• Capítulo 37 •

2.3K 153 21
                                    

⚜️ Christian Vitalle ⚜️

Estava conversando com Miguel, sobre aumentar a segurança e trazer o Rizzi para uma conversa comigo, quando ouvimos alguns barulhos estranhos e o Lucca, um dos meus subordinados, apareceu correndo e nervoso, não esperando nem eu dá a palavra.

— Senhor, tiroteio na frente do castelo e a senhora Vitalle está lá.

Não precisei ouvir mais nada. Miguel chamou nossos homens pelo ponto de comunicação, enquanto corríamos, no meio do caminho peguei uma arma qualquer, até mesmo esquecendo que a minha estava na cintura.

Saindo muitos dos hóspedes saiam procurando abrigo e saindo do nosso caminho, apenas respirei quando coloquei meus olhos em Thalia jogada na pequena escada. E logo a puxei para mim.

— Para dentro!! – Disse sério, mas a marrenta nunca me ouve, não vai ser agora que vai começar.

A mesma pegou a arma na minha cintura, e avançou entre meus homens mirando em um ponto muito específico, e antes que eu a conseguisse puxar, ela atirou acertando no motorista de um dos carros, causando um batida instantânea.

— Nunca mais me mande sair do seu lado, mesmo se for em meio a um tiroteio. – Disse me entregando a arma e entrando.

— Achamos alguém que o todo poderoso não controla. – Miguel tirou onda, mas apenas para que eu ouvisse.

— Quero os sobreviventes na sala de tortura do castelo. Mais tarde eu resolvi isso. E limpem tudo!! – Disse ignorando o Miguel e já irritado, entrei atrás da Thalia, a segurando e virando para mim. — Tem que parar de me desafiar na frente dos outros.

— Então pare de me tratar como uma criança na frente dos outros.

— Eu quero você segura.

— E eu quero ser útil. Me esconder atrás de você, vai me deixar confortável achando que você vai está sempre lá, mas você não está. E você mesmo disse, os inimigos já me encaram como ponto fraco, atrás de você eu sempre serei o ponto fraco.

Respirei frustrado, exatamente por saber que ela tem razão. Nos olhos dela eu via muita determinação. Ela está tentando ao máximo, e eu como o idiota que sou estou só querendo atrapalhar.

— Me desculpa. – Disse puxando a mesma para um abraço. — Você tem toda razão. A partir de hoje, ninguém vai te ver como um ponto fraco, ainda mais com a mira perfeita que você tem.

— Nem eu acreditei que acertei. – Disse sorrindo e me fazendo me esquecer de dar bronca nela.

Vai se ferrar!! Tô fazendo todas as vontades dessa marrenta.

— O que aconteceu aqui?? – E chamando nossa atenção com essa fala, vimos o Rizzi descendo junto a sua família e a Arabella.

— Não lhe diz respeito. – Eu respondi sério, enquanto a Thalia segurava meu braço, com muita força pela raiva.

— O que tem haver com a minha filha, me diz respeito sim. – Disse Lorenzo, com uma autoridade, que não sei onde ele encontrou.

— E desde quando você pode opinar em alguma coisa em relação a minha irmã?? – O Jonathan entrou, ainda com a arma na mão.

— E o que um merda como você está fazendo aqui?? – A pergunta veio de Matteo, e tive que segurar a mão que ia em direção a minha arma, olhando para a Thalia e negando.

— Dobre sua língua para falar do meu irmão. Pois já tem homens indo para a sala de tortura, quer ser um deles?? – Thalia perguntou olhando para os mesmos. — E "pai", para um mafioso que não conhece um barulho de tiro, pode levar um achando que são sons de fogos.

— Cuidado com a boca sua...

Quando Emília e Arabella avançaram em direção a Thalia eu puxei a minha arma e Jonathan também, apontando para as duas.

— Cuidado vocês. Se encostar um dedo na minha mulher, eu te mato!!

— Quanta coragem. – Disse Arabella olhando diretamente para a Thalia com um sorriso de lado. — Está sempre escondida atrás do Christian.

— Nunca querida. Não sou uma boneca de enfeite. Se quiser vir para cima pode vir, mas vai ter que gastar dinheiro com plástica e mega, para compensar o estrago que vou fazer.

— Sua...

— JÁ CHEGA ARABELLA. – Eu gritei perdendo a minha paciência. — Vocês podem ter o sangue da Thalia, mas agora ela carrega o sobrenome Vitalle, e nada disse é da conta de vocês.

Guardei minha arma, fazendo sinal para que o Jonathan também guardasse.

— Rizzi, vamos conversar no escritório. – Disse sério e o mesmo concordou. — O resto de vocês procurem ficar longe da entrada, e longe da minha mulher. Thalia, melhor fazer algo para se distrair.

A marrenta apenas confirmou com a cabeça, e seguiu junto ao irmão em direção ao jardim do castelo, com Lucian os seguindo. Arabella, Emma e Emília seguiram para o lado oposto, e o Matteo foi para o lado da biblioteca.

Segui na frente, até o escritório da minha mãe, sabendo que a mesma havia saído e estaria vazio. Sentei na cadeira principal, e o Rizzi sentou a minha frente.

— O que quer conversar Vitalle?? – Lorenzo perguntou arrogante.

— O que veio fazer aqui??

— Fazemos parte de tudo isso agora. Thalia é uma Rizzi, e...

— Ela é uma Vitalle. Por escolha própria. – Disse estridente. — Não fale como se ela fosse propriedade sua. Você só poderia está aqui, se a minha mãe permitisse.

— Você deveria ter feito o convite. Não está agindo como um genro muito bom. Será que teremos que anular essa união?? – Perguntou com um tom de sarcasmo, e foi a gota d'água para mim.

Sorrir de friamente, olhando bem no fundo de seus olhos.

— Você apenas aceita o que eu ofereço, que é mais do que a sua "família" de merda merece. E se tentar me tirar a Thalia, eu vou fazer com que tudo que você se importe queime até as cinzas, e depois você conhecerá o próprio inferno. Então, eu to pagando para ver.

O sorriso no rosto dele murchou no mesmo instante. Seus olhos assustados me divertiam, ele parecia um cordeirinho de frente a um lobo gigante.

— Não foi isso que eu quis dizer.

— Não mesmo. Meça suas palavras quando falar comigo. Não somos íntimos, a hierarquia continua. Eu sou um Don, e você apenas um subordinado que aceita as migalhas.

— Sim, senhor. – Disse com certo nojo.

— Podem permanecer aqui, mas fiquem longe dos meus assuntos, e da senhora Vitalle. E se eu fosse você Lorenzo, eu tomava muito cuidado por onde anda e com quem fala.

O homem se levantou fumaçando, e saiu pisando duro. Eu relaxei na cadeira, suspirando pesado. Aquele maldito falando em anular meu casamento com a Thalia?? Até parece. Eu mato ele antes disso.

Coloquei no meu ouvido um dos pontos de comunicação com os meus homens.

— Marcos e Carlos, fiquem na cola do Rizzi, quero também um segurança para cada membro da família!! Pablo, você escolhe.

— Sim senhor!! – Disseram juntos.

Retirei o ponto de comunicação, e segui até o jardim, vendo a Thalia sentado observando o irmão brincando com um cachorro.

— O que aconteceu?? – A mesma perguntou me olhando. — Está mais sério que o costume.

— Depois falamos sobre isso. – Disse beijando seu rosto.

Meu Mafioso!!Onde histórias criam vida. Descubra agora