CAPÍTULO 38. ENDORFINA [+18]

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Gabriela abriu os olhos devagar, respirando fundo. A luz do dia já adentrava o quarto e indicava que a manhã havia chegado. Na noite passada, haviam dormido abraçadas, mas Camila não estava mais aninhada em seu peito. Olhou para o lado e a viu, acordada, a observando.

— Ei. – Cumprimentou, com um sorriso. – Caiu da cama e não conseguiu voltar a dormir?

— Não... Sonhei com a gente e não consegui voltar a dormir.

— Sonho ruim?

— Hmm, vejamos... – Camila tomou a mão de Gabriela por baixo do edredom e a guiou para dentro do seu shorts, deslizando a ponta dos dedos por toda a extensão do seu sexo. – Um sonho ruim me deixaria assim?

A respiração de Gabriela descompassou na mesma hora, ao senti-la completamente molhada.

— Ok, uau. – Disse, ofegante, se aproximando.

— Quer que eu te conte o sonho? – Gabriela assentiu com a cabeça. – Você me levou à uma praia de carro, era um lugar totalmente deserto. Você tava tão bonita, toda arrumada. – Camila pressionou os dedos de Gabriela contra seu clitóris e a estimulou a massageá-los. – Aí você me levou de volta pro carro, mas pro banco de trás. Você praticamente arrancou minha roupa, me beijava tão gostoso...

— É? E depois? – Gabriela sussurrou no seu ouvido, enquanto a tocava.

— Depois você veio por cima, e meteu com tanta vontade, eu podia jurar que estava gozando de verdade... mas acordei assim. – Camila via a vontade queimando nos olhos de Gabriela enquanto a ouvia e a sentia, com a respiração ofegante colada ao seu rosto. – Agora você vai ter que resolver isso. – Finalizou, dando nela uma leve mordida no queixo.

Gabriela a tocava em movimentos ritmados. Sentiu a mão de Camila invadir seu pescoço e roçar pelos cabelos da nuca. Os rostos colaram e as respirações se encontraram, deixando os lábios próximos.

— Me beija.

Camila pediu em um sussurro. Sua língua pediu passagem e invadiu a boca de Gabriela, encontrando com a sua. Era um beijo quente e urgente, assim como o toque que recebia. Os gemidos eram abafados pelo beijo e ficavam cada vez mais incontroláveis, à medida que Gabriela aumentava o ritmo dentro do seu shorts. As mãos de Camila adentraram a blusa de Gabriela e deslizaram pelo seu corpo, arranhando sua barriga de leve, e subindo até seus seios. Os efeitos que aquele corpo causavam eram irreversíveis, não havia mais volta. Sentiu seu corpo à beira de um colapso, em desespero pelo clímax.

— Continua assim... – Pediu, entre gemidos curtos.

— Goza pra mim, eu quero ouvir você gozar. – A voz de Gabriela ainda soava rouca, e aquilo a fez delirar. As unhas de Camila cravaram nas costelas de Gabriela e seu quadril começou a mover-se instintivamente.

— Eu vou gozar. – Camila avisou, cerrando os olhos com força. Sentiu os espasmos percorrerem seu corpo como uma corrente elétrica, tensionando e relaxando cada músculo gradativamente. Gemeu alto, anunciando o orgasmo que percorria toda a região e tornavam-se em espasmos que a fizeram abrir um largo sorriso de satisfação. Sentiu os lábios de Gabriela a beijarem suavemente e o toque ficou sutil, até que parasse totalmente.

Camila levou as mãos ao rosto de Gabriela, ainda de olhos fechados.

— Como é que você faz isso? Você encosta em mim e eu explodo. – Deu uma risada frouxa, ainda sem forças. – Eu te machuquei? – Perguntou, passando a ponta dos dedos pela área onde havia depositado suas unhas com força.

— Não, eu gosto quando usa suas unhas...

Os olhos se encontraram querendo mais. Camila mordeu o canto do lábio inferior, e ergueu o corpo, ficando por cima.

Você, de verdade (Romance lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora