Quando desci, escutei meu pai discutindo com alguém, exigindo que trouxessem Li Huan para ele. Não esperava que Raziel estivesse aqui. Ele havia descoberto rápido que eu o trouxe para minha casa.
Raziel esbravejava a plenos pulmões. Xingava-me de todos os nomes e tentou subir as escadas e buscar Li Huan pessoalmente.
Eu o impedi. Então começamos a nos socar. Eu estava com medo de Li Huan acordar com o alvoroço. Raziel era o pai dele afinal de contas. Isso era algo que nem em um milhão de anos eu poderia mudar. Depois de mais alguns socos e muitos xingamentos, nós dois estávamos com os rostos inchados e lábios partidos.
Meu pai vendo que as coisas saíram do controle, nos arrastou literalmente pela a orelha e nos trancou no escritório e saiu de lá, soltando fogo pelas narinas.
Eu e Raziel nos olhamos com cara de poucos amigos, nos sentamos em cadeiras, uma longe da outra e permanecemos em silêncio constrangedor.
_ Você não pode levá-lo embora! _ gritei, quebrando o silêncio.
_ Porquê não?
_ Ele me pertence!
_ Antes pertencer a você, ele é meu filho! Nunca se esqueça disso!
_ Queria esquecer esse detalhe. _ zombei sem pestanejar.
_ Caspita! Seu fodido do caralho! Você sabe muito bem o que aconteceu no passado e eu não pude ter meu filho comigo. Ele é a única coisa que ela me deixou e não vou abrir mão dele. Nunca!
Me levanto da cadeira pronto para socar meu sogro novamente e escuto passos leves parando em frente a porta. Ela é aberta e vejo um sonolento Li Huan aparecer diante de mim. Ele estava tão bonito que fiquei sem ar por um momento. Pela sua face, percebi que ele estava chateado.
Ele nos encara com desgosto evidente e diz com poucas palavras:
_ Eu não sou um objeto, muito menos um ser inanimado que não tem vontades. Não permito que vocês dois briguem pelo direito de tomar posse da minha pessoa. Então, _ Li Huan se vira para o pai que o olha constrangido e ao mesmo tempo preocupado. _ eu voltarei com meu pai_ me encara _ que é minha família.
_ Não! Você não pode!
_ Porque não? Ele é meu pai.
_ Mas você é meu homem! _ grite desesperado.
Vi os olhos de Li Huan perderem o foco e o brilho, enquanto me encarava.
_ EU NÃO PERTENÇO A NINGUÉM! _ grita ele descontente.
Percebi que estava prestes a ser abandonado por meu homem. Raziel não ajudava. Já estava colocando as patas em Li Huan e o arrastando para fora.
_ Meu amor, eu te amo! Não me deixe! - gritei.
Li Huan me ignorou e seguiu pra fora da mansão.
Corri feito louco e agarrei Li Huan pelas costas, antes que ele fosse embora de vez.
_ Me solta!
_ Não! Eu nunca vou te deixar ir! Você é a pessoa que amo.
Eu arrastei-o novamente para dentro da mansão e Raziel nos seguiu de perto. Mas em seus olhos dava para ver que ele de algum modo estava contente pelo que estava vendo diante de si. Embora ainda estivesse furioso com o genro.
Acordei ouvidos gritos no andar de baixo da mansão. Sai do quarto e vi alguns empregado preocupados com a comoção. Então, mesmo com cara de sono, resolvi por um fim a tudo isso. Cheguei em frente de uma porta, abri-a e vi dois rostos machucados e e fiquei muito chateado. Só não sabia quem era o motivo da minha raiva. Tentei colocar toda força que ainda me restava, para me impor. Se não fizesse isso, nunca teria a minha vida nas mãos ou qualquer liberdade. Eu seria apenas alguém submisso e covarde. Eu não queria ser um covarde. Já fui quando estava na casa dos Shi e olha no que deu. Quase perdi a vida nas mãos de quem eu confiava e amava. Eu tinha medo de amar novamente. Mas aquele homem mascarado que conheci no passado, estava me fazendo mudar de ideia. Mesmo assim, eu temia. Temia ser um cego novamente. Agora eu tinha uma família com quem me preocupar. Meu coração ainda doía ao me lembrar da que perdi por meus desejos egoístas. Na verdade, eu me sentia um nada. Muitas vezes, me perdia em pensamentos negativos e me perguntava constantemente por qual motivo de permanecer vivo.
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Meu Adorável Contador BL (sem revisão)
RomanceCapa feita por Eilane Portela. User:@Xiao_Mei_Hua Li Huan, é um órfão que nasceu com um talento excelente com os números. Foi adotado quando tinha cinco anos por um casal que havia perdido seu filho. Mas, nunca imaginou se apaixonar por alguém que s...