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Alan Andrade:

Acordei com o Marley agitado, desde ontem quando menti para Nico, não consigo me acalmar, parece que meu coração está se rasgando aos poucos, pedacinho por pedacinho.

•Marley• Eu te detesto! Se o Nico ficar como há sete anos atrás, quando tinha dez anos, eu acabo com você!

Tá se achando muito.

Respondo mentalmente.

Ele começa força a transformação, meu corpo começa a doer, e a luta interna dura algum tempo, e por pouco a transformação não se completa.

+Marley- Deixa eu sair! Eu preciso!
Ele não pode ficar sozinho!


Marley, rosna e se desliga.

Não consigo descordar, entretanto me sinto culpado, afinal ele estava assim por minha causa e eu sou um idiota por não ter percebido, a situação antes de chegar a esse nível.

Olho meu quarto e a situação não está boa, os móveis ficaram todos arranhados, as cortinas das janelas foram ao chão, o colchão todo rasgado, ou seja a luta interna, destruiu o meu quarto, e minhas roupas.

Vou ao closet, escolher a roupa que passarei o dia, uma calça jeans preta, tênis azul marinho e uma camisa lisa branca. Meu celular toca, e atendo no segundo toque.

(Marcos- Alan precisamos de você
aqui no escritório, é uma reunião urgente, venha rápido. )

(ok, já estou indo.)

Desligo o celular, tomo uma ducha rápida e visto a roupa que escolhi, queria falar com o Nico, mas estou com pressa.

•Marley• Pressa? Você só está fugindo de falar com o MEU pequeno.

•Fica quieto na sua.

Saio as pressas ignorando os xingamentos internos de Marley, entro no primeiro carro que me vejo na garagem e vou para o escritório. Chego em cinco minutos, ou seja, corri demais, e assim que paro o carro me lembro que Nico sempre detestou quando eu corria demais com o carro, mesmo que um carro não chegue nem perto da velocidade máxima de um lobo, sempre achei graça dele bravo, com o rostinho vermelho, braços cruzados e um bico nos lábios que são vermelhos como um morango. Entretanto na atual situação, em vez de um sorriso em meus lábios ao lembrar desses momentos, tem uma linha reta ao pensar no idiota que fui, e que sou.

Caminho estressado e pisando firme, ao adentrar meu prédio, vou direto para o quinto andar, onde ocorre as reuniões internas da minha empresa, ou rede de escritórios, isso dependo de qual assunto será abordado na reunião.

Entro sério, sento em minha cadeira, e vejo que estão a todo vapor, minha equipe está focada e finalizar os projetos de ampliação das praças arborizadas da alcatéia.

-Qual o tema dessa reunião?

assistente- Sr. Andrade estamos tratando do novo sistema de segurança que pediu.

Fico nervoso, afinal o que tem de importante e urgente nisso?

-E porque me chamaram para isso? Que eu saiba não é minha função.

Vejo minha assistente ficar visivelmente preocupada.

Assistente- Nós não o chamamos por isso, seus detetives que o chamaram, é sobre um fugitivo.

Ergo a sobrancelha, o que eu tinha haver com um fugitivo qualquer?

-E cadê eles?

Ela me olhou confusa, deu um sorriso pequeno.

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