• Capítulo 27 •

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⚜️ Thalia Vitalle ⚜️

Depois de mais algumas conversas, estávamos apenas eu e Christian no canto, bebendo champanhe e falando mal de geral. As pessoas dizem que mulher é fofoqueira, isso é por que não foram a uma festa da máfia. Acho que os homens falam mais que nós, exceto o Christian que apenas observa tudo ao seu redor.

— Seu pai está feliz, por eu ter "domado" você. – Disse sorrindo de lado, e fazendo aspas com os dedos.

— Até parece. Você só teve sorte que eu te conhecia, por isso estou sendo compreensível. – Disse tentando controlar o meu sorriso.

— Você gosta. – Disse meio que beliscando minha cintura de leve, e sorrindo de lado.

Filho da mãe de um sorriso lindo. E ele sendo legal, acaba com toda a minha marra. Mas todo o clima mudou quando o tal Enrico Battaglia se aproximou com um sorriso de lado.

— É bom vê-los novamente.

— Não digo o mesmo. – Disse Christian indiferente, segurando na minha cintura.

— Que maldade Vitalle. – Disse como se estivesse magoado. — Vejo que a primeira dama, continua nos surpreendendo, está belíssima e que curvas. Seria uma pena, alguém tomar isso de você, não é mesmo Vitalle.

— Acho que conheceu o meu pai não é mesmo Battaglia?? – Perguntou o olhando com frieza. — O impiedoso, conhecido como "o diavolo" (o diabo). Sabe exatamente o porquê dele ser chamado assim, e pode ter certeza, se alguém tocar nela, vou mostrar que sou muito pior do que ele.

A seriedade no olhar do Christian era assustadora, tanto que até o homem a sua frente vacilou um pouco e vi medo em seus olhos.

— Eu estava apenas brincando. Não precisa levar tão a sério. – Disse tentando disfarçar.

— Só disse a verdade. Talvez eu seja ainda pior que meu pai. Afinal, que eu me lembre, a minha mãe também te deu muito trabalho.

O mesmo bufou irritado, e logo depois saiu. Fazendo Christian ter um sorriso vitorioso, e me abraçar pela cintura me olhando nos olhos.

— Ele sempre coloca o rabinho entre as pernas, quando o assunto é minha mãe. – Disse sorrindo de lado. — Minha mãe praticamente, chutou ele das primeiras posições do ranking da máfia.

— E o que aconteceu com ela??

— Está descansando. Aposentada e mora na Suiça. – Disse simples. — Se afastou do mundo e de todos.

— Entendi!!

Notei um pouco de tristeza em seus olhos, e não precisa ser muito inteligente para entender.

— Não acha que essa festa já deu o que tinha que dar?? – Perguntei entediada. — Vocês mafiosos não sabem nem dá uma festa. Nesse quesito os traficantes vencem vocês.

— E como sabe disso?? – Ele perguntou desconfiado.

— Nunca ouviu falar de baile funk em comunidade não?? Eu fui algumas vezes, e com certeza a festa era a melhor!!

— Tá me dizendo que você subiu em uma comunidade, ficou cercada de traficantes armados...

— E bebi todas!! – Completei e o mesmo me olhou indignado. — Por isso meu irmão diz que o meu lema é "eu não preciso de ninguém, para fazer merda comigo. Eu sozinha boto minha vida em perigo".

— Acho que já percebi isso. E é uma das razões para eu convidar aqueles dois idiotas para te treinar. Ao menos você colocará mais violência.

— Ótimo!! Mas, agora vamos embora?? – Perguntei fazendo bico e o mesmo sorriu.

— Vamos.

O mesmo entrelaçou nossos dedos e começamos a sair tranquilamente. Não devíamos satisfação a ninguém, mas parece que existe sempre alguém que merece satisfação. E pior, não é apenas uma e sim três. Arabella, Emma e Emília.

— Já estão indo?? – Arabella perguntou, tentando abraçar o braço do Christian que desviou.

— Se estamos indo em direção a porta de saída, não é por que queremos ir ao banheiro. – A resposta veio do Christian.

— Mas ainda está cedo. – Emma tentou.

— Pois é. E já estou entediada.

— Mas eu Christian vai aproveitar muito mais se estiver comigo. – Disse a loira tentando de todo jeito.

— Eu não teria tanta certeza. – Disse abraçando do mesmo e sorrindo de lado, a olhando com deboche.

Antes que alguém dissesse algo, o Christian ignorou todas, me colocando em seu ombro e saindo, atraindo a atenção de todos, e me fazendo socar suas costas, coisa que ele nem ligou. Só me colocou no chão quando estávamos próximos ao carro.

— Idiota!! – Disse socando seu peito.

— Se eu não fizesse isso, perderíamos mais tempo, por que você é a "senhora pavio curto".

— Ela me provoca e eu sou o pavio curto?? – Perguntei indignada. — Falou o cara que sente ciúmes de velhos.

O mesmo revirou seus olhos entrando no carro, e eu fiz o mesmo. Notando Christian irritado, pois passava a mão no cabelo e respirava fundo.

— Por que está tão irritado?? – Perguntei olhando para o mesmo que suspirou.

— Baixei minha guarda lá dentro. Acabei me envolvendo e esquecendo das coisas ao meu redor, e isso poderia nos colocar em risco com tantos inimigos.

— Com todos aqueles homens que trabalha para você?? Acho impossível. Christian, tem que parar de me tratar como uma criança. Sou a sua mulher, e não sua irmãzinha.

— Disso eu sei. As vezes apenas me esqueço. – Disse folgando sua gravata.

Bufei irritada, me arrumando no acento e ficando pensativa. Christian tem essa coisa, de me tratar como criança. Ele ainda acha que tenho 15 anos e eu odeio isso.

Olhei para o mesmo, que acendia um cigarro, e folgava seu paletó e blusa. E por um momento, eu me perdi em meio aquelas tatuagens, e em seus músculos e na forma como o mesmo arrumava seus cabelos, indicando que estava irritado.

— Não tenho 15 anos Christian. – Disse segurando sua gravata e o forçando a olhar para mim. — Sou uma mulher!!

Olhando no fundo daqueles olhos azuis, eu via um pouco de surpresa, mas mesmo assim, ele mantinha sua expressão neutra.

Mesmo sem pensar tirei o cigarro de sua mão, apagando o mesmo no cinzeiro, e ele me olhou indignado.

— Você é um idiota!!

Terminando de falar, puxei a gola do mesmo iniciando um beijo, o pegando de surpresa e me fazendo sorrir alguns segundos. Mas perdi completamente o ar quando o mesmo retribuiu o beijo.

Em meio ao beijo, Christian segurou firme a minha cintura me puxando para si, me fazendo sentar em seu colo com uma perna de cada lado. O que o fez aprofundar ainda mais o beijo, e dessa vez eu queria mais que aquilo.

— Não vai me mandar parar?? – Perguntou segurando meu rosto delicadamente.

— Não. – Disse sorrindo de lado.

— Acho melhor sairmos daqui. Meus homens estão cercando o estacionamento inteiro, e seria desconfortável para você aqui dentro.

— Então, vamos para casa. – Disse sorrindo, e saindo de seu colo.

Meu Mafioso!!Onde histórias criam vida. Descubra agora