High Speed - Zayn Malik

Capítulo 17: Território neutro.

Boa leitura, xoxo

A R I A

  Eu sabia que era uma péssima ideia ficar devendo qualquer coisa para Zayn no momento em que meu telefone toca, o seu número brilhando na tela. Não tinha dado nem um dia completo e o cara já estava me enchendo o saco. 

 - O que foi? - Eu atendo sem nem me preocupar em falar alô e ele ri, enquanto eu levanto e fecho a porta do meu quarto, tomando uma precaução a mais para ter privacidade dentro de casa. 

 - Olá, Graciella. Como você está? Bom dia, para você também. - Eu não iria responder isso e ele sabia, então continua. - Vou precisar do seu favor hoje a noite. 

 - Se você não me falar o que é, não tem como eu ir. - Nem ferrando que eu iria encontrar ele sem saber para onde estava indo e muito menos fazer o que. 

 - Eu vou te falar, Grace. - Pelo seu tom, eu não sabia dizer se ia mesmo. 

 - Malik, eu não tenho a mínima ideia do que você está em mente, mas eu tenho certeza que Liam, por mais distante que esteja, ainda ficaria feliz em ter motivo para chutar a sua bunda se eu pedisse. - Tento deixar a ameaça segura e eu sei que não funciona, porque ele não perde o ar divertido nunca. 

 - Meu deus do céu, Graciella. Você se tem uma conta muito alta comigo, não tem, não? Não vou te pedir nada demais e muito menos algo que vá fazer Liam querer chutar a minha bunda. - Sinto meu queixo cair um pouco, porque eu não quis insinuar que ele queria algo comigo. Quem dava motivo para eu sequer pensar isso era ele, já que a ideia quase não passava pela minha cabeça. 

 - Eu te odeio. - Respondo, porque era a única coisa que a minha mente conseguia produzir. 

 - Fofa. Eu também gosto de você. Agora, que já passamos disso, eu preciso que você vá num jantar comigo. - ???????????. 

 O que eu deveria responder sobre isso? 

 - Você me fala que eu me tenho muito em conta com você e depois me chama para um encontro? - O cara tinha problema. 

 - Em nenhum momento eu disse que era um encontro, disse? - Ódio, ódio, ódio. - É um jantar importante. 

 - E por que diabos você precisa de mim nele? - Eu já estava começando a ficar estressada, dependendo da resposta dele, eu jogaria o celular longe e eu mesma desceria e falaria para vovó onde eu estava. 

 - Por que é algo meio que... "secreto". - Ele abaixa a voz e eu tenho a impressão que ele estava fazendo aspas no ar. - E precisa ser feito de forma que não pareça um jantar muito formal. Quem eu vou falar vai levar uma acompanhante e eu preciso de uma. 

 - Pra quê? Só a do cara já não basta? - E que caramba de "jantar secreto", o que? O cara queria me levar para um negociação? Ou seja lá o que era? 

 - Não. Vai parecer que eu estou de vela. - Cada minuto eu estava mais perto de desligar na cara dele. 

 - E por que você não chama outra pessoa que estaria realmente interessada na sua companhia? Você mesmo disse, tem um monte. - Sento no banco da minha janela, observando a rua parada do lado de fora. 

 - Vou ignorar o ciúmes na sua voz, Grace. - Eu não tinha falado com tom de ciúmes! O cara alucinava, como pode?? - Mas, respondendo a sua pergunta, como você mesma disse, tem pessoas realmente interessadas. Eu não preciso me preocupar com você me cobrando alguma coisa depois de um jantar, preciso? Se eu levar qualquer outra pessoa, ela vai achar que tem alguma coisa a mais comigo, quando ninguém tem.