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Nicolas White:

O rosto feliz do homem a minha frente, enchia meu coração de alegria, as risadas altas, o ar fresco, o céu azul e o sol brilhando no fim do horizonte atrás das montanhas, a paz enorme que esse lugar transmite, a energia contagiante contida no casal a minha frente dando ao amor um novo significado.

Os olhos amarelados do homem me encaram, caminho até o casal, que diferente de mim, são adultos, direciono meu olhar para minhas mãozinhas, tentando entender o motivo de ter a aparência de uma criança com menos de três anos de idade.

Duas mãos entram no meu campo de visão, olho pra cima e a moça me olha curiosa, já o homem parecida admirado, eles começam a caminhar pelo campo e me balançavam no ar, a sensação era boa.

...- Ei!  Acorda!

A imagem começa a se apagar, e as cores sumir, tento me força a ficar, mas tudo se distorce e começa a ficar escuro.

...- Nico! Está tarde! Temos que ir no centro da Alcateia.

Sinto meu corpo ser cutucado, e sacudido por mãos impacientes. Abro os olhos dando de cara com Alice, que parecia animada, e cheia de energia.

- Só mais um minuto... 

Volto a fechar os olhos.

Alice- Não, mocinho, você disse isso à duas horas atrás, eu já estou pronta.

Meu corpo começa a ficar leve, o sono começa chegar novamente e me entrego de bom grado. Contudo, aparentemente Alice não me deixará dormir, sou levantado contra minha vontade.

Alice- Ele tá esperando a gente, vem!

Ela me puxa pelas mãos, me fazendo sentar na cama.

- Quem? Certeza que não é importante. 

Ela me olha desaprovando minha atitude, enquanto eu não faço ideia do porque dessa animação toda. 

Alice- É importante sim! pequeno, sabes que o Alan não chamaria a gente atoa.

Ergo uma sobrancelha, Alice faz carinho na minha perna, apertando levemente. Fico confuso com o ato, mas ignoro, enquanto Tales internamente comemora o contato. Me levanto e vou tomar um banho.

O espelho refletia a imagem de um ômega baixo, cintura fina, olhos violetas, cabelos quase brancos que caiam sobre os ombros e lábios extremamente vermelhos, sorrio para mim mesmo ao ver meu pescoço marcado, era como se Alice quisesse deixar registrado aquele momento na em minha pele.

Foi a primeira vez que estive em um momento tão íntimo com Alan, um momento não tão inocente e puro, embora eu tenha gostado uma sensação estranha me diz que isso não se repetira... Ouço batidas na porta.

Alice- Nicooooo! tá demorando muito.

Fecho a água e saio, me enxugo e só agora percebo que esqueci as roupas. Enrolo a toalha em volta do meu corpo, e vou para o closet, todas minhas ações são observadas pela minha companheira, que não perdia uma oportunidade se quer de me tocar.

Seja no braço, pescoço, rosto, costas e por aí vai. Ela me cutucava, passava mão, e até me impedia de executar minhas ações, ria dela e reclamava porque não parava de me atrapalhar a vestir as peças de roupa, escolhi uma calça jeans preta, All Star rosa bebê, e uma camisa branca lisa.

Prendo o cabelo, e sou arrastado para fora do quarto. Pego um pedaço de bolo de chocolate e uma caixinha de suco de uva, e sigo pro carro de Alice que ela ganhou no aniversário de vinte anos, um esportivo de luxo, que diferente do que eu esperava, ele é verde florescente em vez de azul bebê a cor favorita dela.

My OmegasOnde histórias criam vida. Descubra agora