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Obrigada pelo apoio de todos, espero que gostem do capítulo, um beijo!

Nicolas White:

...- ei, acorda garoto.

Essa voz, conheço de algum lugar, abro os olhos devagar e vejo que está a noite, olho ao redor, me habituando  a claridade de alguma chama próxima, estou em uma cabana? Me sento devagar.

Uma menina dorme ao meu lado, como um estalar de dedos em minha mente, lembro de um momento em particular, quando pequeno, eu fugia de casa e achava uma menininha com cheiro de morangos frescos.

Tento sentir o cheiro da menina ao meu lado, porém não sinto nada, começo a ficar nervoso, minha visão fica embaçada e parece que não estou respirando, procuro alguma forma de voltar a respirar só que nada acontece.

...-Nico, oi?

Alguém toca no meu braço, uma mão muito grande e quente, me sinto protegido e volto a realidade, foco minha visão ao homem grande sentado ao meu lado, ele parece feliz?

-eu não consigo sentir cheiros, por favor me ajude.

Ele parece ficar instantaneamente preocupado, ele me abraça forte, fico confortável com o abraço e começo a chorar de emoção, não sei porque me senti tão bem, não consigo lembrar dos fatos da minha vida em ordem, está tudo meio bagunçado.

Ele separa o abraço só o suficiente para olhar no meu rosto, ao ver minhas lágrimas ele trava por um mísero segundo e rapidamente passa uma de suas mãos para seca-las, faz isso sem se separar de mim.

...-prometo não te perder nunca mais, meu amor.

Meu coração acelera com as palavras do homem a minha frente, sorrio sem perceber meu lobo se agita dentro de mim, o homem sorri para mim e acabo derretendo por dentro, que homem lindo.

Sinto minhas bochechas ficarem vermelhas de vergonha, ele toca meu rosto com muita delicadeza e começa se aproximar bem devagar, parece em dúvida de algo e ao mesmo tempo decidido, nossos lábios se tocam em um selinho calmo.

Meu lobo parece gostar bastante, e eu fico com mais vergonha ainda, por gostar de um beijo de um possível desconhecido, em segundos o beijo começa a tomar forma e ele pede passagem com a língua.

Separo meus lábios só um pouco, e língua dele a invade sem dó, o beijo dura meio minuto é bem calmo e romântico, por que um desconhecido me causa tanto conforto? Meu coração pula uma batida quando nossos lábios se separam, uma brisa leve entra pela porta que agora percebo que está aberta, ele se afasta completamente começo a sentir falta do calor que emana dele.

Ele levanta e vai em direção a garota, estou confuso, lembro de sentir um cheiro de café e deferente estou em uma cabana?

Outro cara bem alto entra na cabana observa, não fala nada por um tempo, até que parece tomar uma decisão.

...- Alan, nós temos que ir, não podemos ficar aqui para sempre, já faz duas horas, temos que voltar, preciso fazer um relatório e Derek precisa revistar toda a casa, você está incapaz de carregar os dois, precisamos de sua permissão para leva-los de volta a casa.

...- Marcos eu não vou voltar até aquela merda de casa, faça o que quiser, eu só saio daqui depois que a Alice tiver acordado também.

Então o nome da menina é Alice, o homem parece confuso com a resposta do desconhecido que me beijou, até que ele foca o olhar em mim.

Marcos-Nico? Não acredito, que maravilha! Alan posso abraça-lo?

O homem chamado Alan franze a sobrancelha, seus olhos mudam de cor para um mel muito lindo.

Alan- Não.

Marcos- poxa, eu também senti falta deles, acho justo eu abraça-lo também.

O Alan parece ficar mais irritado.

Alan- Não. É não, sai daqui.

O homem fecha a cara também, volta seu olhar para mim novamente.

Marcos- Bem vindo de volta e quando tiver uma chance te abraço, é uma promessa.

Ele joga um beijo no ar, como se quisesse provocar o Alan e eu acabo dando risada, minha mente tá uma bagunça, mas não acredito que dois caras que parecem ter acabado de sair de um filme de ação sejam tão engraçados juntos, com toda a certeza são amigos a tempos.

Alan- Não escuta ele Nico, eu não vou deixar.

Apenas observo, dou uma leve risada estou muito fraco não consigo responder nada.

Marcos saí da cabana e Alan volta a se concentrar na menina chamada Alice.

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Alan Andrade:

O efeito do tranquilizante passa, acordo assustado, vejo que dormi ao lado do Nico, não tenho ideia do tempo que passei desacordado, me sento e tento acorda-lo, não consigo de primeira então respiro fundo e só admiro o ser a minha frente.

Lindo, os cabelos quase brancos, os lábios avermelhados, o corpo pequeno e os olhos que quero tanto ver abertos, nunca achei que amaria tanto a cor violeta, meu ômega tem os olhos mais lindos de todo o mundo, não me aguento o chamo novamente.

- ei, acorda garoto.

E para minha surpresa os olhos do mesmo se abrem, só que ele não parece se focar em mim, olha diretamente o teto, depois se senta e observa Alice por alguns segundos, ele parece apreensivo e logo em seguida parece que algo o aflige, ele puxa o ar com um pouco mais de força e logo em seguida para de respirar.

Como um movimento automático, estendo minha mão até tocar o braço de Nico.

-Nico, oi?

Ele olha para mim, com uma expressão um tanto estranha.

Nico- eu não consigo sentir cheiros, por favor me ajude.

Meu lobo se desespera um pouco, e sinto uma grande necessidade de abraça-lo, e o faço, ele esconde o rosto de mim, acho fofo e me afasto só um pouco para ver seu rosto e nele escorrem algumas lágrimas, as seco rapidamente não quero ver ele chorar.

-prometo não te perder nunca mais, meu amor.

Sem perceber faço uma promessa e ele parece confuso de início, começa a sorrir, e eu acabo sorrindo, ele fica super vermelho de vergonha passo a mão delicadamente sobre seu rosto.

Quando eu percebo já estou com os lábios colados nos de Nico, uma sensação incrível me invade, me sinto tão bem, resolvo dar o primeiro beijo de Nico, depois do beijo me afastei, uma leve brisa nos atingiu, Nico parece confuso e feliz? Não sei dizer o olhar dele diz mil coisas diferentes nesse mesmo segundo.

Passo para o outro lado da cama, ficando perto de Alice, quero que ela acorde também, mas antes que eu conseguisse me concentrar nela o Marcos entra na cabana, para encher o saco não presto muita atenção a ele, e o respondo de qualquer jeito como sempre, porém Nico parece se divertir com tudo, como se fosse a primeira discussão que ele presencia entre mim e Marcos.

Assim que Marcos sai, começo a chamar Alice, não tem nenhum efeito, ela não acorda, teremos que leva-la dormindo mesmo, só de imaginar o que eles devem ter passado, já sinto a raiva ameaçando a me dominar, porém me controlo não quero que Nico se assuste.



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