Astória tinha passado parte da noite em claro pensando naquele beijo, naquelas mãos firmes e naquele calor que pôs em todo seu corpo. Seu maior desejo era se atirar nos braços de Draco e sair jamais. Por mais que cada célula do seu corpo ansiasse por esse momento, tinha dignidade e orgulho. Não poderia se entregar tão facilmente.
Lembrava muito bem dos conselhos que recebeu de sua tia sobre como conquistar um homem, quando exagerada no conhaque. Espere três dias, Astória. Se o homem não tomar uma atitude até lá, tome você, foi uma de suas instruções valiosas. Ela podia ser um pé de cana, mas estava correta. Esperaria três dias. Mas o que era três dias para um bruxo, eram três séculos para ela. Não queria pensar em Draco o tempo todo, apesar de ser bem difícil. Jamais se perdoaria se se tornasse uma bruxinha boba e apaixonada. Por sorte, tinha muito o que fazer para evitar de pensar nele.
No primeiro dia, despertou com excelente humor. A jovem estava tão feliz que poderia cantar e dançar nas ruas sem se importar com as consequências. Encontrou Daphne tomando café da manhã sozinha. Lhe deu um beijão na bochecha e sentou ao lado dela.
- Bom dia, maninha! Como está linda hoje!
- Eu não vou ao salão há três dias, mas agradeço pelo elogio.
- Você está linda sempre! Mesmo se usasse roupas da estação passada, estaria adorável!
- Obrigada, apesar de eu achar impossível.
- E papai? Onde está?
- Creio que vomitando pela décima vez. Passei por lá e estava uma catinga terrível. Teremos que dá uma semana de folga a Pin depois que ele limpar aquele quarto. O coitadinho pode passar mal com aquilo.
- Pois então dê. Eu acho que todos os elfos-domésticos deveriam ser livres e viver em total harmonia com nós bruxos. Você não acha?
- É, eu acho. E quando te falei isso, você mandou eu arrumar coisa para fazer da minha vida.
- Sério? Quando eu disse isso?
- Quando ponderei em participar daquele clube da Hermione Granger.
- Ah. ‘tá explicado. Sabe, eu estou começando a achar que tenho sido injusta com ela. Quero dizer, a Granger me ajudou quando eu estava sem grupo. Talvez se eu a conhecesse melhor-
- Para. Tudo. Ast, manona, você sabe que eu te amo, não é? Sabe que eu faria qualquer coisa por você e te apoiaria em tudo. Mas eu preciso te perguntar: você ‘tá doidona?
- O quê?
- Anda cheirando pó? Virou maconheira? Usa drogas? É verdade que muita gente da nossa idade embarca nessa loucura. Mas você não precisa ser uma dessas pessoas. Se não você vai acabar indo para o Azkaban e depois para o inferno. Ou pior, virar pastora.
- Acho que isso foi bem ofensivo, Daph.
- Você me entendeu. Você é drogada?
- Claro que não! Drogas retardam o conhecimento! E eu prefiro morrer do que me tornar uma burra demente!
- Então por que você está tão alegre e animada? Só falta vomitar arco-íris! Que que ‘tá pegando, manona?
- Eu... Comecei a viver, Daphne. Eu me lembrei que estudar e trabalhar não são as únicas coisas que eu tenho na vida. Eu sei que essa não é a resposta que você quer, mas é a única que eu posso te dar. Sua irmã começou a viver. E eu vou ficar bem mais feliz se ficar do meu lado.
- É claro que eu estou do seu lado, Astória! Eu sempre vou ficar!
- Obrigada. E aí? Onde é que está o vovô?
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Menina Selvagem
Fanfiction#Em 1° lugar como Drastória #Em 1° lugar como AstóriaGreengrass #Em 1° lugar como Astória #Em 2° lugar como Alvo Na alta sociedade bruxa, foi designado que meninas devem ser gentis, calmas e apresentáveis. Astória Greengrass era tudo, menos isso. El...