CAPÍTULO 47. OFEGANTE

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A noite de Gabriela foi mais longa do que desejava. Trocou algumas mensagens com Camila e era provocada a todo momento. Naquela noite, Camila havia feito duas exigências:

"Obedeça"
"Sem perguntas"

Quando conseguiu escapar do restaurante, Gabriela seguiu com pressa para casa e quase tropeçava nos próprios pés enquanto corria pelo corredor do seu andar. Abriu a porta da entrada e as luzes estavam apagadas, mas o cômodo estava iluminado por velas, que formavam uma trilha casa adentro.

— Amor?

Gabriela chamou quase em um sussurro, ainda tentando entender. Caminhou devagar pelo caminho de velas acesas e percebeu que a levava até o quarto. O coração palpitou quando percebeu que Camila havia preparado algo para aquela noite.

A porta do quarto foi aberta lentamente e Gabriela se deparou com Camila sentada à beira da cama, vestindo uma lingerie de seda branca.

— Uau. – Gabriela disse, literalmente de boca aberta.

— Oi.

— Como você...

— Shh. Sem perguntas. – Camila sussurrou, dando dois leves tapas sobre o colchão e a chamando com o dedo indicador. – Senta aqui.

O pedido foi obedecido no mesmo instante. Gabriela parecia hipnotizada. Assim que sentou-se, Camila levantou e parou à sua frente contendo as mãos que já tentavam alisar o seu corpo.

— Não, senhora. – Camila repreendeu Gabriela com um sussurro e sentou em seu colo, guiando seu corpo para trás, até que deitasse, e ficando sentada sobre suas coxas. – Você não vale nada, sabia?

— Não? – Gabriela arqueou a sobrancelha e Camila negou com a cabeça lentamente.

— Acha que pode fazer aquilo comigo e se safar?

A pergunta tinha um tom severo, mas Camila deixou escapar uma leve mordida nos lábios, entregando os pensamentos que tinha em sua mente.

— Me desculpa. – Sorriu cinicamente. – Eu prometo que não faç... – A frase foi interrompida pelo dedo indicador de Camila, que cobriu seus lábios e se aproximou do seu ouvido.

— Agora não adianta pedir desculpas. Agora você vai pagar o que me deve, com juros.

Camila beijou o pescoço de Gabriela suavemente, apenas com o intuito de lhe arrancar um arrepio e suspiros, o que conseguiu na mesma hora. Roçou os lábios pelo seu maxilar, com um olhar furioso.

— Gosta de deixar sua mulher excitada? – Camila perguntou mordendo o pescoço de Gabriela e ela apenas assentiu com a cabeça. – Gosta de deixar sua mulher toda molhada em casa te esperando? – Os olhares se encontraram novamente e Gabriela umedeceu os lábios, assentindo novamente. – Então agora você vai foder a sua mulher até não aguentar mais.

— Esse é o meu castigo? – A pergunta de Gabriela fez Camila morder os lábios de leve e arquear os ombros, deixando a dúvida da resposta.

Gabriela tentou erguer o corpo, mas foi impedida por Camila. Encararam-se por alguns segundos antes de Camila levantar novamente, ficando em pé em frente à cama. O quarto, totalmente iluminado por velas, deixava o corpo seminu de Camila em um tom dourado, que destacava as curvas do seu corpo.

— Tira a camisa.

Camila ordenou e assim que Gabriela o fez, analisou cada centímetro do corpo sobre a cama, voltando a encarar seus olhos. Caminhou de volta e engatinhou até suas coxas, abrindo sua calça e retirando a peça devagar, sem tirar os olhos dela. O contato visual intenso que faziam já fazia a respiração de Gabriela ofegar, sabendo que teria de se controlar.

Você, de verdade (Romance lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora