Você, de verdade (Romance lésbico)

CAPÍTULO 24. HORMÔNIOS

Oi, meninas!

Uma interaçãozinha de vez em quando é bom. :)

Só queria passar pra agradecer quem tem acompanhado até aqui ♥ e informar que estou liberando 2 capítulos completos de uma vez, porque deixar leitores aguardando um desfecho é como juntar todos os ingredientes no liquidificador e não ligar!

Por favor, votem e comentem - eu costumava ser uma leitora que não fazia comentários e hoje vejo como é importante pra quem escreve! Hahahahahaha

Boa leitura! 

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— Você quer que eu te espere aqui? – Gabriela perguntou, encostando o carro.

— Não, não precisa. Provavelmente vai demorar, acho que tenho muitos assuntos pra pôr em dia. Pode ir, pego um Uber pra casa depois.

— Tem certeza? Eu posso te esperar.

— Não, por favor, eu sei que você está atolada de coisas pra fazer. Eu te mando uma mensagem quando terminar.

— Tem certeza?

— Absoluta. – Tocou sua mão.

Gabriela apenas assentiu com a cabeça. A verdade é que dedicava todo o seu tempo livre à Camila, mesmo que agindo como uma amiga. Estava presente o tempo todo. Imaginou que talvez fosse bom ficar a sós, um pouco que fosse.

Quando retornou à casa, sentou no sofá da sala. Naquele momento pôde, finalmente, chorar. Um choro de saudade. Sentia falta da Camila com quem vivia e compartilhava os melhores dias da sua vida. Não quis ser ingrata, sabia que tinha sorte em ter a mulher que amava ainda ali, viva, ao seu lado, e com a gravidez indo bem, mas sabia que lhe faltava algo. Algo que se acomodava em uma parte tão pequena do seu cérebro, mas era imensuravelmente importante. Faltava seu amor. Suas memórias. As cenas que guardava na sua memória viviam agora somente na sua cabeça e aquilo era torturante. Camila não poderia sofrer, não poderia sentir falta do que não lembrava. Por ora, não havia nada mais que pudesse fazer; abraçou uma almofada e ali ficou, em silêncio.

Alguns minutos depois, o zumbido insistente do celular indicava que uma outra quebra do silêncio teria de vir, urgente. Gabriela olhou a tela alguns segundos antes de atender, respirando fundo.

— Oi, Maria.

— Oi, Gabi! Tudo bem? Tá difícil te encontrar, hein!?

— Desculpa, tudo anda muito corrido.

— Pode falar agora?

— Posso sim. Mas acho que minha resposta vai continuar sendo a mesma...

— Sério, Gabi? Poxa, mas estava tão perto...

— O que eu posso te dizer? Tudo mudou...

— Quer esperar mais um pouco?

— Não posso te garantir que em 4 meses tudo vai estar normal.

— Gabi, vocês investiram tanto nisso... Você sabe que vai ser difícil ser reembolsada por tudo, né? Eu vou tentar te ajudar, mas não sei o que dá pra fazer.

— Eu sei, Maria. Você me ajudou muito. Mas eu já aceitei que, provavelmente, não vai rolar.

— Olha... Não vou cancelar nada por enquanto, ok? Sei que a sua situação é diferente, nem imagino o que você esteja passando. Vou conversar com os fornecedores e ver o que conseguimos fazer. Mas não desiste. Você vai se casar.