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Tales Richard:

Não acredito que estou aqui, faz 2.436 anos que não vejo o Alan e posso realmente tocar ele, ser parte do Nico me deixa muito feliz, o garoto é incrível e aceita a maioria das minhas ideias.

Para eu aparecer no aniversário dele foi complicado, afinal Alan teria que conhecer Nico já, porém o nascimento de Nico demorou para acontecer era para ele ter 27 anos atualmente porém por algum motivo mistico os pais dele demoraram muito para se encontrar e muita coisas na vida dele é mal contada.

Observar tudo de longe foi difícil não poderia interferir em nada e Luna sempre ficava brava quando me pegava observando o Alan ou quando eu ia para terra ficar perto dele enquanto ele caçava.

Quando Nico ainda estava no ventre me tornei parte dele, e fiquei desacordado durante toda a gravidez de Milla White mãe de Nico.

O Nascimento de Nico em 12 Março de 2010 foi uma coisa incrível, eu vi o mundo pela primeira vez de novo, estava acordado e o sorriso de Milla para o pequeno e para mim era lindo.

Tudo foi tranquilo até os dois anos do pequeno, quando a casa foi invadida e sua mãe foi morta em sua frente, ele não se lembra porém eu lembro e o assassino de Milla estava de máscara e todo de preto toda vez que tento lembrar o rosto dele nada vem.

Nesse dia os vizinhos chamaram a polícia devido ao tiro, a polícia chegou mas tarde demais o assassino tinha ido embora e Milla não tinha mais como ser salva, eles levaram Nico para delegacia e depois para uma casa de adoção, a notícia da morte de Milla saiu no jornal e um aviso de que ela havia deixado um filho de dois anos.

Uma semana depois misteriosamente um cara chamado Lux White apareceu alegando que Nico era seu filho, os policiais investigaram e descobriram que era verídico a afirmação de Lux, porém ainda acho meio suspeito, contudo o exame de DNA deu positivo e estávamos nos mudando para a casa de Lux.

Não gostei pois era muito afastada mas não podia fazer nada, os anos passaram lembro de ouvir Lux com mulheres em casa, e as vezes ele aparecia com crianças para "brincar" comigo, elas eram sempre ômegas e sempre estavam perguntando de suas mães para Lux, que sempre dizia que mais tarde eles as veriam e depois nunca mais essas crianças voltavam, isso enquanto Nico ainda tinha três anos, porém aos quatro anos eu ouvi uma mulher gritar socorro e gemer aparentemente de dor, induzi Nico para ir até o porão que era de onde vinha o pedido de socorro, e a moça tinha aparentemente uns quatorze anos, eu ajudei a desamarrar ela e ela fugiu, meu "pai" chegou e me viu saindo do porão e daí em diante começou o sofrimento de Nico, ele não lembra disso pois era novo, ele não lembra da mãe mas ainda tem sonhos com ela, só que ele não sabe quem é a bela moça que sempre sorri bonito.

A Luna me proibiu de falar qualquer coisa, pois não era pra mim lembrar de nada disso, só que ela deixou de presente para mim as minha memórias, com a promessa de que eu não ia interferir em nada.

É difícil mas mantive minha promessa e agora o segundo presente que é comemorar um aniversário ao lado de Alan sabendo que sou seu destinado.

Atualmente...

É difícil responder todas as perguntas de Nico, afinal tudo que tenho vivido até aqui é com ele, e não posso falar do passado, todos os pensamentos dele e cada ideia eu ajudei a formar e incentivei sempre ele.

Alice não trocou muitas palavras comigo, mas seus sorrisos foram todos registrados em minha memória durante o café da manhã.

Cantamos parabéns para o perfeito Alan e ele soprou as velinhas.

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Alan Andrade:

O resto do meu café de aniversário foi normal conversamos e fizemos piadas, percebi um momento em que Tales ficou admirando Alice.

Confesso que senti um pouco de ciúmes mas não era momento para isso e me mantive concentrado na comemoração, o parabéns foi o melhor, assoprei as velinhas desejando poder eternizar esse momento, ou melhor esse dia.

Nico- vou me arrumar agora, quero ficar lindo também.

