Capítulo setenta e um: O dia que George Weasley ressuscitou

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  Havia se passado alguns dias e Draco não tinha dado notícias à namorada. Não a escreveu, a visitou ou combinou de saírem. Astória foi ao salão informal, onde seu pai lia um livro, e se deitou no sofá, apoiando a cabeça no colo dele.

- Quero cafuné. - Pediu ela manhosa

- Não se importa de eu bagunçar o seu cabelo?

- Não, bagunce à vontade. Só me dê um pouco de carinho e estarei feliz. - Seu pai sorriu e fez cafuné no cabelo dela - Papai, ocorreu algo incomum aos Malfoys?

- Narcisa convenceu Lucio a cortar as pontas do cabelo. Fora isso, nada. Por que, Sabiá?

- Faz dias que não tenho notícias de pitelzinho. Estou preocupada. Ele não é de sumir assim.

Sr. Greengrass marcou a página com um cartão e pôs na mesinha ao lado. Não tinha dúvidas que o motivo do sumiço foi o segredo que revelou. Tinha que dá um jeito naquilo.

- Querida, as vezes os casais precisam de um pouco de espaço. Nem sempre ficar muito junto é benéfico a relação, entende? Mas se está tão aflita, eu tenho uma solução.

- Qual?

- Podemos fazer um churrasco na nossa casa de primavera e convidar os Malfoys e Bulstrodes. Um churrasco em família, por assim dizer. O que você acha?

- É uma excelente ideia, papai! Não pode esquecer de convidar o vovô. Ele faz parte da família agora.

- Não vou. Irei escrever os convites agora mesmo.

Astória se sentou para que ele se levantasse. O homem a beijou e foi ao escritório.

- Não concordou com isso, não é? - Indagou Daphne, escorada no batente da porta, tomando cerveja amanteigada

- O quê? O churrasco é uma excelente ideia.

- Não isso. Dá um tempo a Draco. Ele está naquela mansão dos horrores com o pai sinistro dele. E da última vez que ele sumiu, deu merda.

- Mas papai disse que distanciamento pode ser bom.

- Se toca, Ast! Papai é um verdadeiro sábio, confesso, mas não está apto a dá conselhos amorosos a ninguém. Já viu ele em algum relacionamento de verdade?

- Bem... - A naja pensou um pouco - Ele namorou uma aborto quando jovem.

- Isso não passou de umas trepadas. Só é namoro de verdade quando se assume. A vida amorosa do papai se basea a um casamento arranjado torturante e as biscates com quem se diverte.

- E qual é sua sugestão, então, guru do amor?

- Vai atrás de Draco e pergunta o que ele tem.

E foi o que a naja fez. Não queria desconsiderar o conselho do seu pai ou algo semelhante. Mas lá no fundo ela sabia que Daphne estava certa. E também, era mesmo preocupante que seu namorado não tivesse se pronunciado estando naquela residência.

Entrou em uma das suas carruagens e voou para a mansão Malfoy. Avistou, de uma longa distância, a matriarca em seu belíssimo jardim cuidando de bebês plantas. Sra. Malfoy não gostava de se sujar, embora não visse problemas quando se tratasse de Herbologia. Preferiu não interrompê-la pois sabia que eram seus momentos de reflexão.

Um elfo-doméstico lhe atendeu e disse que Draco se encontrava no quarto. Ele ofereceu-se para guiá-la, mas a jovem recusou. Implorou a Merlin mentalmente para que o monitor-chefe não estivesse tendo uma de suas crises. Entrou no quarto e não avistou ninguém. Seu coração se derreteu ao ver um retrato deles dois abraçados na parede. Ouviu o som do chuveiro do banheiro particular ligado e foi até lá. O apanhador se duchava, de costas para ela. Não a ouviu porque o som estava acionado.

Menina SelvagemOnde histórias criam vida. Descubra agora