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Austin Cooper:

Terceiro dia com o Meu Ômega, são sete da manhã, horário em que Hanna prepara o café da manhã, estou na cozinha esperando ela acabar, e ela de repente toca em um assunto delicado.

Hanna- Sr. Austin, não acha melhor liberar as empregadas daqui? Seu pai não vai interferir nas suas escolhas e você sabe disso.

- Hanna esse assunto não está em discussão, meu pai mandou eu tomar conta delas até ele voltar, não tenho escolha a não ser esperar.

Hanna- mas você poderia deixar algumas irem, como as três últimas novatas.

Sinto uma pontada no coração quando penso em deixar Alice ir, ontem durante o jantar foi meio tenso, ela parecia conflituosa, como se tudo dentro dela estivesse desmoronando diante dos meus olhos, e a fragilidade recém descoberta afetou algo dentro de mim.

- não posso mandar ninguém embora Hanna, entrou aqui, só saí se meu pai quiser, é como funciona.

Uso uma entonação de voz que foi um pouco grossa demais e Hanna não fala mais nada.

Escuto passos baixos, quase inaudível e Alice aparece na cozinha com o uniforme, provavelmente pronta para trabalhar.

Alice- Bom dia Sr. Austin, e Hanna o que eu farei hoje?

Hanna- você pode cuidar das crianças que vem visitar suas mães.

Vi a cara nada contente de Alice por apenas um segundo que virou um pequeno sorriso forçado.

Alice- certo, eu vou cuidar das crianças.

Ela se virou e antes do primeiro passo ser dado.

- aonde você vai?

Ela ficou de frente para mim novamente.

Alice-esperar as outras empregadas na sala.

-Não fique aqui.

Com o semblante sério ela se senta perto de mim. Hanna que até o momento estava concentrada no fogão se vira e vê Alice ao meu lado, ficando séria instantaneamente.

Hanna- menina se sente na mesa e espere o café lá, o Sr. Austin nã...

- Hanna fique quieta.

Falo sério e ela se cala, pude ver seu olhar de ódio sobre Alice, pois a mesma por ser a mais velha e ter certas regalias e conhecer quase todos ou todos os podres do meu pai, se sente na autoridade de mandar nas novatas, provavelmente ela não deixará barato essa repreensão, o que eu fui fazer?

Já com café pronto, todas as meninas se sentaram à mesa, Hanna serviu todas menos a Alice, me levantei de onde estava e servi Alice diante de todas as outras, ouvi alguns cochichos vindo de algumas que não entendiam as minhas ações.

-calem a boca e vão comer.

Fale sério e dei um sorriso de lado para Alice que não parecia nada aliviada com a situação, saí da cozinha e vi que faltava uma empregada das jovens.

- HANNA, onde está a novata 02?

Hanna chegou bem perto de mim e sussurro.

Hanna- ela está doente Sr.

-Se é assim leve algo para ela, e mande Dora comprar os remédios necessários para ela.

Hanna- sim Sr.

Subi em direção ao quarto de Nico, estou animado com a presença dele na casa, quero deixar ele andando por aí, sair com ele e passear, mas nesse momento tenho que repreende-lo pelas suas ações não muito agradáveis aos meus olhos, como ele pode ousar pensar em fugir.

Chego no quarto e vejo Nico dormindo, me aproximo calmamente e puxo o cobertor de cima dele, ele dorme em posição fetal, quase desisti de castiga-lo, estava tão fofo.

-Nico, acorda bebê, já amanheceu.

Nico-... Não... Alan deixa eu dormir... At ..

Sinto a raiva me consumindo, assim que escuto o nome daquele idiota.

- Anda! LEVANTA Nico!

Ele se assusta, levanta rapidamente, lágrimas instantâneas surgem em seus olhos.

Nico- O que foi?

Ele ainda tem a ousadia de perguntar? Não acredito nisso.

- não lembra de ontem? Em bebê?

Vejo dúvida em seus olhos, que logo é substituída por medo ele, os olhos dele começam a vagar pelo quarto, como se procurassem uma maneira de escapar dessa situação.

Nico- Você vai me bater?

- claro que não, seria uma idiotice bater em você, e não seria tão divertido.

Nico- então o que pretende?

- mais tarde volto com o seu castigo, até.

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Alice Walters:

Não aguento mais! São dez crianças, de dois a sete anos, gritando e chorando, quando um se acalma os outros começam a chorar.

Não sei o que fazer, a Hanna que ia me ajudar, foi embora sem dizer uma palavra, estou abandonada com uma grande quantidade de crianças, o desespero está querendo me dominar.
O que eu faço?

Me sento em quanto da sala com as mãos na cabeça, ela lateja, com certeza posso dizer adeus aos meus ouvidos, vou ter pesadelos com essas coisas pequenas, até que fofas mas perigosas.

Uma criança vem em minha direção, só percebo ela quando põe sua pequena mão em meu braço tentando chamar minha atenção, ela sacode de leve meu braço, levanto o olhar e ela sorri.

...- tia, olha tá tocando.

Ela me entrega um celular e na tela está escrito Tiago. De quem será esse celular? Olho para os lados e não vejo nenhuma empregada e única que estava além de mim era a Hanna.

- me dá aqui pequena, de quem é esse celular?

...-não sei tia, ele disse para te entregar.

Olho novamente em todas as direções e não tem ninguém aqui.

-quem é ele?

A criança sumiu, quando ia perguntar, vi ela caminhar em direção as outras, que agora prestavam atenção ao desenho que passava na televisão.

O celular para de tocar e ligo para o número do escritório do Dk&MS Investigadores de Elite.

(- Dk&MS, soluciona,
Qual a sua emergência?)

(-sou eu Derek,
rastreia esse número,
não tenho muito tempo,
fala que eu estou bem
para o Alan.)

Desligo a chamada e apago do histórico de ligações, em menos de um minuto começa a tocar novamente e o nome Tiago, aparece na tela, silêncio o celular e coloco dentro de uma gaveta, fechando-a logo em seguida.

Vou para perto das crianças e não consigo deixar de sorrir ao pensar que logo sairei daqui.



....

My OmegasOnde histórias criam vida. Descubra agora