Era dezessete de novembro. Aniversário de dezoito anos de Astória Greengrass. A garota estava tão entusiasmada que acordou antes do despertador tocar. Retirou a máscara de dormir com um enorme sorriso. Perseu foi o primeiro lhe dar parabéns. Claramente esta não foi sua intenção, mas ele subiu em seu corpo e se deitou na barriga. A aniversariante o acariciou.
A naja tinha recebido muitas cartas de parabéns dos parentes, amigos de fora e das crianças da Irmãs Fênix. Provavelmente fora a pessoa que mais recebeu cartas naquela manhã. Lia e abria as cartas no Salão Comunal. Alguns enxeridos tentavam bisbilhotar o que ganhara antes de lhe dar os parabéns.
"Devon, 17 de novembro de 1998
Minha amada Sabiá,
Infelizmente não posso estar com você nesta data tão importante. Mas quero que saiba que estou feliz e orgulhoso de ter uma filha tão maravilhosa. Soube desde o momento que te segurei pela primeira vez que realizaria grandes coisas. E é evidente que não me enganei.
Não me refiro apenas as longas horas de estudos e suas outras atividades extra curriculares. E sim, a jovem que tem se tornado. Você é tão cheia de vida e amor, minha filha. Você sempre busca melhorar e ajudar quem precisa, mesmo quem não mereça sua bondade. Você me inspira confiança e generosidade.
É uma menina tão boa que às vezes tenho medo de que a crueldade do mundo a corrompa. Não sei ao certo se o termo menina é o mais correto já que a cada ano que se passa, você se torna mais mulher. Embora tenha amadurecido há muito mais tempo.
Mesmo que seu velho pai se orgulhe muito da pessoa que tem se tornado, ainda gostaria que voltasse a ser aquela menininha de sete anos que sentava no meu colo e perguntava o significado das palavras do jornal. Sei que isso não é possível. Em algum momento você, minha adorada Sabiá, terá que voar para longe do Ninho.
Em meio a todas essas palavras quero dizer que te amo muito. Amo mais do que minha própria vida. Quero aproveite este dia ao máximo. Os dezoito anos é uma idade muito significativa na vida de uma moça. Apenas peço que comemore com moderação. Sou novo demais para morrer de ataque cardíaco.
Com amor,
Papai".
Astória estava com os olhos marejados ao ler a última palavra e até deixou algumas lágrimas escorrerem. Limpou-as com a mão e abriu os diversos presentes que tinha ganhou. Sr. Greengrass dera uma sacola gorda de galeões, uma dezena de livros, uma caixinha de som cor de rosa, uma caixa de relógios e um kit de maquiagem.
Astória foi surpreendida ao receber um abração por trás.
- Parabéns, manona!
- Daph... Deixa eu respirar!
- Desculpe. – Sentou ao lado dela – Você 'tá bem?
- 'tô. Só acabei de ler a carta de papai. É tão linda, maninha.
- Posso ler?
Astória entregou-lhe o papel. Flora e Hestia foram correndo lhe dar um abraço apertado. Atrás delas tinha Blásio abraçando a namorada de lado e Francis.
- É natal e ninguém me disse? – Brincou Zabine – Parabéns, Greengrass.
- Obrigada.
- Abre logo os presentes! – Mandou Pansy
- Ok.
A maioria deu livros ou joias. Só as crianças órfãs que mandou desenhos. Patrick Rosier tinha lhe dado um par de brincos de safira bem bonitos.
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Menina Selvagem
Fanfiction#Em 1° lugar como Drastória #Em 1° lugar como AstóriaGreengrass #Em 1° lugar como Astória #Em 2° lugar como Alvo Na alta sociedade bruxa, foi designado que meninas devem ser gentis, calmas e apresentáveis. Astória Greengrass era tudo, menos isso. El...