Capítulo 33 – Carona
— Oi Mina... — ouviu a voz chorosa de seu melhor amigo.
Se tinha uma coisa que Mina odiava ver era Mark chorando, tudo bem que ele era muito chorão, mas ainda assim em momentos como aquele fazia seu coração quebrar.
Suspirou fundo. — Deixa eu adivinhar, é sobre você e o Haechan?
— Tava tudo indo tão bem, — falou, ou melhor, choramingou. — e de repente tudo desaba.
— Me fala o que aconteceu.
Contou tudo, exatamente tudo que havia acontecido até a cena de horas atrás. Tentava ao máximo não fazer muito barulho pois não queria dar motivos para seu avô entrar em seu quarto super preocupado.
— Sabe qual é o pior?
— E tem coisa pior que isso? — perguntou sem pensar, o que deu mais motivos para Mark chorar mais. — Desculpa, me fala o que é pior.
— O pior, é que eu ia chamar ele pra sair, e dizer que eu to gostando muito dele, eu arquitetei tudo na minha cabeça, planejei cada detalhe... — quanto mais secava suas lágrimas, mais elas caíam, como se fosse uma bica que não parasse de pingar. — Só que agora ele não quer olhar na minha cara.
— Por que esse menino foi estragar tudo, hein? — questionou indignada.
— Ele não sabia sobre nós dois, por mais que tenha sido inconveniente ele não tem tanta culpa. — pensou pela primeira vez naquele momento com o seu lado racional, e que de fato era verdade.
Mesmo tento dito que estava gostando de alguém, nunca havia mencionado que era sobre Donghyuck o motivo de suas bochechas esquentarem e de sentir as famosas borboletas no estômago.
Então tecnicamente, Doyoung não estava tão errado assim.
— Sabe o que você tem que fazer agora? Descansar, é disso que você precisa, acabou de chegar do trabalho cansado e triste, amanhã eu vou passar aí pra te dar todo o amor e carinho do mundo, ok? — só de ouvir a risada fraca do melhor amigo, sorriu aliviada.
— Te amo, Mina.
— Também te amo, Mark.
[...]
Se passou uma semana, exatamente uma semana que Mark e Donghyuck tiveram a primeira discussão daquela “relação”, não estavam se falando justamente por conta disso, e chegava a ser estranho para os outros verem eles sentando longe um do outro no recreio ou se ignorando.
Soojin e Yeeun pareciam ter pegado o que tinha acontecido, mesmo que Haechan não tenha falado o que tinha acontecido de fato, apenas disse que não queria falar mais com Mark.
— Mark, a escola permitiu que a gente cantasse na sexta, o que você acha? — perguntou Yuta, tentando puxar um assunto com o amigo, que parecia avoado olhando sua comida.
— Tanto faz. — respondeu curto, parecia extremamente desanimado.
E era óbvio que estava, não estava falando com o coreano a muito tempo, mesmo que tivesse mandado mensagens pedindo para eles conversarem o outro deu um belo gelo nele.
Para piorar, Doyoung continuava indo no lava-jato, ele parecia mais contido e até culpado pelo o que houve, mas também não falava nada.
— Donghyuck, a gente vai ensaiar hoje? — perguntou Soojin, vendo ele concordar sem olhar em seus olhos, enquanto mexia no celular.
Ele conversava com Taeil, perguntando o que ele deveria fazer já que mesmo irritado, sentia saudades de Mark. E ele sempre dava a mesma resposta: conversar.
No entanto, Donghyuck era orgulhoso, e aquela opção estava fora de cogitação naquele momento.
Continuaram naquele clima estranho até a hora de ir embora, e pesou mais ainda quando o mais novo deu tchau para todos, exceto para Mark, que passou reto com o capacete em mãos falando apenas um “até mais tarde” para sua banda, antes de subir na moto e ir embora.
O coreano parecia irritado com aquilo, mas fingiu não se importar e ir junto de seus amigos para o ponto de ônibus, no entanto ao ver o carro de Doyoung ali estranhou. — Ei pirralho, entra ai.
— O que você pensa que ta fazendo aqui? — arqueou a sobrancelha.
— Sua mãe mandou eu te buscar — respondeu simples, na verdade ele não queria ter saído de casa mas se não a obedecesse seu pai iria fazer um fuzuê, porém Haechan riu debochado e continuou a andar, chamando seu grupo que pareciam estáticos no lugar, então Doyoung acelerou o carro até o lado deles de novo. — Caralho tu não ouviu o que eu falei?
— Eu não vou ir pra casa com você, agora se me der licença vou sair com os meus amigos. — foi grosso na hora de dar a resposta, mas nada que tenha ofendido Doyoung.
Sem escolhas, o Kim percebeu que teria que usar o plano B, e ele não era muito pacífico, o que combinava perfeitamente com ele. Saiu do carro rapidamente e puxou Donghyuck pelos braços até dentro do carro. — Você ta maluco porra?
— Abram a boca e vocês vão ver o que eu faço com vocês, agora sumam daqui — ameaçou aos outros, que rapidamente meteram o pé. — Você tem que aprender a me ouvir.
— Você assustou eles! — gritou enfurecido.
— To pouco me fudendo pra eles, sua mãe me pediu pra te buscar e se quiser eu tenho provas disso — falou sem dar a mínima, colocando os cintos e ligando o carro de novo. — E coloca esse cinto porque ele não ta aí de enfeite.
O Lee bufou, e obedeceu. O caminho inteiro foi silencioso da parte dos dois, a única coisa que faria barulho era a música dos anos 90 e os suspiros fundos que Doyoung soltava, talvez por nervoso.
Nervoso porque querendo ou não, aquela situação que havia se enfiado era no mínimo, constrangedor.
Quando chegaram na residência doa Lee's, Donghyuck foi o primeiro a sair do carro, demonstrando insatisfação enorme com os atos do mais velho apenas por bater tão forte a porta do banco de passageiro, que Doyoung pensou que quebraria.
— Meu carro não é de brinquedo pra você quebrar ele. — resmungou num tom alto e claro.
— Dane-se você e seu carro de luxo! — exclamou, abrindo a porta de casa e vendo sua mãe sentada no sofá junto de seu namorado. — Da próxima vez que for pedir pra alguém me buscar, que seja um motorista descente e contratado.
— Que bom que chegaram bem — falou irônica, se levantando e indo até a cozinha, notando o Kim fechar a porta. — Tomem um banho e desçam pra almoçar.
Assentiu, tirando os sapatos e subindo as escadas, encontrando Haechan pegar qualquer roupa em seu armário. — É o que agora que você ta me olhando? Vai me atacar de novo igual como você fez na rua?
— Acho melhor você abaixar a bola — viu o mais novo revirar os olhos e sair do quarto. — Terei que partir para a apelação.
att pequena apenas para encher a linguiça já que eu preciso sair daqui a pouco :/
mas ainda assim, eu espero que tenham gostado e qualquer coisa me mandem um gato curioso, e é isso, até a próxima
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September - markhyuck au!fanfic
Romansade volta aos anos 2000, iremos contar sobre um amor incondicional de um guitarrista de uma banda de bar e um líder de torcida da escola mais cara de Seul, que surgiu através de um baile de primavera capa feita por: hopedzgn