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Ian Coleman: 

- Héctor Logeman! Mande trazer as malas. Vamos ficar nesse hotel!

O ruivo atrás de mim arregala os olhos, adquirindo uma postura rígida em seguida.

Héctor- Tem certeza majestade? Não seria melhor ficarmos no hotel de sua família?

Nego, com um aceno de cabeça.

-Esse hotel é perto da casa de Alan, aqui posso ficar mais perto do meu filho.

Meu conselheiro ainda mantém a postura rígida.

Héctor- Senhor não quero ser intrometido, mas e se esse Nicolas não for seu filho?

Ergo uma sobrancelha.

-Não me questione, apenas traga minhas malas, ele é meu filho, é idêntico a mãe.

Caminho para dentro do Hotel sem me importar com as desculpas do ruivo conselheiro. Aqui é perfeito para quando sair o resultado, posso facilmente encontrar de forma casual com Nico, e tentar formar um laço com ele.

Suspiro, pensando na discussão que tive ontem com a ômega que estava com Nico, e algo que não consigo entender é como eles três são companheiros? É realmente possível três companheiros? De que forma funciona essa relação? Meus pensamentos são interrompidos por uma voz grave.

Héctor- Senhor, vamos? A cobertura está pronta, mas você sabe que a imprensa está atrás da sua localização. Ainda acho que seria melhor ir para o seu Hotel.

Sigo para o elevador ignorando o ruivo. Ele me segue irritado ergo a mão em um movimento involuntário e acaricio as madeixas avermelhadas do ômega, vejo um ponto de interrogação se formar em seu rosto.

-Você parece um pet quando tá irritado. Então fiz carinho.

Ele ri as portas do elevador se fecham e começamos subir.

Héctor- Realmente não o entendo, meu rei...

Ele sussurra mas consigo ouvi-lo.

-Acha que seu rei é confuso?

Uma careta irônica se faz presente em sua face.

Héctor- Claro que não! Tenho certeza há uns trinta anos.

Dou um sorriso de lado.

- Então agora você fala as verdades? Antes nem se dirigia diretamente, era sempre formal.

Ele fica sério.

Héctor- Você que ordenou que eu fosse direto e menos  formal, até ameaçou me despedir.

Percebo que trinta anos é bastante tempo, pois não me lembro disso.

- E quando foi isso?

Ele ri.

Héctor- Chegamos majestade, e isso foi uma semana depois da minha contratação na sua empresa.

Credo, eu era horrível, o menino nem tinha tanto tempo no trabalho. Encaro o ômega e ele parece ficar irritado. Então percebo que a porta do elevador já se abriu, revelando um espaço amplo e organizado, com janelas que se estendiam do chão ao teto, pude perceber a existência de quatro portas no local, acredito que seja a área onde se localizavam as camas e banheiros da suíte.

-Vai ficar aqui também?

Sigo para dentro e o ruivo me segue.

Héctor- Não majestade, meu quarto é o de baixo, número 40, qualquer coisa é só chamar.

Ele entra no elevador novamente deixando-me completamente sozinho, um espaço gigante, que só tem uma função agora, mostrar o nível da minha solidão. 

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