Capítulo sessenta: Thomas Andrew Felton

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  Creio que ninguém nunca se importou muito em conhecer a verdadeira Pansy Parkinson. Quando seu nome é mencionado, logo é associado aos ex-namorados, a uma naja, a vaca escandalosa da Sonserina. A pessoa dela é pouco explorada. Isto porque não tem muito o que falar.

Como quase toda criança puro-sangue rica, sua infância foi... Complicada. Não no quesito econômico. Até porque a jovem nasceu e cresceu no luxo. Me refiro a vida familiar. Pansy sempre teve condições de obter tudo. A única coisa que não estava a venda era a presença de seu pai. Ela acreditava que os restaurantes o ocupava. Anos mais tarde, acabou descobrindo que ele possuía uma segunda família, com quem passava quase todo o seu tempo livre.

O via raramente. Como se ele a evitasse. Em compensação, tinha a sua mãe. O que Sr. Parkinson não fez, a esposa fez em dobro - talvez triplo. Ela era mais do que uma mãe, era sua melhor amiga. Esteve sempre lá a ajudando em tudo. Jamais deu importância a outra família porque não amava o marido.

Contudo, o expulsou de casa quando apresentou desinteresse na segurança da herdeira legítima na época da guerra. Pansy pouco se importou porque não é como se ele morasse ali mesmo.

A vida é justa em alguns aspectos. Sr. Parkinson foi condenado a passar o resto do seus dias em Azkaban por ser um Comensal da Morte. Nenhum dos filhos bastardos foi visitá-lo. Mas a legítima foi. A naja nem sabia porque ia. Só pensou o quanto ele estava sozinho e decidiu visitá-lo e trocar algumas cartas. Sua mãe não aprovou, mas também não proibiu.

A garota sentava à penteadeira, penteando o cabelo, enquanto pensava em sua história. Tinha se passado dois dias desde que quase fora atacada. Recebeu a permissão de passar este curto período na mansão Parkinson para que pudesse se recuperar. Avistou uma moldura na penteadeira que continha uma fotografia dela com Zabine se beijando. Apertou o porta-retrato com força e sua garganta ardeu por não se liberar chorar.

- Maldito!

Atirou o porta-retrato na parede. Em seguida, levantou-se e pegou tudo o que recebeu, foi tocado ou que lembrasse o capitão de Quadribol. Parou quando bateram na porta. Sra. Parkinson entrou.

- Ouvi algo se quebrando. O que você está fazendo?

- Me livrando destas tralhas. Não quero nada que esteja relacinaodo ao meu ex aqui! Nada!

- Deixe que nosso elfo-doméstico cuide disso então. Não quero uma filha minha fazendo trabalhos domésticos. Respondeu a alguns dos seus amigos?

- Não, ainda não.

Já que a Viúva Negra era uma das criminosas mais procuradas por terras britânicas, não demorou muito para que a história repercutisse. Assim como não demorou muito para ganhar cartas e cestas com frutas, produtos de beleza, etc. Ela não havia os respondidos. Tinha vontade de se isolar. A única razão para seus companheiros não terem brotados ali foi porque Sra. Parkinson lhes escreveu, avisando que ela precisava de um tempo e que estava bem.

- Minha senhora. – Chamou o elfo-doméstico – A carruagem espera a senhora e a senhorita sua filha. Dois aurores e o Dr. Fernandes também já chegaram.

- Mande-os esperar. E se retire. – Ditou Sra. Parkinson

Quando o criado se retirou, Sra. Parkinson levou a filha a se sentar na cama e se sentou ao lado dela.

- Minha filha, tem certeza que quer mesmo fazer isso?

- Sim. Eu quero que todos saibam o que aconteceu.

Pansy viu o rosto da sua mãe se iluminar.

- Estou orgulhosa de você. Está sendo muito corajosa, Pansy.

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