Capítulo quarenta e nove: A noite do arraso

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  Pela manhã, Astória e Bráulio distribuíam convites para respectivas pessoas, no Salão Principal. Os dois foram até Granger e Weasley, que tomavam café da manhã.

- Parabéns, amigas! Acabam de ganhar o bilhete para a melhor noite da adolescência de vocês!

Bráulio entregou um convite para cada. As duas o abriram e pequenos confetes saíram de lá.

“NOITE DO ARRASO!

COMPAREÇA A NOITE MAIS LOUCA DA SUA VIDA E CRIE MEMÓRIAS INESQUECÍVEIS! A NÃO SER QUE FIQUE EMBRIAGA DEMAIS PARA LEMBRAR!”.

- Noite do arraso? O que que isso? – Perguntou Gina – Uma noite das garotas?

- É muito mais que só uma noite das garotas. – Sentou à mesa, de frente para as amigas – É a noite em que as garotas mais iradas de Hogwarts se divertem p’ra caralho! Nós fazemos de tudo! E quando digo tudo é tudo mesmo!

- Se for metade do que é suas festas, aposto que vai ser incrível.

- Vai mesmo, Gi. Eu até estava querendo falar sobre isso com você, Mione. Para a Noite do arraso ser foda, vamos ter que quebrar umas setenta regras. E aí, vai mergulhar de cabeça ou se afogar?

- Depende. Que tipo de coisa vai rolar?

- Não sei, apenas entrego os convites. Quem lida com o planejamento é Hestia e Flora. E vindo delas, espero qualquer coisa. E aí? Estão dentro?

- Eu estou! – Exclamou a ruiva – E você, Mione? Aposto que vamos nos divertir bastante.

- Eu não sei. Eu sou monitora-chefe. Tenho que dá o exemplo. E fazer tantas coisas erradas não está incluso no manual de monitora-chefe.

- Amiga, só errado quando se é pega. E a Noite do arraso nunca melou. Não é agora que vai! Vamos, Hermione! Não é possível que não tenha tido medo de dá no pé no dragão de Gringotes e está com medo de farrear com tuas amigas!

- Não é medo! Mas... Eu acho que uma festinha não faz mal.

Greengrass deu um sorriso enorme e bateu palminhas alegres.

- Vai ser um máximo, meninas! Vocês não vão se arrepender! A primeira vez na Noite do arraso é sempre a melhor! Ah, e não podem contar para ninguém sobre isso! É extremamente sigiloso!

- Ok. De que horas vai ser?

- É surpresa. Mas como amiga, aconselho a usarem uma camisola descente quando forem dormir. Não vão querer passar vergonha, não é?

Um mar de corujas adentrou o colégio, trazendo com si as correspondências dos alunos e professores. A sonserina recebeu do pai, de alguns parentes e amigos. A sardenta notou que mesmo assim ela ficou um tanto triste.

- Está tudo bem, Ast?

- Está sim. É que... Faz um tempo desde que as crianças do orfanato não me escrevem e eu não entendo o porquê. Eu já perguntei a Bernadette, mas ela não soube dizer. Parece que vai ficar em casa por um período para cuidar da neném. Eu não entendo porque não soube mais nada de lá. Já mandei tantas cartas questionando e não recebi nenhum retorno.

- Por que não vai lá no próximo passeio à Hogsmeade? – Sugeriu Hermione – Assim tira logo essa história a limpo.

- Quer saber, Mione? É exatamente o que eu vou fazer! Agora vamos, Bráulio! Temos que entregar o último convite. Tchau, meninas!

Os dois foram à mesa lufana. Para ser mais específica, onde Isla estava. A garota estava de costas quando Bráulio tocou em seu ombro. A menina ficou séria ao se virar e se dar conta de quem estava atrás de si. Ela até podia ter enfrentado a naja, mas ainda sentia medo dela. Os lufanos curiosos não tiravam os olhos da sonserina.

Menina SelvagemOnde histórias criam vida. Descubra agora