Você, de verdade (Romance lésbico)

CAPÍTULO 22. FIRST TIME AGAIN (+18)

Gabriela abriu passagem pela porta do quarto com o pé esquerdo. Carregava Camila no colo, ainda viradas de frente. A segurava pelo bumbum e sentia pernas envolto de sua cintura e os braços sobre seu ombro. Enxergavam apenas as suas silhuetas ao entrarem, mas se sentiam impecavelmente. Gabriela deitou a noiva sobre a cama, atravessada, e parou em cima do seu corpo. A beijava com uma vontade diferente dos beijos anteriores e sentia o beijo de Camila também com uma entrega diferente.

Quase que em consenso, pararam por um segundo e se olharam, trocando um sorriso. Camila removeu uma pequena mecha de cabelo de Gabriela que caía sobre o rosto, enquanto a admirava.

— Vem cá... – Camila puxou Gabriela gentilmente, retirando seus óculos e colocando-os sobre o móvel ao lado da cama.

Suas bocas encontraram-se novamente. Gabriela ousou o primeiro passo e deslizou a mão para dentro da blusa de Camila. Acariciou suas curvas e subiu até o canto do seio, antes de agarrá-lo da forma que queria. Esperava as reações certas antes de avançar. Camila sentia a mão direita de Gabriela no seu seio e suas línguas pareciam dançar uma música lenta, em harmonia perfeita. Nunca havia pensado que um beijo de língua poderia ser tão prazeroso – ou talvez aquele fosse um privilégio feminino.

Depois de alguns minutos, as visões já estavam acostumadas à escuridão do quarto e conseguiam se enxergar parcialmente. Camila sentiu o corpo de Gabriela se afastar e pôde vê-la tirar a camiseta antes de se aproximar novamente.

— Tira. – Gabriela disse, próximo ao seu ouvido. Puxou levemente a peça que Camila usava, para indicar do que falava. Tinha um tom rouco que não se assemelhava à voz habitual. Parecia se transformar em outra pessoa.

Camila decidiu desafiá-la; Sentou-se e ergueu os braços, lançando um olhar provocativo. Qualquer castigo pela ousadia também seria muito bem aproveitado.

— Tira. – Camila disse, com um tom desafiador.

Gabriela abriu o sorriso safado que Camila já considerava um golpe baixo. Cedendo, aproximou-se devagar, e retirou a blusa com cuidado, quase fingindo não ter pressa. Em seguida, colou os dois corpos quentes, mostrando a urgência de tê-la perto. Passou o braço em volta de sua cintura, erguendo-a brevemente, para deitar seu corpo novamente. Camila apenas observava, admirada. Acompanhou com o olhar os beijos de Gabriela em sua barriga e conforme subiam e se aproximavam dos seus seios, ficava mais louca. Conforme os beijos desceram, sentiu as mãos de Gabriela em sua calça, com um pequeno movimento, puxando-a para baixo. Sabia o que viria dali pra frente, mas foi surpreendida com uma parada repentina.

— Eu... Posso? – O tom da pergunta soou novamente como a Gabriela tímida que se mostrava 90% do tempo. O modo como demonstrava preocupação com Camila arrancava suspiros, literalmente.

— É claro que pode. – Respondeu tranquila, alisando seu cabelo com a ponta dos dedos.

Antes de continuar, Gabriela a beijou novamente. Queria ter certeza de que Camila estava à vontade e certa. Tirou sua calça com cuidado, e voltou beijando suas pernas. Conforme se aproximava do sexo de Camila, ouvia os gemidos abafados ficando cada vez mais incontidos. Retirou sua calcinha lentamente, alisando suas pernas e a provocando.

— Acho que descobri um defeito seu. – Camila disse, ofegante.

— Ah, é? – Perguntou, aproximando seus rostos novamente.

— Você tá fazendo uma mulher grávida passar vontade, isso é desumano. – Brincou. – Pára de me torturar.

Gabriela não respondeu. Beijou seu pescoço e desceu com mais pressa que as vezes anteriores. Dessa vez, tinha endereço certo e permissão concedida. Beijou sua virilha suavemente, para que Camila sentisse onde estava, e sentiu seu corpo contorcer levemente. Quando alcançou seu sexo, ouviu mais um gemido contido. Dali pra frente, não poderiam se conter. Não haviam protocolos, nem roteiro. Poderiam e deveriam ser quem os instintos as ordenassem naquele momento.