Luna Brooks saí dos Estados Unidos e vai para o Japão por causa da empresa de seu pai.
A vida da garota é totalmente rotulada pela mãe, que sonha com a vida de modelo da filha, Luna odeia ser modelo, ela só quer ter a vida de uma típica adolescente...
Acho que nunca me senti assim, tão mal e sem vontade de viver, eu só queria que acabasse, parece que toda vez que eu me sinto razoavelmente feliz a vida me olha e destrói tudo, será que eu não mereço nenhum pouco ficar feliz? Nunca vou ter o "Então ficou feliz para sempre"?
Já fazia uma semana que o Hayato me deu aquela notícia, no dia eu tive um desmaio, quando me acordei, minha rotina foi ficar isolado no meu quarto sem contato com ninguém... nem comer direito eu comia...
Muita gente já tentou falar comigo, mas eu não deixo ninguém entrar no meu quarto e são raras as vezes que eu saio dele.
- Luna-chan? - escutei a voz do Bokuto seguida de batidas na porta. - Me deixa te ver, fala comigo! Você não está sozinha, é a pessoa mais forte que eu já vi na vida, apesar de tudo você sempre enfrentou seus problemas com coragem, por favor não se entrega... tem pessoas aqui que te amam e precisam de você... eu preciso... - escutei ele fungando, como se estivesse chorando.
Me sinto pior ainda por ser responsável pelas suas lágrimas, mas eu não tenho controle da situação, eu estou totalmente fraca...
- Luna! - dessa vez foi a voz da Hana - Eu sei que você está se sentindo fraca, mas não precisa ser forte toda hora, quando você estiver fraca, seremos fortes por você! - Sentia as lágrimas preencherem meus olhos - Eu estou aqui por você...
- Eu também estou aqui por você... - ouvi a voz da Mia.
- Não está sozinha Luna-chan... - ouvi o Akaashi.
- Estou aqui também! - Konoha.
- Idem! - Washio.
- Boboca, vou sempre estar ao seu lado... - Harry falou.
- Oh surfista! Você é a pessoa mais incrível que eu conheci, também estou aqui! - Hayato falou.
- Deixa a gente te ajudar... eu te amo, nós te amamos, somos sua família! - Bokuto falou e eu senti minhas lágrimas caindo.
Tive forças para ir até a porta, eu fiz amigos incríveis...
Abri a porta e dei de cara com todos amontoadas de frente a porta.
- Luna! - Bokuto me abraçou forte e em seguida senti outros braços me rodearem. - Eu te amo!
Eu só conseguia soluçar, sempre enfrentei minhas dores sozinha, mas eu não estava mais sozinha.
- Eu amo vocês... obrigada... - falei baixinho.
- Precisa se despedir... da sua mãe... - Hana falou.
- Como? - perguntei, não dava para fazer o enterro porque o corpo se perdeu o oceano, ninguém achou...
- Vamos fazer algo simbólico, o velório não são para os mortos, mas sim para os vivos, para que quem fique consiga colocar o fim em um história... - ela explicou e me mostrou uma foto da minha mãe - Eu sei que não é fácil, mas ela precisa partir e você tem que deixá-la ir e seguir em frente... - assenti respirando fundo, eu realmente precisava do ponto final.
Após algumas horas, eu, meu namorado, meus amigos, meu pai e a Rita estávamos no meu jardim, meus amigos haviam decorado o lugar com flores diversas, velas e havia um pequeno buraco no gramado, tudo tinha o aspecto muito acolhedor.
- É hora de enterra-lá... - Hana deu a foto na minha mão e com lágrimas nos olhos eu coloquei a foto da minha mãe na pequena cova que havia ali.
- Me deu filhas lindas Lilian... meus bens mais preciosos, infelizmente a Lisy teve que se despedir de nós cedo demais... e agora você... obrigado por todos esses anos, sempre te amarei independente de qualquer coisa, você é a mãe das minhas filhas... - meu pai falou e colocou uma flor encima da foto.
Me soltei do Bokuto e peguei uma flor.
- Ah mãe... por que me deixou? - eu já limpava as lágrimas que faziam trilha no meu rosto - Me desculpa se eu fui uma filha ruim... eu nunca quis ser um fardo... - suspirei pesado - Você me deixou uma carta quando foi embora, nela estava escrito "Espero que me perdoe", ao contrário do que a senhora pensa, eu nunca consegui culpa-la, não de verdade, então não há nada para perdoar, mas se esse é seu desejo, eu te perdoo, está tudo bem... pode ir em paz, eu te amo, cuida da Lisy, finalmente vai poder vê-la... - joguei a flor no buraco.
Peguei a pá que estava ali e joguei um pouco de terra encima da foto... Adeus mãe...
Meu pai me abraçou, apertei meus braços ao seu redor.
- Vamos ficar sempre juntos... - ele beijou minha cabeça.
Meu pai se afastou pegando a pá e terminando de tampar o burado com a terra.
Esse ato realmente foi necessário, apesar da dor, temos que aceitar que nada é para sempre...
- Obrigada... - falei olhando as pessoas que estavam ali por mim.
- Vem comer um pouquinho, querida! - Rita me abraçou de lado e me levou até a mesa.
Todos estavam junto a mesa, com caras tristes e sem saberem como agir...
- Como... como está a escola? - Todos me olharam surpresos, até porque eu não estava falando muitas palavras.
- Ah... está chata sem você! - Mia falou e eu sorri bem fraco.
- O professor de história foi demitido! - Hana falou.
- Finalmente... ele era horrível... - falei me lembrando da discussão que eu tive com ele sobre URSS.
- A formatura está chegando... - Hayato lembrou.
- Vamos nós formar...
- Consegui outro patrocínio! - Hayato falou - Patrocínio de tênis, vai ganhar bastante tênis novos Luna Brooks... - ele completou e eu sorri.
- É uma ótima notícia... vai ser um atleta olímpico nadador! - afirmei e ele sorriu.
- O time está um caos sem você, Kaori-chan está ficando doida! - Konoha falou e eu ri fraco.
- Não acredito que vocês estão dando trabalho para ela! - briguei com os meninos do time que estavam ali.
- O capitão não estava indo aos treinos também... - Konoha continuou e eu encarei meu namorado.
- Ko-kun... me desculpa... - abracei o menino que estava ao meu lado e ele retribuiu o abraço firme - Eu te amo...
- Eu também te amo... nunca duvide disso, só não me afasta de novo, por favor... - afaguei seus cabelos.
- Não vou... - dei um selinho nele.
- Rum, Rum... - ouvi meu pai fazendo um barulho com a garganta e meus amigos riram um pouco.
Eu tenho pessoas incríveis do meu lado, pessoas que eu amo e me amam de volta...
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Continua...
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