Capítulo cinquenta e dois: O rompimento

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  Malfoy fora levado ao escritório da diretora McGonagall pelo mesmo auror que lhe chamara. Durante o caminho inteiro Draco se questionou o que poderia ter acontecido. O homem fora encontrado morto. Quem poderia ter o assassinado? De uma coisa tinha certeza, nem ele, Hestia e muito menos Astória foram. Mas isso não significava que sairia impune.

O auror disse a senha para a estátua e ela se moveu, revelando a passagem. A auror Santiago o esperava lá, encarando a vista. Draco deu uma breve olhada nos diretores antecessores. Todos estavam muito curiosos no que ia acontecer. Auror fez um sinal para que ele se sentasse e o rapaz obedeceu. Deixou a mente fechada para que não fosse invadida.

- Chá? – Ofereceu o auror

O loiro negou com a cabeça. Mesmo assim, a autoridade preencheu uma xícara com o líquido e pôs na mesa. Auror Santiago lançou um feitiço que fazia a pena escrever magicamente numa cartela o que o entrevistado diria.

- Nos conte, a que horas deixou o bosque com Flora Carrow? – Interrogou o auror

- Como vou saber? Não parei para olhar a hora porque tinha mais o que fazer! Como levar a vítima à Ala hospitalar!

- E quais feitiços usou durante o duelo?

Draco foi banhado de questionamentos um tanto tolos. Era como se quisessem que ele dissesse algo para incriminá-lo. Já estava perdendo a paciência.

- Malfoy, se tiver mesmo matado este homem, confesse. – Pediu auror Santiago – Talvez não saía tão prejudicado. A lei pode está ao seu favor. Só fez o que foi necessário.

- Eu confessaria se tivesse o matado. Mas não fiz. Saí com Flora logo depois de imobilizá-lo.

- O que fez depois de levar Carrow à Ala hospitalar?

- Contei à Diaz e McGonagall.

- E depois?

Esta era a pergunta que mais o assustava. Não poderia revelar a vingança de Hestia sem encrenca-la e encrencar a si mesmo. Tinha que contar a versão que criaram. Fingiu não se apavorar.

- Depois, Hestia Carrow, irmã de Flora, tentou me atacar. Soube por alguém que fui correndo para cá com a irmã dela nos braços e tirou conclusões precipitadas. Quando contei a verdade, ela explodiu e quis ir atrás do criminoso. Mas consegui convencê-la do contrário quando chegamos em Hogsmeade. Não posso julgá-la. Faria mesmo se tivessem feito aquilo com alguém que estimo.

- E conseguiu contê-la sozinho?

O apanhador olhou a xícara de chá. Não possuia dúvidas que colocaram a poção Veritaserum, que lhe obrigava dizer a verdade. Teve que toma-la para não haver mais suspeitas. Teve a certeza de que o líquido estava mesmo enfeitiçado pelos olhares estranhos dos aurores.

- Nós dois tivemos nossas famílias machucadas. Por causa disso, consegui convencê-la. Não acho que outra pessoa teria conseguido. A não ser Flora, é claro.

- Imagina quem possa ter feito?

- Eu diria Hestia, mas é impossível. Não consigo imaginar mais ninguém que poderia fazer uma coisa dessas.

- Nos dê sua varinha! – Exigiu o auror – Veremos quais feitiços lançou!

- Tem um mandato para isso?

- Não.

- Então me apareça com um. Posso ir?

Auror Santiago o liberou e o rapaz saiu. Enquanto caminhava para a saída, trocou um breve olhar com o retrato de Snape. Através do leve balançar da cabeça do ex-diretor, percebeu que fez a coisa certa.

Menina SelvagemOnde histórias criam vida. Descubra agora