Capítulo quatro: A Casa das cobras

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  Não tinha acontecido nada grandioso no decorrer dos anos. As meninas foram crescendo fisicamente e intelectualmente. Sr. Greengrass foi se tornando mais poderoso e Sra. Greengrass prosseguiu com sua beleza.

A mulher estava quase enlouquecendo, pois, para ela, os dias eram praticamente iguais. Nem as viagens conseguia sua liberdade, porque tinha que levar as filhas junto. No ano de 1991, aconteceu algo chocante. Harry Potter foi à Hogwarts. Draco o descreveu como um chato, insuportável e queridinho de todos. Então Astória achou que o Menino-Que-Sobreviveu devia ser a melhor pessoa do mundo. Eles ainda não se davam bem, mas não ficavam brigando ou algo do tipo. Apenas se ignoravam.

As coisas começaram a mudar no verão de 1992. Astória já tinha seus onze anos e Daphne, nove. Embora estivesse quente, as irmãs não foram liberadas das aulas. Com o passar dos anos, contrataram mais professores. Além das matérias de antes, estudavam poções, transfiguração, idiomas, Feitiços e Defesa Conta as Artes das Trevas. Só a teoria, já que eram mais novas. Estudavam tanto que sabiam conteúdos que só aprenderiam nos últimos anos de Hogwarts.

Naquela manhã, a Profas. Idiomas e Etiqueta resolveram se juntar para dar aula. O plano era tomar um chá, falando somente em francês. A Profa. Etiqueta sabia o idioma, então não teria confusão. Não haveria problema se não fossem forçadas a usar vestidos grossos. Era difícil manter a concentração naquela condição.

- Srta. Astória, aceitaria uma xícara de chá? – Ofereceu Profa. Idiomas

- Com muito prazer.

Usando magia, o bule preencheu a xícara de chá. Astória segurou na asa, com o dedo mindinho levantado e bebericou a bebida. Em seguida, limpou a boca com o guardanapo.

- Eu gostaria de algo mais gelado. – Avisou Daphne – Está fazendo um tremendo calor!

- É preciso praticar nas maiores dificuldades para que não falhe em um ambiente comum. – Explicou Profa. Etiqueta

Isso não convenceu as meninas. Uma coruja entrou pela janela e pousou na mesa, em frente à Astória. Carregava com si uma carta.

- Posso abrir? – Pediu

- Sim. – Permitiu Profa. Etiqueta – Mas vá a outro lugar. Não é adequado abrir cartas à mesa.

- Sim, senhora.

Astória se retirou da sala de chá. Reconheceu o brasão de Hogwarts. Seu coração parou. Chegou, então, sua primeira carta! Abriu-a com as mãos trêmulas e começou a ler:

“Prezada, Srta. Astória Clarisse Greengrass

Temos o prazer em informar que V.Sa tem uma vaga na escola de magia e bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma lista dos livros e equipamentos necessários.

O dia letivo começa no dia primeiro de setembro, estamos aguardando sua coruja até 31 de julho, no mais tardar.

Atenciosamente,

Minerva McGonagall”.

Abaixo continha os itens necessários. Astória estava tão feliz que poderia chorar há qualquer momento. Sabia que era bruxa, sua magia já tinha se manifestado há tempos. Mesmo assim, a sensação de ser aceita é maravilhosa.

- Eu vou à Hogwarts! Eu vou à Hogwarts! – Festejou

- Que barulheira é essa? – Interrogou Sra. Greengrass com Richard pendurado sob seus ombros

- Veja, mamãe! Eu vou à Hogwarts!

A menina mostrou sua carta. A mãe não esboçou qualquer emoção ao ler.

Menina SelvagemOnde histórias criam vida. Descubra agora