Num mundo, onde pessoas matam por diversão e pessoas são vendidas como objeto, pode surgir uma pessoa que nunca vai aceitar algo assim.
- Somos de mundos diferentes. Você é como um cubo de gelo, mas é melhor não se aproximar, pois eu queimo como cha...
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Eu juro não não fiz de propósito. Eu sou lerda, e acabo agindo por impulso. Eu saí de cima do mesmo tão rápido, que foi pelo lado errado. Não senti a cama e passei direto para o chão.
— Você tá bem?? – Ele perguntou se sentando tranquilo.
— Agora você pergunta. – Disse olhando para o chão, sentindo minhas bochechas queimarem.
Tô parecendo uma adolescente, idiota e dondoca. E eu odeio me sentir assim. Mas não posso negar, gostoso ele é.
— Ok, tudo bem. Agora você tem a minha total atenção. – Disse me olhando.
— Quero o Lucian como meu guarda-costas, e quero uma arma.
— Você sabe usar uma arma?? – Perguntou com a sobrancelha erguida.
— Faz muito tempo que não toco em uma. Mas uma revisão não faz mal. É como andar de bicicleta, a gente nunca esquece.
— A bicicleta não machuca outras pessoas. – Disse me olhando sério.
— Se eu bater em você, machuca!! – Disse sorrindo de lado, e ele respirou fundo tentando não rir.
— Você é muito diferente, do que os homens daqui estão acostumados. – Disse me olhando. — E isso te torna uma ameaça ou uma diversão.
— E para você, eu me torno o que?? – Perguntei com a sobrancelha erguida.
— Uma maluca que tenho que está sempre de olho. – Disse finalmente sorrindo de lado, e eu sorri junto. — Tudo bem. Lucian será o seu guarda-costas. E depois vemos a coisa da arma.
— Já é um passo. – Disse sorrindo largo.
— Amanhã, será a sua apresentação, compraremos seu vestido pela manhã.
— Tudo bem.
— Agora levanta do chão, se deita e dorme. – Disse voltando a se deitar com o braço na frente de seus olhos.
— Você parece um velho ranzinza. – Disse me levantando.
Ele não me respondeu, então eu apenas me deitei, em uma distância segura para mim. E pensei em dormir, mas uma arma na minha cabeça, meu irmão ao meu lado morto e eu em prantos, me fez levantar assustada e com a respiração pesada. Olhei para o meu lado, e Christian dormia tranquilamente.
Eu olhei para o relógio, que marcava 04:49 A.M. Então eu apenas me levantei com cuidado lindo até a sacada e me sentando na mesma sentindo uma brisa congelante, mas até que era revigorante. Sei que não vou conseguir dormir mais.
Então, observei a troca de turno dos seguranças, as luzes sumindo aos momento que o sol aparece no horizonte. No mesmo instante que sinto a aproximação de alguém e quase dou um pulo.
