Capítulo cinquenta e seis: Os planos da Viúva Negra

150 12 2
                                    

  Nos sábados é bastante comuns que os alunos despertassem após às dez horas. Mas não Draco. Primeiro que ele mal dormia. E quando dormia, acordava bem cedo. Só que desta vez, ele tinha uma razão para despertar às sete da manhã. O nome da razão era Astória.

Havia passado o restante da noite agarradinhos. Cada segundo mais precioso que o outro. Sentir aquele aroma de perfume masculino foi mais do que gratificante. Esticou o braço em busca do corpo dela, mas não encontrou nada. Ao abrir os olhos percebeu que ela não estava ali mesmo. Mas tinha um pequeno bilhete grudado em sua testa. O tirou e leu.

“Desculpe ir embora sem me despedir. Tinha coisas urgentes a tratar. E você fica lindo demais dormindo. Adorei a noite.

- Com amor, sua rainha”.

O loiro deu um pequeno sorriso e beijou o bilhete como se fosse os lábios dela. Não ficou com raiva por ela ter partido porque tinha em mente como a agenda da namorada era mais do que apertada. Por céus, ela não tinha um assistente por qualquer coisa.

Guardou o bilhete entre as páginas de seu caderno de desenhos. Realizou sua higiene pessoal e saiu do quarto para ir a um banheiro feminino. Mas não era um qualquer. Era o que a Murta Que Geme habitava. A fantasma arregalou os olhos ao vê-lo.

- Draco? O que faz aqui?

- Vim te ver, Mary. Não gosta mais da minhas visitas?

- Não seja bobo. É claro que eu gosto. Mas em um lindo dia de sábado como este, devia está com seus amigos.

- Te considero uma amiga.

- Amigos vivos, Draco.

- Isso nunca foi problema antes. Vamos, não complique as coisas, Mary. Não há nada que nos impeça de mantermos uma boa amizade.

A Murta Que Geme cerrou os olhos ao perceber algo em Malfoy.

- Está com olheiras profundas. – Comentou ela – Teve pesadelos de novo? – Ele assentiu – O de sempre?

- Não. Por incrível que pereça ele ficou pior. Astória estava nele. – Ficou em silêncio por alguns segundos e soltou um suspiro frustrado – Eu a matei e depois matei meus pais. A pior parte é que Astória dormiu comigo esta noite e me ouviu gritando. Ela deve está com medo agora.

- Ah, não exagere, Draco. Ela não ficou com medo depois de você ter estrangulado ela. Não é agora que vai ficar. Ela gosta de você. Já contou sobre seus pesadelos?

- Não, e nem vou. Ast já tem problemas o suficiente para ter que lidar com isso também. Não quero ser um fardo para ela.

- Confessar seus problemas não é ser um fardo. É isso que mais aproxima um casal.

- Ou afasta. Ninguém quer um encosto. Mary. Preciso ajudar Astória. Não retardá-la. Quero que ela sinta orgulho de mim.

- Você gosta muito dela, não é?

- Eu a amo.

- Então conte a ela! Revele o que está ocorrendo! Não perca seu tempo comigo, Draco. Ela, sim, tem futuro e pode te ajudar. Eu só sou uma fantasma.

- Você é mais do que isso para mim. Eu já vou indo. Obrigado pelo papo, Mary. Nos vemos por aí.

Ao sair do banheiro discretamente, um grupo de garotas mais novas o olharam com cobiça. Por Merlin, quanto tempo isso vai durar?, pensou ele. Sem querer esbarrou em Padma Patil. Ela não ficou nem um pouco brava em vê-lo.

- Foi mal. – Pediu ele

- Não esquente com isso. Queria mesmo a sua opinião. Acha melhor minha blusa assim? Ou – desabotoou os botões primários, deixando um decote escandaloso – assim?

Menina SelvagemOnde histórias criam vida. Descubra agora