Dito isso ele saiu em disparada para o andar de cima e  eu, Tales e Alice arrumamos a cozinha.

Eu recolhi tudo que estava sobre a mesa Tales foi lavando as louças que eu recolhi e Alice guardou tudo.

Alan- vou me arrumar também, volto em trinta minutos.

Alice- admite que até amanhã você ainda vai estar se arrumando.

A pequena gritou da cozinha enquanto eu ia subindo as escadas. É uma figura mesmo, se não me engano agora é a vez do presente de Nico.

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Alice Walters:

Fiquei na cozinha com Tales, o silêncio que se estabeleceu era estranho, como se um nó se formasse em minha garganta, hoje eu não esperava que fosse conhecer alguém do passado de Alan, que tivesse tanta importância para o mesmo, admito que senti um pouco de ciúmes e talvez uma leve inveja, não queria o lugar dele, porém queria a importância ou a metade do que ele representava para o mais velho.

Quando entrei naquele quarto pela manhã emocionada para ser a primeira a lhe dar os parabéns, nem percebi a presença dele até vejo os braços de Alan voltando ao lugar e percebo que ambos estavam se abraçando, Alan nem deve ter percebido mas deu um olhar rápido de compaixão para Tales.

Não gostei muito, da proximidade dos dois e provavelmente isso ficou evidente na minha expressão facial, não sou boa com esconder o que estou sentindo.

No momento que senti o maravilhoso cheiro de rosas  nele fiquei confusa porém minha loba disse que era o Jake, fazer o que? Não podia questionar.

Tales- ei, Alice quer saber algumas coisas sobre o Alan?

Sou tirada de meus pensamentos por um rosto com um sorriso fofo, próximo demais de mim.

Alice- e... Claro, vamos sentar e você me conta tudo, ou o máximo que der.

Tales- Qual a sua maior curiosidade?

Alice- Como ele era? Tipo o gosto mudou muito? Amadureceu ou regrediu?

Tales- Digamos que ele amadureceu e muito, principalmente o Marley. Eu conheci Alan quando estava no auge dos meus 20 anos, naquele tempo podemos dizer que as pessoas ainda não estavam tão evoluídas, eu sempre fui considerado estranho pelo meu cheiro, que na época era doce e suave, não existiam outros ômegas machos, então era estranho eu não ter a força de um Alfa, não ter um cheiro amadeirado, coisas do tipo, Alan estava de passagem na minha Alcateia e era muito cobiçado pelas moças, o sorriso completamente branco e perfeito não saia de seus lábios, dando a ele uma beleza irreal e inalcançável, neguei a atração que sentir por ele no início, e descobrir que o mesmo passaria uma semana na alcateia, deixei de lado a atração pensando "daqui uns dias, ele vai embora mesmo", segui minha vida normalmente, eu trabalhava em uma floricultura na época era uma espécie de loja de especiarias e flores, no terceiro dia da estádia de Alan o encontrei na mata, perto da onde colhia minhas flores, ele cheirou o ar a procura de quem era dono do cheiro doce e assim que nossos olhos cruzaram...

Alice- então você foi o primeiro ômega macho da espécie? Que interessante, Nico ia gostar de saber que seu lobo já foi o primeiro ômega.

Tales- não posso contar para ele, é parte de uma promessa, pois eu não posso interferir na vida dele, se não perco minhas memórias e elas são especiais demais. Principalmente minhas memórias de você.

Pronto tá ai uma coisa que me deixou curiosa, e ele não vai me contar.

Alice- de mim? O que é?

Tales- não posso contar isso, e você já sabe o porquê, nem vem dá uma de espertinha futura Einstein.

Alice- eu imagina.

Dou risada dele e peço para ele continuar.

Tales- então... ele pareceu chocado e ao mesmo tempo animado com a "novidade" afinal não é sempre que se achava um homem, com cheiro feminino. Ele usou seus feromônios em mim, para impedir minha fuga quando ele percebeu que eu ia sair correndo e fiquei paralisado por um tempo, Alan se aproximou de mim curioso e cheirou meus cabelos, depois se afastou de novo e observou meu corpo, não trocamos uma palavra, ele foi embora e me deixou parado no mesmo lugar dentro da mata...

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