Capitulo 54.3: Recordações.

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Por Keigo que teve um reencontro.

Imediatamente os meus olhos se encheram de lágrimas novamente, e desta vez, diferente da última, eu não pude me conter e acabei chorando feito um bebe, assim como o pequeno Keigo. E assim, eu sinto uma mão gentil e suave secar as minhas lágrimas. "Acalme-se, Keigo, tudo está bem."Ela diz suavemente ao pé dos meus ouvidos.

Eu abro os meus olhos e vejo sua bela face enaltecendo um belo par de sorriso, e, mesmo que eu não percebesse a princípio, eu estava admirado com a sua beleza.

Dez anos, este era o tempo do qual eu não via a minha mãe, e em minhas memorias, ela estava tão vivida, tão bela, e tão envolvente quanto ao dia do qual ela partiu para o outro lado.

- Eu... Eu... – Começo a dizer, más sou interrompido, as palavras simplesmente fogem da minha boca, e eu começo a sentir como se eu as tivesse esquecido. O que raios estava acontecendo comigo?

- Fique calmo, Keigo. Está tudo bem. – Ela diz suavemente, enquanto me envolve por meio de seus braços. – Eu... Eu tenho tantas perguntas para lhe dizer. – Eu começo dizendo.

O sol se põe, o crepúsculo da noite nasce, e junto com ele o pequeno Keigo, juntamente com seu par de botinas azuis se despede do mar, caminhando lentamente sobre a areia fina da praia, em rumo a mansão Miaki, seu lar.

- Tão fofo, e tão inocente, não é mesmo? – Diz ela calmamente, enquanto me observa com um olhar gentil e ao mesmo tempo como se tivesse me encarando. – É, eu realmente acho que nenhuma criança devia passar o que esse garoto passou na infância. – Eu a respondo, devolvendo o mesmo olhar, más dessa vez com um pequeno sorriso.

- Como isso é possível? Você... Você morreu a dez anos! Eu chorei tanto por você, eu, eu abdiquei da minha infância para cuidar de Akemi, porque você não estava conosco.

- Eu realmente sinto muito, meu filho. Se eu pudesse ter escolhido, logicamente eu teria escolhido ficar ao lado de vocês. – disse ela com os olhos brilhando, cheios de lágrimas.

- Sério mesmo? Escolher ficar ou escolher morrer? Acha mesmo que tudo é tão fácil assim? Acha que eu gostaria de ter crescido cedo demais? Não! Eu fui obrigado! Eu tive que ser o irmão mais velho responsável, eu tive que ajudar a criar Akemi.

Eu fui o responsável por ajuda-la nas tarefas escolares, eu fui o ajudante dela na hora de preparar suas roupas para o clube de teatro, e tudo isso, porque você não estava aqui. – Eu começo a falar quase que gritando. – Quando ela começava a chorar, era eu que limpava suas lágrimas, e ela chorava justamente por sua culpa! Todas as garotas de sua idade tinham uma mãe, más ela não, porque a mãe dela estava morta! – À medida que eu ia desabafando, um peso que estava em minhas costas ia cedendo.

E logo, antes que eu pudesse perceber, eu estava chorando rios de lágrimas, as minhas angustias, medos, aflições e tristezas se foram.

- Meu pequeno, a mamãe sente tanto, eu queria que você pudesse ter sido uma criança normal como todas as outras, que pudesse ir brincar, que fosse feliz, e, claro, queria tanto quanto você estar na presença de Akemi. – Disse ela como se lamentasse algo tanto quanto eu.

- Mamãe, eu não quero morrer. – Eu digo, logo em seguida abraçando-a fortemente. – Você não vai morrer, sabe Keigo, há algo muito especial em você meu filho. - Dito isso, ela novamente secou minhas lágrimas com as suas mãos suaves como a neve.

- Eu vejo algo em você, Keigo. Você abdicou-se dos prazeres de uma infância prazerosa, más com isso, você adquiriu consigo mesmo, a maior de todas as idolatrias: A responsabilidade. Dito isso, você realmente foi a pessoa especial da qual sempre esteve presente na vida de Akemi, e isso fez com que você não só adquirisse responsabilidade, más também, fez com que isso o te tornasse inteligente e único.

Já parou para se perguntar do porque não foi para faculdade de sua família? Já alguma vez pensou porque de querer se infiltrar na classe plebeia e agir de acordo com eles? E claro, não preciso em comentar sobre Right, né?

- Então você... – Eu olho para mamãe e logo começo a corar, como se eu estivesse segurando uma espécie de risada, porém, bem mais caricata. Eu estava com vergonha.

- Keigo, nós, mães, sabemos de tudo, mesmo que você tente esconder isso para sempre, uma hora ou outra irá falhar, e com isso, irá ter que enfrentar os desafios que o mundo nos proporciona, e claro, vence-los. Eu te amo tanto meu filho.

Eu fico corado em seus braços, minhas lágrimas cessam, e outro peso das minhas costas caem por terra abaixo.

- Vamos! Você precisa voltar para eles. Voltar para P'Right! – Disse ela sorrindo novamente.

Eu a abraço fortemente, e com bastante emoção ao meu peito eu peço desculpas pelos meus comentários, dito isso, eu digo o improvável: Eu te amo mamãe. Eu nunca vou me esquecer da minha promessa de proteger Akemi, e eu sempre vou carregar você comigo.

- Venha me visitar mais vezes aqui, como você fazia de costume, eu estarei aqui, te esperando, ansiosa. Aproveite e traga Akemi também! E claro, quando você e Right estiverem realmente juntos, traga-o para que eu também possa conhecer. – Disse ela suavemente enquanto se soltava de mim, e calmamente começava a andar sobre as ondas em direção ao horizonte sem fim.

E antes que eu pudesse perceber, eu estava começando a abrir os meus olhos lentamente.

Assim que os abro, ouço P'Carl comemorar ao meu redor e chamar pelo meu nome, assim que eu retomo a consciência observo ao meu redor e me vejo deitado sobre uma cama de hospital, logo eu digo sem cessar.

- Right! Right! – eu começo a falar, mesmo que bem baixinho, como estivesse sussurrando.

- Right? – questiona P'Carl.

- Chame Right, AGORA! – Eu aumento o tom de voz.

- Imediatamente, meu senhor!

Lovers Boys The SériesOnde histórias criam vida. Descubra agora