My Omegas

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Alan Andrade:

- Que água gelada!

Nadamos até a borda, fiz impulso e saí da água, depois peguei a mão de Alice e ajudei ela a sair, a menina estava tremendo muito e o tempo não demonstra interesse em se tornar ensolarado e vibrante.

Alice- Vamos voltar lá, e se o pequeno estiver dentro daquela casa?

Ela abraçava o próprio corpo, os lábios tremiam e aparentemente o frio não era a sua maior preocupação no momento.

-Ok, mas você não vai entrar na casa.

Vi que a mesma se irritou em ter que ficar esperando do lado de fora, contudo não havia outra solução, estamos desarmados e Alice nunca se envolveu em uma luta, não quero que ela se machuque.

Escalamos o morro, isso me lembrou o meu aniversário 3.616, que o pequeno fez um piquenique no topo de uma cachoeira, esse foi o melhor presente que recebi em anos, ambos os pequenos naquele dia se dedicaram, e fizeram ser um dia especial, para uma existência como a minha, poucas coisas são valiosas e ter algo para guardar como seu, torna mais suave o peso de ser quase imortal.

Não sou nem de longe o melhor alfa, mas queria representar algo bom para o suficiente para ser guardado em uma memória, ter cuidado deles desde a infância, vê-los crescer foi incrível, e sem dúvida, encontra-los foi perfeito, realmente eu teria continuado minha vida inutilmente fútil sozinho, se não tivesse resolvido sair para caçar no dia 13 de abril de 2015.

Alice- Atenção... Alan?

Percebi que já estava no topo, mas parei e fiquei encarando o nada.

-Hum, ok. Suba.

Alice subiu nas minhas costas e corri de volta a casa, paramos bem mais afastados dessa vez, meu coração vacilou algumas batidas ao ouvir disparos de armas, a pequena se assustou, entretanto, agora não tem volta, deixei Alice.

Me aproximei da casa, entrei em super velocidade e um alfa qualquer avançou em cima de mim, desferi parte da minha raiva na cara dele, sei que se está aqui é porque faz merda. Vi Marcos morder um, e Derek voar literalmente para atacar um homem que por algum motivo não me era estranho.

Certeza que conhecia ele de algum lugar, foquei minha atenção em dois alfas que resolveram me atacar. Deferi socos e chutes, porém me senti um besta, pois não notei que ambos não se aguentavam em pé. Depois de uns trinta minutos todos foram derrotados, só restando eu e meus detetives.

Derek- Cadê o resto da trupe?

Olhei sério para o ser, que fez a pergunta e notei que ele falava comigo.

Marcos- Concentra cara não é a melhor hora para se brincar, Alan seu pequeno está lá em cima, e bom digamos que a quantidade de pequenos se multiplicou. 

Fiquei confuso, mas preferi ir conferir como está Nico, a preocupação com ele me invadiu, preferia mil vezes encontrar o pequeno no centro da alcateia, aqui é o último lugar no mundo que queria ver o meu pequeno ter contato. Cada passo até chegar no topo da escada aumentava o desespero do Marley, e meu nervosismo.

Fui em busca do cheiro do pequeno, quando finalmente senti, foi como  se uma paz me dominasse, a ideia de que ele está perto por si só, já é o suficiente para mim. Caminhei até a porta de onde vinha o aroma de rosas e bati.

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Nicolas White:

Ficamos em total silêncio, as batidas pararam e de repente a porta foi aberta, revelando um alfa com cara de preocupado e que poderia chorar a qualquer momento, Alan? Quando ele chegou aqui? Fiquei encarando ele, reparei em alguns aranhões, marcas de sangue e que as roupas estavam rasgadas, me assustei um pouco com a imagem, me senti triste por vê-lo dessa forma, não gosto quando ele se machuca. Em momento algum o Alan olhou para mim, diretamente.