Capítulo 59: Vamos comer.

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Por Keigo, que está incrédulo.

Eu estou imóvel, ao meu lado está Right, o carro está parado, e por um segundo eu perco a noção de tempo e espaço. Sinceramente, eu acho que ainda devo estar como um pimentão, ainda mais depois das palavras de Right para comigo:

"O motivo de eu estar aqui com você, é porque dentre essas bilhões de pessoas, nenhuma delas se compara a você. Você é único, é especial, e é por isso que eu te amo."

Eu estou um pouco nervoso, mas antes que eu pudesse respondê-lo ou fazer qualquer movimento, Right começa a se aproximar de mim. Lentamente ele joga o seu corpo em minha direção, e eu, o abraço.

Foi então que eu ouço um barulho, a porta do carro destrava no lado em que eu estava, e então eu percebo, Right estava apenas abrindo a porta para mim, e não me abraçando como eu achei que estaria. Eu desgrudo dele e solto uma pequena risada sem graça.

"E se ele estiver falando sério? E se ele realmente me ama? O nosso sentimento é mútuo, correto?" – Eu começo a questionar em minha mente, enquanto Right afasta seu corpo do meu, se recompondo no banco do motorista.

- Chegamos – ele diz. Eu olho ao redor e a única expressão que consigo demonstrar é: "Meu Deus"

O restaurante era o "LeBlanc" um dos, se não o maior e mais caro restaurante francês da cidade. Com uma bela parede de marfim, e claro, belos azulejos, o lugar estampava logo em sua entrada que aquilo não era para qualquer classe social.

O lugar era bastante fino, e concedia de um luxuoso elevador que levava aquilo tudo a um outro nível, seguido é claro de uma maravilhosa escadaria de mármore.

Eu saio do carro, e espero Right que sai logo em seguida, e o encaro e tento conversar por telepatia com ele: "Tem certeza de que é aqui mesmo o lugar?"

Agora, eu tenho um segredo a contar, embora eu estivesse muito surpreso com isso tudo, essa não era a minha primeira vinda, aqui no LeBlanc, na verdade, era comum eu acompanhar papai em suas reuniões de negócios, e eu claro, como o seu principal herdeiro, não podia deixar de vir e acompanhá-lo.

O LeBlanc tinha três andares, o piso, o piso superior e o terraço que para ser bem sincero, eu nunca havia entrado, afinal, papai sempre procurava ir em locais baixos por conta do seu medo de altura.

Chegamos na porta do LeBlanc e logo somos surpreendidos com um dos funcionários, que nos questionam em seguida: "Vocês têm reserva?" – ele pergunta com a voz macia. Right em continuação o responde: Sim! Procure por Fuyuki. – Certo, terraço, mesa seis. Querem que eu vos acompanhe?

- Não obrigado, sei o caminho. – diz Right, e eu realmente fico bastante surpreso.

- Então, quando você ia me dizer que tem "Fuyuki" no seu nome? – eu pergunto. Right por sua vez solta um pequeno sorriso. – Misaki Fuyuki Inari Right. Este é meu nome completo, e em minha defesa, há muitas coisas que você ainda não sabe sobre mim, Keigo.

Eu fico surpreso, claro não somente pelo nome de Right ser totalmente diferente de como eu esperava, mas sim por tudo isso. Sabem, toda essa noite, todo esse lugar, essas pessoas.

- Vamos? - ele diz enquanto estende sua mão para mim. Eu fico constrangido e então seguro em sua mão.

Em minha mente, apenas uma coisa estava rondando: "O que será que as pessoas vão pensar de nós? Irão pensar que somos namorados ou algo do tipo, eu imagino."

Entramos em um elevador um tanto quanto extravagante, sua cor era dourada remetendo a ouro, dentro do elevador estava um senhor de idade vestindo um terno preto, entre seu braço direito ele tinha uma toalha. O senhorzinho nos olha com desdém como se desaprovasse o que via.

Eu olho ao meu lado e vejo Right com um pequeno sorriso despreocupado. Será que ele estava percebendo toda essa situação constrangedora?

O elevador por fim para no terraço, o pequeno senhor sai a nossa frente às pressas, ele vai até uma mesa perto de um aquário que ficava praticamente ao lado de uma janela.

Eu vou até a janela em um salto e vejo toda a cidade de Kuro Matsubayashi.

Meus olhos se enchem de felicidade, é tudo tão bonito, as pessoas pareciam pequenas formigas, as luzes da cidade tornavam aquilo tudo tão especial, tão incrível de se ver. - É lindo, não é? - Ele diz e eu me assunto. Estou tão entretido que não percebo Right chegando atrás de mim.

- É sim. Matsubayashi é tão linda a noite, não tem nada de escuro como diz o nome. - Eu digo sorrindo. - Ha! há! há! tem razão. - Ele ri e eu me sinto confortável.

AHAM - ouço um pequeno grunhido e então nós dois somos dispersos, eu olho em direção do som e encontro o pequeno senhor bem diante dos nossos olhos fazendo cara feia.

A mesa de vocês está pronta, vão pedir algo? - Ele diz e eu me surpreendo novamente.

Viro minha cabeça lentamente para Right e o vejo com uma expressão um tanto quanto fria diante daquele senhor.

- Right, vamos no sentar-se, está bem? - Como um passe de mágica, o olhar de Right volta ao normal e então seu sorriso sai. - Claro! Vamos, sente-se e escolha algo para comer.

Eu me sento, e em seguida pego o cardápio da casa, dou uma pequena olhada e então entro em pânico, uma vez que vejo não um, mas vários preços totalmente absurdos em minha frente.

Right parece ter percebido os meus gestos, porque logo em seguida eu o vejo pedindo não só o seu prato, mas também o que eu iria comer. Eu o olho um pouco incrédulo, antes de recobrar minha sanidade mental.

- Você está bem, Keigo? – Ele pergunta, enquanto estende suas mãos sobre as minhas. Seus olhos formam um brilho formidável, e então eu vejo seus olhos azuis.

- Está sim, mas você tem certeza de que é aqui mesmo? – Eu pergunto novamente, ainda não acreditando em todo esse luxo. Por fim, ele ri da minha cara.

- Então é isso que está preocupando você? – Right diz enquanto tenta disfarçar suas gargalhadas. Por fim, ele completa. – Não se preocupe com isso, apenas, confie em mim.

Em seguida, tento relaxar, enquanto disfarço meu olhar no cardápio novamente.

Por fim, a comida chega, e logo nos servimos, as vezes Right me encarava e dava pequenas risadas, outras ele mesmo fazia algumas palhaçadas o que me fazia também soltar pequenos risos.

Ao fim de tudo, Right pediu a conta e então fomos novamente para o seu carro.

#FalaP'Aito.

Estavam com saudades desse quadro? Como vocês podem ter visto, o nome da cidade mudou, não se preocupem, que na versão corrigida, já irá estar o nome correto.

Como vocês podem ver, Keigo é um Nobre que nem sequer costuma ver os preços das coisas, e quando ele vê, se choca, uma vez dito no capítulo 29, Keigo gosta de coisas simples e não de frequentar restaurantes de alta classe, assim como seu pai.

E não pessoal, a história do concurso de Rei e Rainha da faculdade Campus não foi esquecido, apenas decidi deixá-lo de lado para desenvolver melhor a relação dos personagens. Acredito que a partir do capítulo 61 ou até 62 ele terá seu foco novamente. 

Lovers Boys The SériesOnde histórias criam vida. Descubra agora