esqueceu? - Revirei os olhos ajeitando o meu relógio no braço.

Terror: Não esqueci. Mas logo tu vai mudar de idéia e aí vocês casam, é bom ir planejando.

Se esse menino fosse meu filho, eu tinha virado ele do avesso de tanta porrada. Eu hein!

O menino ainda inventou de ir de moto, eu fui com um leve medo mas fui. Só espero não ter pagado calcinha pela favela, pelo amor de Deus.

Não é longe até. Na verdade, dentro desse morro nada é longe.

Letícia: O pior é que eu nem conheço o cara e vim, da até um pouquinho de vergonha. - Fiz bico. - Qualquer coisa eu sou tua irmã mais velha.

Passei a mão pelo meu cabelo só para dar uma arrumadinha e não ficar descabelada.

Terror: Aham, para de viajar que geral sabe que tu é a patroa. Ninguém vai te barrar em festa não. - Me puxou pelo braço para dentro da casa.

Olha eu esperava realmente uma festa, mas parece uma reunião. Tem literalmente cinco pessoas, contando comigo.

Mas o cara é super gente boa, tem comida boa e bebida boa. Gin e Cavalo branco são as melhores bebidas que existem!

Mari: Quem foi que te vestiu assim? É impossível, você ter se vestido essa roupa por vontade própria! - Acabei rindo apontando pro Terror.

Letícia: Ele entende de moda feminina, muito bem pelo visto. Mas é a última vez que me visto assim, já estou em total agonia.

Abaixei um pouco a saia olhando em volta. Bati meu olhar justo no 157 que sorriu, fazendo alguns sinais que eu preferia nem ter entendido.

Mari: Letícia para de ser burra, você tá uma verdadeira gostosa. Né LH? - Cutucou o cara.

LH: Sou incapaz de opinar algo, sobre esse indivíduo. - Olhou pra trás. - Patrão me mata doutora, aliás pô. Falei essas palavras difíceis, porque assisti as suas audiências.

Mari: 157 é tão ridículo. Mas enfim, bora beber porque hoje eu só saio daqui carregada! - Neguei revirando os olhos.

A Mari quando bebe muito não é uma pessoa agradável, ela fica muito alegre e isso me irrita. Ela começa a falar e não para mais, aí ela chora e por aí vai.

Não que eu seja muito diferente.

Letícia: Não inventa em maluca. - Peguei dois copos e dei para ela. - Eu te deixo aqui sozinha.

Mari: Me deixa mesmo, vou adorar ficar sozinha com o LH. Nossa ela é tudo de bom. - Abriu uma das garrafas e eu virei encarando ele de longe.

Ble, o cara não é tudo isso não. Porém não deixa de ser bonito.

Letícia: Ele dá pro gasto, existe coisa melhor que você consegue fácil. - Ela me olhou rindo enquanto enchia os copos.

Mari: O Terror é lindo mesmo, um pedaço de mal caminho mas é muito novinho amiga. A gente devia arrumar uma namoradinha pra ele.

Letícia: Ele não quer, tadinho. Ele gosta muito de você. - Peguei meu copo e acabei tomando tudo de uma vez.

Mari: Pra que a gente tá falando dele, se você poderia falar sobre você e o 157? - Me olhou desconfiada.

Letícia: A gente não vai falar dele, enche meu copo por favor. - Bufei cruzando os braços.

Ela me olhou rindo e pegou o copo da minha mão. Dessa vez encheu ele que quase transbordou.

Mari: E porque não? Eu aposto que você tá apaixonadinha e louca pra viver um romance estranho com ele.

Revirei os olhos negando e ela continuou me olhando daquele jeito. O que fez a gente começar a rir do nada.

Letícia: Ele é um babaca amiga, ainda teve coragem de me pedir em casamento. Tem noção disso? - Cruzei os braços.

E aí a gente começou a rir de novo.

...

ARTIGO 157Onde histórias criam vida. Descubra agora