Capítulo trinta e seis: O presente de natal

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  Malfoy estava na festa dos Greengrass. Não conseguia desgrudar os olhos de Astória. E, para sua infelicidade, ela não estava sozinha. A moça estava sentada no sofá arrodeada dos homens mais esbeltos que a bajulavam como uma rainha. A jovem parecia se divertir muito com seus acompanhantes, enquanto bebericava seu vinho.

Draco engoliu o orgulho e foi até ela. O sorriso alegre sumiu do rosto da garota e foi substituído por uma expressão frustrada ao vê-lo.

- O que você quer? Estou ocupada. Não vê?

- Quero falar com você. À sós.

- O que tiver para falar, pode falar aqui. Eu não guardo segredo dos meus companheiros.

Novamente Draco teve que engolir o seu orgulho. Teria a puxado para longe se pudesse, mas não achou prudente.

- Eu queria falar com você sobre o nosso beijo.

- Que bom que tocou nesse assunto porque queria discutir sobre isso. Não quero que conte a ninguém o que aconteceu! Seria vergonhoso demais!

A maldição Crucciatus com certeza não teria sido tão dolorosa quanto aquelas palavras. Draco tinha noção que não era alguém decente, mas ser tratado daquela forma foi doloroso demais.

- O que foi? Você não pensou que eu fosse querer ficar com um ex-Comensal da Morte, não é? – Zombou ela – Ai meu Deus! Ele pensou!

Só não Astória e seus acompanhantes como todos que estavam presentes começaram a gargalhar do rapaz. Quando Draco estava para ir embora, esbarrou em alguém.

- Seja bem-vindo à friendzone, Malfoy! – Saudou Francis Bulstrode

- NÃO!

Malfoy abriu os olhos e se viu em seu quarto. Nada não tinha passado de um lamentável pesadelo. Mesmo que o ocorrido não fosse real, foi o bastante para lhe fazer suar e ter o coração batendo aceleradamente.  

Sra. Malfoy entrou no quarto apressadamente e sentou em frente ao filho. Sua preocupação era evidente em seu rosto.

- Te ouvi gritando. Está tudo bem? Teve outro pesadelo?

- Não! Sim! Não é nada disso! Foi uma besteira!

Sra. Malfoy sempre chorava quando o filho tinha pesadelos e aquela vez não foi diferente. Ela sentia-se culpada pelo herdeiro ter sido posto nesta triste situação. Draco não gostava de sua mãe sofrer ainda mais, então escondia o número real de pesadelos.

- Ninguém grita por besteira, Draco.

- Eu gritei. Mamãe, não perca a cabeça por isso. Não foi nada.

- Ok. – Limpou as lágrimas – Falaremos sobre isso mais tarde. Sua roupa de hoje à noite já está passada. Tente não se atrasar. Não quero que deixamos uma má impressão.

- Certo. Vai ser bom nós irmos e não ficarmos aqui de novo.

- Espero que queira ir pela a sua futura noiva. E não por uma certa jovem.

- Essa certa jovem tem nome, mamãe! E se chama Astória Greengrass! Peço para que não se esqueça disso!

- Francamente eu não sei o que vê nessa menina! Ela é muito esquisita! Tem algo de errado com ela! Se não tivesse, por que Constance a deixaria?

- Aquela maldita a deixou porque é uma egoísta! Uma mocreia desgraçada que só pensava nela! É bom que queime bastante no inferno para pagar por todos os seus pecados!

- Cruzes, meu filho! Quanto ódio. Não pensei que a detestasse tanto.

- É impossível sentir qualquer afeto por alguém que destratou tanto uma pessoa boa. Achei que pensasse o mesmo que eu. Se queixava dela sempre que podia. Não venha me dizer que concorda com as atitudes dela, mamãe!

Menina SelvagemOnde histórias criam vida. Descubra agora