CAPITULO 54: VOLTANDO ATRÁS

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POR RIGHT QUE NUNCA DISSE NUNCA MAIS

Eu estou no meio do centro da cidade, o movimentado pavilhão estava radiante, eu confesso que nunca fui muito fã de movimento, sou o tipo de pessoa que prefere a calmaria presente em um campo, no interior de uma cidade.

Meus olhos estão um pouco cansados, a minha mente presente ali, também está, e as vezes eu acabava soltando um ou outro bocejo, minhas mãos ainda estão tremulas, meu coração ainda está um pouco disparado, e eu não vejo quaisquer razoes suficientes para que eu esteja seguro dirigindo meu carro. Acredito que por causa da adrenalina daquele momento eu consegui trazer Keigo para aquele pequeno hospital, más agora pouco, quando fui tentar dirigir novamente, parecia impossível. Literalmente, eu não estava conseguindo segurar minhas mãos no volante do carro, de tanto que tremiam.

Não sei se estou tomando a decisão correta, ou se estou sendo impulsivo demais, porém, algo em mim está batendo bem no meu coração, e está me dizendo que eu estou no caminho certo, é como se eu sentisse algum espécime de linha guiando o meu futuro. É como se existisse um lápis magico, do qual o mesmo estivesse escrevendo a minha vida. Às vezes, parece que tudo já está escrito, o que será feito, o que será dito, são apenas ações das quais já estão programadas a acontecer.

Às vezes eu não sei explicar, não acredito se tem alguma razão, más eu consigo sentir que gostar do Keigo não é apenas um sentimento, é algo mais que isso, é algo que não se dá pra explicar com apenas algumas palavras escolhidas, dentro de uma frase, conseguem entender o que estou tentando transmitir para vocês? Bem, agora já não importa, eu estava com uma decisão formada em minha mente, e mesmo que pudesse parecer loucura para mim, eu ainda sim estava determinado, estava decido, e não queria mostrar nenhum tipo de arrependimento no futuro.

Enfim, aqui estou eu, no meio da calçada, em frente a uma pequena loja, não sei do que ela se trata, más eu não estava interessado nela, más sim, do que havia do outro lado da rua. Sim, era outra loja.

O sinal fica verde eu começo a caminhar lentamente em direção a outra loja, assim que eu chego em frente da mesma, eu respiro calmamente, nesse momento duvidas surgiram como perguntas em minha mente:

"Você realmente está decido a fazer isso?"

"Não está muito cedo para isso?"

"Não vai se arrepender depois?"

Porém, dentre todos esses questionamentos, apenas um não saída da minha cabeça. "Será que ele sente a mesma coisa que você?"

Sabe... Eu fiquei muitos dias com esse questionamento na minha cabeça, e tipo, não é a mesma coisa que você ficar com uma menina. Talvez, essa seja a maior insegurança que pessoas como eu tem, porque tipo, quando você é hetero, e chega em uma menina, o máximo que você pode levar é apenas um não. Já quando você é gay, além do não, você pode acabar perdendo a amizade, ou também acabar deixando as coisas estranhas, infelizmente, essa é a realidade da qual vivemos nos dias atuais, e isso me deixa com medo, é como se o meu sentimento de "amar" fosse diferente do das outras pessoas, é como se o fato de eu amar outro garoto fosse um crime, talvez, um pecado, não sei.

São essas questões que eu costumo colocar na balança, e me perguntar diariamente: "Vale a pena tudo isso?" Com esses questionamentos em minha cabeça, eu apenas sigo em frente, ando para dentro da loja sem olhar para trás.

Eu acabo de sair de dentro daquela pequena propriedade, a dona se chamava "Fumiyo". Uma pequena senhora, um amor de pessoa, eu diria, a mesma foi bem atenciosa comigo.

Eu olho para o meu relógio, que se encontra no meu pulso direito, e o mesmo me marca que são exatamente 14:35 da tarde. Como eu não havia comido nada, desde cedo, decido ir para uma padaria da região, porém, logo me surpreendo, pois, a padaria mais próxima da região é a padaria "夢 Yume".

Assim que entro na mesma, um vulto de emoções e sentimentos preenchem a minha mente, e antes que eu pudesse perceber, eu estava totalmente extasiado com todas as lembranças que surgem como fantasmas.

Era algo inacreditável, naquela mesma manhã eu estava com Keigo ao meu lado.

Assim que dou pequenos passos Ayume, a pequena proprietária daquele lugar vem me cumprimentar.

- Seja Bem-vindo! – Ela diz gentilmente.

- Obrigado

- Ué... Que estranho... Cadê aquele rapaz bonito de cabelos castanhos que estava com você de manhã? – Eu fico estagnado- podendo até mesmo cair naquele instante, morto.

- O senhor está bem? – eu fico perdido em meio a vários devaneios que surgem em minha mente-

Assim que retomo a minha consciência, eu conto lentamente a história que aconteceu com Keigo para P'Ayume. A mesma tampa a boca, e se sente horrorizada.

Por fim, eu decido pedir uma torrada com um pouco de manteiga, e um café duplo. Assim que estava terminando de comer, o meu celular começa a tocar, eu olho para a tela e vejo que é P'Carl.

[- Alo, Right!]

[- Alo, P'Carl]

[- É sobre Keigo, Right! Ele acordou! Venha depressa, ele quer vê-lo]

[- Estou indo!]

Assim que me desligo o celular, eu vou até o caixa para pagar, e quando já tinha me virado as costas eu ouço uma doce voz.

"Moço! Espere um pouquinho!" – Eu me viro, e vejo P'Ayume com um pequeno saco de papel em suas frágeis mãos.

- Poderia entregar isso para aquele moço? Não se preocupe, é cortesia da casa, e também, mande lembranças para ele, que o mesmo tenha uma boa recuperação. – Claro, eu entrego sim, é muito gentil da sua parte.

Após pegar o pequeno embrulho de papel, eu torno a virar-me e vou-me em disparado em direção ao hospital, em minha mente, apenas uma coisa era importante, e essa coisa, se chamava, Keigo Miaki.

Lovers Boys The SériesOnde histórias criam vida. Descubra agora