• Capítulo 56 •

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⚜️ Christian Vitalle ⚜️

A reunião com a máfia Russa, demorou mais do que eu imaginava. Eu tive que me trocar por lá mesmo, para poder chegar a tempo para o jantar. Sei que Thalia pode se meter em encrenca sem nem ao menos tentar.

Estavamos eu e Pablo, que dirigia rapidamente, nos fazendo chegar na mansão, o mais rápido possível. Eu estava empolgado para ver Thalia, e beijar aquela marrenta, que a tanto tempo não consigo ver com frequência, mesmo morando na mesma casa.

Mas eu não estava preparado para o que eu ia encontrar. Praticamente assim que abri a porta, vi minha mulher praticamente rolando escada a baixo, e quando finalmente foi ao encontro do chão, colocou a mão na barriga com uma expressão de dor, e foi fechado seus olhos, lentamente.

— Thalia!!

Eu não sei como eu cheguei nela. Eu juro, que eu perdi meu chão!! Eu não conseguia raciocinar, eu queria saber o que fazer. E só consegui sair dos meus pensamentos com Pablo e Miguel gritando o meu nome!!

— Christian!! Ela tá sangrando, é melhor leva-la para o hospital. Agora!!

Eu me agachei, e automaticamente, encontrei na ponta da escada Emília e Matteo Rizzi, e Arabella.

— Vitalle, não é a hora. – Jonathan segurou meu braço. — Se alguma coisa acontecer a minha irmã...

— CALADO!! – Disse verdadeiramente irritado. — Ninguém vai deixar a mansão até eu voltar. Quem tentar, podem atirar para matar. É uma ordem.

Eu me agachei pegando Thalia em meus braços. Miguel seguiu na frente, tirando todos os idiotas do meu caminho, e o Pablo dirigiu como se estivesse em ruas sem obstáculos.

Fomos direto para o hospital da família, onde confiamos de tratar todos que pertencem a família.

No instante em que coloquei a mesma na maca seus olhos se abriram, e ela agarrou na minha mão e logo depois colocou a mão na barriga praticamente gritando.

— Senhor Vitalle?? – O Dr. Galli perguntou se aproximando já se preparando.

— É a minha esposa.

— Tá doendo?? Por que tá doendo tanto?? – Thalia praticamente gritava, desesperada.

A olhei ainda mais apreensivo no instante em que Miguel e Jonathan chegaram perto, e o Dr. Galli, se aproximou e finalmente notei o sangue escorrendo entre as pernas de Thalia.

— Você caiu??

A mesma balançou a cabeça em concordância e foi então que veio a pior coisa que já ouvi na minha vida.

— A levem para a sala obstétrica, ela está sofrendo um aborto.

Sabe quando você entre em choque?? Depois dessas palavras, o mundo de verdade começou a andar em câmera lenta, eu via eles levando a minha mulher, mas minhas pernas não se mexiam, Jonathan tentou passar, mas foi segurado por só precisarem de pessoas que realmente vão ajudar, já Miguel segurou meu braço, como se me impedisse de avançar.

— Volta para terra!! Agora.

— A.Aborto?? – Foi a única coisa que saiu da minha boca.

Desde que voltamos do Brasil que eu não tive tido muito tempo com a minha morena. Eu não desconfiei, se eu tivesse desconfiado eu não teria deixado ela sozinha em meio a todos aqueles abutres infernais.

Miguel teve que praticamente me arrastar e arrastar o Jonathan, para nos manter sentados esperando notícias. E depois de mais de meia hora, nenhum de nós três dízimos uma palavra si quer. Até eu ouvi barulhos na sala onde ela estava. Aí, foi quando nada mais me segurava.

Eu entrei naquela sala com tudo. Vi algumas ferramentas espalhadas pelo chão. Thalia estava com as mãos no rosto e chorava como uma criança.

— Senhor Vitalle, eu sinto muito. Não podíamos mais fazer nada, o feto já...

Eu não quis ouvir. Ergui a mão para que ele parasse, e fiz sinal para que ele saísse e assim ele e toda a equipe saíram.

Eu me aproximei lentamente da minha mulher, e ela se levantou com muita raiva pegando um bisturi e tentando passar por mim, mas consegui a segurar por trás e me jogar na cama, a prendendo no lugar, enquanto ela se debatia e chegou em um momento que ela parou, encostou o rosto no meu peito e começou a soluçar.

— Eu perdi. Perdi nosso...

— Shiii. – Disse passando minha mão pelos seus cabelos rebeldes, a apertando ainda mais forte contra mim.

— Eu vou matar eles!! Se eles não tivessem me acertado na barriga, o bebê...

— Eles quem??

— Os únicos que estavam no andar de cima da hora da minha "queda". – Disse fazendo aspas com os dedos.

Thalia depois disso, teve praticamente um ataque de pânico e teve que ser medicada e acabou dormindo. Mas de verdade, isso destruiu a minha mulher. E foi como uma facada no meu peito. Eu ia ter um filho!! Um filho com a mulher mais perfeita que eu conheço. Um herdeiro!!

Eu saí da quarto, sem nem ao menos saber que dia era hoje. Mais tudo mudou quando dei de cara com Jonathan, Miguel e Pablo.

— Todas as propriedades dos Rizzi's, quero que vire cinzas está noite. E vocês sabem muito bem, para quem enviar o coringa.

— O coringa?? – Pablo perguntou surpreso. — Vai declarar guerra assim?

— Os Rizzi acabaram de assinar a sua cartas de suicídio. Eles fizeram a minha mulher sangrar, e tiraram de mim o que deveria ser meu tudo. E dessa vez, eles vão ter o que merecem!!

Os três me olharam incrédulos, e eu tinha meus punhos serrados, eu podia sentir minhas unhas perfurando a carne da minha própria mão e o sangue escorrer.

— A guerra é só o começo. O coringa é para Matteo Rizzi. Vou atingi-los, onde mais dói, assim como fizeram comigo e com a Thalia.

— Sim senhor.

— Depois que receber o coringa, ele só terá 48 horas, para suplicar pelo perdão divino, por que aqui na terra vai ser o inferno dele, e eu vou garantir que eu seja o último rosto que ele vai ver.

Pablo confirmou já saindo e se comunicando com os outros, enquanto Miguel e Jonathan me olhavam enquanto meu peito subia e descia freneticamente por causa do meu ódio e por causa da dor que de verdade tá acabando comigo.

— Minha irmã está...

— Dormindo. Ela teve um ataque de pânico e teve que ser medicada. Isso não devia está acontecendo!!

Eu praticamente me desesperei, colocando as mãos na cabeça sem nem ao menos saber o que eu faço agora.

Foi quando senti um braço ao redor do meu pescoço me fazendo abaixar a cabeça, e logo percebendo ser Miguel que escondia meu rosto.

— Você sabe o quanto eu odeio a abraçar macho. Mas você tem 6 minutos, para desabafar antes que alguém chegue.

— Eu não...

— Thalia vai precisar de vocês 100%. Para acabar com os Rizzi, não pode haver fraqueza. Como você mesmo sempre disse para mim. Eu não te vi assim nem depois da morte do teu velho. Você precisa soltar!!

Eu engoli seco, e senti as lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Nunca que eu tinha chorado, nem mesmo no enterro do meu pai eu senti algo assim. E sei que Miguel tem razão!! Thalia precisa de mim, e assim que ela estiver recuperada, que eu vou atirar na cabeça daquele pirralho que não sabe o que espera ele.

Meu Mafioso!!Onde histórias criam vida. Descubra agora