My Omegas

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+12 menores não leiam. 

Nicolas White:

Acordei com o som do despertador ambulante, Alice pulava em cima de mim como se não houvesse amanhã, que abusada!

-Saí de cima, preciso de energia para enfrentar a correria que será o dia de hoje.

Alice- Nossa, Nico eu quero te desejar um dia maravilhoso e me dá um beijinho? Só unzinho, vai.

Empurrei ela pro lado me sentei e dei um selinho rápido na mesma, sem vontade de corresponder com a carência que ela sente de manhã, o dia de ontem não foi tão bom, e hoje me preocupava entrar em contato com o povo que me gerou alguns traumas.

Alice- Só isso? Você ontem foi dormir sem mais nem menos, sentou do lado do bobão do Will, e nem ligou pra mim!

As ironias da vida, amo Alice mas hoje não é meu dia favorito e eu nem comecei ele.

-Você disse unzinho, então para mim está de bom tamanho, agora me deixa em paz.

Me levantei, corri para o closet peguei um calça jeans preta, o uniforme e um tênis também preto, já no banheiro, tomei uma ducha rápida, escovei os dentes e penteei os cabelos que estavam na altura dos ombros, sorri para meu reflexo e desejei força para mim.

Quando abri a porta do banheiro a Alice estava do lado de fora, com os braços cruzados e seria.

Alice- É sério isso? Pequeno! Nem um abraço? Nada?

Olhei dentro dos olhos dela, tentei ser firme e dizer não, mas ela fez uma carinha fofa, e não resisti. Puxei ela para um abraço, respirei fundo o cheiro de morangos frescos que ela tinha, e acabei soltando uma risadinha.

-Agora você poderia me deixar sai do banheiro?

Ela me apertou super forte e quase fiquei sem ar, dei uns tapinhas para que ela me soltasse.

Alice- Nico, posso te levar na escola hoje? Vou ficar sem nada para fazer o dia todo, o Alan foi para um reunião urgente e minha faculdade me liberou pelo resto da semana.

-Queria ser você, e ficar em casa, mas vamos.

Alice- primeiro o café da manhã mocinho.

Finalmente saímos da porta do banheiro e fomos para a cozinha, peguei um pão, passei uma geleia qualquer e comi, me concentrando em cada mordida e focando em engolir. Acho que Alice percebeu que eu estava desanimado e começou a fazer carinho no meu cabelo.

Alice- vamos pequeno, vou pedir ao Alan para você ficar em casa até semana que vem, você só vai ter que aguentar hoje, prometo!

Ela da um sorriso contagiante que me faz sorri junto, meu lobo gostou do contato físico, será que estou carente?

Andamos até a garagem, entramos em um carro qualquer do Alan, e quando menos esperava Alice parou o carro em frente minha escola.

Alice- quer que eu entre com você?

Percebi tarde demais que estava a uns cinco minutos encarando a entrada e não dei indícios de que me moveria para sair do carro.

-Não precisa.

Ela deu um leve sorriso e olhou no fundo dos meus olhos, senti como se ela pudesse ler minha alma, porém essa não é a realidade e como eu gostaria de me comunicar sinceramente com ela, e extravasar tudo que me machuca.

Alice- Pequeno, vá a diretoria assim que entrar na escola, e entregue esse papel.

Ela abriu uma bolsa, tirou o papel e me entregou enquanto falava. Quando estendi a mão, para pegar o papel ela me puxou para um  beijo rápido, ou era o que eu pensava, pois antes que percebesse a língua dela na estava na minha boca, tentei me afastar entretanto ela com uma velocidade incrível me puxou para mais perto e aprofundou o beijo. Perdi todas as forças para empurra ela.

Nós nos separamos devida  a falta de ar. Senti meu rosto corar de vergonha, fiquei encarando minha companheira que deu um sorriso, e lambeu os lábios.  Meu lobo estava feliz com o contato, o que isso significa?

Alice- Nunca deixe que falem de você, algo que não lhe pertence. 

Olhei incrédulo para ela.

-Que?

Ela balançou a cabeça.

Alice- vá antes que eu não deixe você sair desse carro.

Desci do carro meio confuso e ao mesmo tempo com medo da Alice. Andei a passos lentos até a diretoria da escola, e esperei na recepção da mesma, chamaram meu nome e entrei.

Diretora- Sente-se, Nicolas White?

-Sim.

Ela estava séria e não parecia nada feliz em me ver.

Diretora- Então, devido ao ocorrido recente, estamos aumentando a segurança da escola, um pedido do Alfa Supremo, para que não aconteça novamente uma infelicidade como antes, e nossa escola preza os alunos, e queremos a segurança de todos.

Cada palavra parecia cuspida da boca para fora, afinal, ela esqueceu de todas as vezes que denunciei o bullying e agressões verbais que sofri? Para mim ela só está falando isso porque o Alan ordenou o aumento da segurança.

-Entendo Sra. Diretora, acredito que isso pertence a você.

Entreguei o papel, me levantei.

-Vou me retirar para a aula.

Ela me liberou, entregando um papel com as matérias que teria no dia e um para o professor assinar, e em segundos já estava fora daquela sala. Respirei fundo ao dar de cara com o longo corredor, que estava vazio, andei bem devagar, provavelmente já estavam todos em suas salas.

Um, dois, três... cinquenta... cheguei a sala de história, após cinquenta passos, e porque eu os contei? Não faço a menor ideia, encarei a porta por um longo tempo, respirei fundo de novo e abri a mesma.

A sala estava um caos, gente gritando, aviãozinho de papel sendo jogados de um lado para o outro, pelos únicos cinco alfas da sala, o resto da mesma era composto por quinze ômegas, que em sua totalidade não gostavam de mim.

Fui a mesa do professor e entreguei o papel para ele assinar.

Professor- Ok, pode se sentar.

Caminhei para a cadeira vazia próxima a janela, e percebi que ninguém prestou atenção em mim, o que era muito bom, afinal isso significava que não iam me perturbar, né?

Aula seguiu normalmente, e tudo parecia tranquilo, PARECIA, pois no final da mesma ouvi a seguinte conversa atrás de mim.

...-É ele né? 

...-Sim.

risadas...

...-Como consegue né? Ser tão sem noção, deveria ter morrido.

...- AI! Que pesado Bello, ele pode ouvir, não é culpa dele ser o que é.

Bello- Pesado o que? Pra ele deve ser tudo tão fácil, nós é que carregamos coisas demais, acho que ele fez algo pra tornar-se o parceiro do Alfa Supremo. Ariella, concorda?

Ariella- Claro que sim, afinal se o Alan já tem a Alice, pra ele que ia querer esse aí, eu não vejo nada de interessante nele, Júlia você tem que parar de ser sensível.

O trio começou a rir muito alto, e o professor mandou eles se calarem, contudo estamos em uma sala onde todos são transformados, o que significa que mesmo que eles tenham sussurrado todos na sala ouviram perfeitamente, e agora sou alvo do olhar atento de todos, mas ninguém irá me ajudar, e eu mesmo não consigo me defender.

Respiro fundo ao sair da sala, engulindo o nó que se instalou em minha garganta e sigo para as próximas aulas, a vontade de chorar foi grande, mas não daria esse gostinho para os idiotas da minha sala.

...