Você, de verdade (Romance lésbico)

CAPÍTULO 36. FINALMENTE À SÓS [+18]

— Vamos pro meu quarto. Agora. – Mordeu o lábio inferior, com uma expressão que deixava suas intenções explícitas.

Gabriela não ousou negociar, mas sabia dos riscos. Seguiu sendo puxada pela mão até não controlar o que pensava.

— Camila, as pessoas vão ver!

— Foda-se!

— Sua mãe vai ver!

— Foda-se mais ainda!

Subiram as escadas de mãos dadas, e sem reparar em quem observava e se, de fato, alguém observava ou se importava. Camila não se importava. Entrou no seu quarto e trancou a porta, encarando Gabriela.

— Olha, aquela garota...

— Eu não tô nem aí praquela garota. – Camila pulou no seu colo, selando seus lábios com o dedo indicador. – Você é minha.

Camila passou seus braços ao redor do pescoço de Gabriela, devorando sua boca com os olhos quarto adentro.

— Você é muito gostosa, sabia? – Camila tinha as mãos repousadas sobre os ombros de Gabriela e não tirava os olhos do seu rosto. Já conseguia identificar sua expressão e seus olhares, sabia que Gabriela estava tão a fim quanto ela, só não sabia o estrago maravilhoso que aquilo poderia causar.

— Sabe o que é gostoso? – Gabriela apertou seus glúteos enquanto mordia os lábios, indicando a resposta.

Camila tomou sua nuca, implorando por mais um beijo. Encaixou seus lábios e sorriu antes de beijá-la. Gabriela caminhou até a cama com Camila em seu colo e deitou seu corpo sobre o colchão, ficando por cima. Camila adorava aquele momento, adorava como Gabriela era firme e delicada ao mesmo tempo e adorava quando estava no seu colo e era levada para a cama.

— Eu tava morrendo de saudade. – Camila confessou, ofegante, enquanto sentia os lábios de Gabriela percorrerem seu pescoço. Levou as mãos à cabeça e apertou os próprios cabelos, pensando em como aquela mulher a deixava fora de si.

Gabriela sorriu, satisfeita em ouvir a frase. Mordiscou seu queixo, impulsionando o próprio corpo para levantar. Camila observou à cena com atenção. Estava com tesão acumulado por aquele corpo e não desperdiçaria o momento.

— Espera. Tira esse traje devagar. – Pediu, sentando à beira da cama. – Eu quero ver você tirando.

Gabriela atendeu ao pedido, mesmo com certa timidez. Tirou o smoking que vestia e abriu os botões da camisa devagar. Camila observava sentada, pendendo o corpo para trás e o apoiando sobre as mãos, com um olhar cheio de segundas intenções. Parecia admirar uma obra de arte.

— Você gostava de me comer aqui? – Camila deu dois leves tapas sobre o colchão, enquanto observava Gabriela retirar a camiseta.

— Muito.

— Eu não parei de pensar nisso um segundo, sabia?

Camila esticou o braço e puxou Gabriela pelo cinto da calça. Tratou de tirá-lo, olhando-a nos olhos. Assim que removeu o item, atirou para longe, dando-lhe um beijo na barriga. Abriu sua calça, baixando essa devagar, observando cada centímetro do seu corpo sendo descoberto. Gabriela usava uma cueca box, o que Camila já estava acostumada a ver, mas não conteve uma leve mordida nos lábios ao pensar que estava tão perto do conteúdo que havia ali dentro. Beijou suas pernas, alisando com a ponta dos dedos e a atirou contra a cama, ficando em pé à sua frente.

— Minha vez. – Piscou, abrindo, devagar, o zíper lateral do próprio vestido. – Quer me ver tirar a roupa pra você?

Gabriela assentiu com a cabeça, já seminua sobre a cama. Camila parecia totalmente à vontade e sem restrições, e aquilo era extremamente excitante. Quando o vestido caiu, deixando seu corpo à mostra, sentiu o corpo estremecer. Queria pular em Camila naquele segundo, mas sabia que havia mais.