Capítulo 32: Comprando o silêncio.

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Boa leitura, xoxo

A R I A

 Era engraçado frequentar um lugar que era intocado pela presença dos Malik, porque atraia muito atenção e o deixava deslocado, enquanto eu estava no meu ambiente. Inverter os papéis não era algo que eu estava acostumada, mas, definitivamente, era uma coisa que eu poderia ficar. 

 Cumprimento por cima os amigos de Harry, que também poderia ser considerados meus conhecidos por escala e eles respondem com a mesma animação, apesar de encarar Zayn torto, que não estava também se contendo em fechar a cara. Aqui era um dos poucos investimentos que Desmond tinha na cidade, sendo um restaurante um tanto quanto chique, apesar da maioria das vezes abrigar adolescentes, que se recusavam a ir "pro outro lado da cidade". 

 Sentamos num lugar afastado e eu pego o menu, mesmo que já soubesse o que queria pedir, apenas para Zayn fazer o mesmo. No entanto, ele só parecia estar interessado em ficar emburrado, o que me faz suspirar. 

 - Desmancha esse bico e escolhe alguma coisa para comer. - Ele me olha indignado. 

 - Eu não estou fazendo bico! - Estava sim. 

 - Agora não, mas antes, estava quase encostando no seu queixo. - Não era para tanto, mas eu nunca iria perder a oportunidade. 

 - Por quê que eu ainda saio com você? - Zayn resmunga, cedendo e pegando o menu também, parecendo olhar de forma distraída as opções postas na sua frente. 

 - As duas vezes quem chamou foi você, bonito. - Me defendo, fechando o cardápio e apenas esperando que um dos garçons viesse nos atender. 

 - Você aceitou as duas. - Se antes eu não estava indignada, agora eu estava. 

 - Não me lembro de ter tido muita opção na primeira. - Resmungo, não o chamando de chantagista, apesar dele ser. - E essa quem nos obrigou foi Liam. E eu poderia muito bem ter ido para outro lugar, foi você que chamou. - Reforço e ele ri de lado, também abaixando o cardápio e provavelmente escolhendo. 

 - Sim, jogar dominó na casa dos Styles deve ser melhor do que sair comigo mesmo. - Cruzo os braços, levemente irritada. 

 - Na verdade, é mesmo, se você realmente quer saber. - Ele, claramente, não acreditava em mim e logo o garçom da nossa mesa chega, sendo um conhecido, mas que parecia tenso, diferente dos outros dias. 

 Ele anota nossos pedidos quase correndo, saindo da nossa mesa no momento em que terminamos, nem falando mais coisa ou perguntando algo extra. 

 - O atendimento do nosso lado é melhor, você não tem como negar. - Claro que era melhor. Os caras trabalhavam para ele, se fosse ruim, perdiam a cabeça. 

 - O atendimento aqui é ótimo, a questão é que as pessoas tem medo de vocês. - Isso parece ser uma informação nova. 

 - Por que eles teriam? - Nossa, por que será? Inimaginável a resposta para essa pergunta. 

 - Eu não tenho a mínima ideia. - Sorrio, bebendo da minha água, enquanto ele rola os olhos para a minha resposta. 

 - Não é como se a gente ameasse eles. Não mexemos com quem não mexe com a gente. - Entrelinhas, ele estava me dando um aviso sútil de ficar quieta no meu canto, assim como para repassar o recado adiante. 

 - Curiosidade aleatória. - Repito o que ele tinha feito mais cedo e Zayn toma da sua água, antes de me falar. 

 - Manda. - A dúvida seria se ele iria responder de forma sincera ou não, mas como quem não arrisca não petisca, eu pergunto: 

High Speed - Zayn MalikOnde histórias criam vida. Descubra agora