• Capítulo 45 •

1.4K 115 6
                                    

⚜️ Thalia Vitalle ⚜️

William estava jogado no chão se contorcendo de dor, com seus dois joelhos jorrando sangue. Ele me olhou com todo ódio em seu coração e sorriu.

— Você é uma traidora da própria família. Se me matar, estará quebrando uma das regras do seu marido.

— Sei disso. – Disse revirando meus olhos. — Não sou idiota. É por isso que eu tô enrolando. Por que quem vai te matar não sou eu.

O mesmo conseguiu se sentar, no instante que Christian, Miguel, Milena e John se aproximaram.

— Por um instante, pensei que você tinha matado ele. – Christian disse se aproximando.

— Resolvemos essa coisa de não podemos matar um dos nossos depois. Até lá, eu tô seguindo as regras.

Muitos dos seguranças, empregados e alguém dos homens do Christian se aproximaram confusos.

— William, quebrou uma das minhas regras dentro da minha própria casa. Eu nunca imaginei que um dos meus, pudesse me trair de tal maneira.

— Mas senhor, como que...

— Ele não vai morrer pela mão de um Vitalle.

Christian se virou para ele, com ódio. Tanto ódio que nem mesmo contra Matteo ele estava com esse olhar.

— Mas ele não vai morrer como um de nós. Ele não é mais, nada. Apenas um parasita que se aproveitou de todos nós.

— Se ele não vai morrer por um Vitalle, então...

— Ele vai morrer um um Sinna. – Eu disse entregando para o John a armas que eu estava com ele na mão. — A não ser que a Mile, queira tentar!!

Eu disse olhando para a mesma que olhava assustada para os joelhos do mesmo. E negou rapidamente com a cabeça.

— A sensação é melhor quando vem de você e não de outra pessoa. Você se sente mais forte e capaz de se defender por conta própria, isso sendo verdade ou não.

— Não precisa atirar para matar. – John disse mostrando a arma para a mesma. — Só precisa atirar para machucar.

A mesma nos olhou de lado, mas segurou firme a arma que o John ofereceu para ela. E calmamente o John a ensinou a segurar e a mirar.

Eu e Christian estávamos mais atrás. Ele abraçou minha cintura, apoiando seu queixo na minha cabeça.

— E pensar que eu pedi para você não se meter entre um tiroteio.

— Desculpa. Mas os tiroteios que me acham. Você viu que eu estava quieta no meu canto.

Paramos de conversar quando ouvimos o primeiro tiro e um grito estridente. Dessa vez a bala acertou sua coxa. Mas só por que a Mile ainda está se acostumando com a pressão que a arma da no momento do disparo.

— Seu irmão até que é um bom professor. – Christian disse vendo o mesmo ensinar como ser certeira. E dessa vez ela mirou nos países baixos.

E acertou!!

Todos pareciam se divertir com aquilo. E pode ter certeza, não a nada melhor que ferrar com um estrupador de merda!! Não há nada melhor, do que deixar o mundo livre de pessoas assim.

— Eu devia apenas pendurar você de cabeça para baixo em um dos galpões e esperar, você sangrar até a morte. – Christian disse olhando para o mesmo praticamente já morto. — Mas nenhum lugar, pode guardar o sangue podre de um traidor como você.

Dito isso, John disparou, acertando em cheio bem no meio da testa do mesmo. Acabando com seu sofrimento, e com a sua vida.

As vezes tudo isso é assustador. Mas ao mesmo tempo, não temos muito o que fazer. É a vida que escolheram para mim, e se for para eu ficar ao lado do Christian, eu não me importo de ver essas coisas todos os dias.

Os homens do Christian já estão acostumados a limpar a bagunça que estamos deixando. E o Christian já até se acostumou com a minha pessoa fazendo coisas que eu não devia.

— Tô com fome. – Disse fazendo bico para o Christian que sorriu.

— Acho que criei um monstro esfomeado. – Disse me puxando e beijando minha testa fazendo os outros sorrirem. — Vamos comer.

— Vocês conseguem comer, depois de tudo isso?? – Milena perguntou e todos demos de ombro.

— Mile, encare como livramos o mundo de covardes filhos da puta, que poderia fazer tais atos com crianças. O mundo estará melhor sem ele.

A mesma permaneceu pensativa. Mas confirmou, e mesmo depois da confusão ela ainda não conseguia se manter próximo aos meninos, sem que eu estivesse ao seu lado. Eu sei como essa coisa de assédio e estrupo é delicada e complicada de se resolver assim, de uma hora para outra.

Puxei meu irmão para um cantinho.

— Gosta dela??

— O que?? – Ele perguntou se fazendo se idiota, e me fazendo querer soca-lo.

— Gosta da Milena, ou é só fogo no rabo?? Por que se for só fogo, hoje mesmo você vai desistir disso. Mas se gosta dela, vai fazer o possível e o impossível para manter ela segura.

Ele me olhou derrotado, pensativo e confuso. Mas eu sabia bem o que estava na minha frente. Um garotinho que não sabe o que fazer quando a questão é a garota que ele gosta.

— Eu te odeio. – Me disse revirando seus olhos e me fazendo sorrir. — Vitalle, aquela proposta está de pé??

— Que proposta?? – Perguntei confusa.

— Eu preciso manter vocês ocupados para não se meterem em encrenca. Se bem que a Thalia tem o dom de atrair tudo e qualquer perigo. Mas o Jonathan, agora vai trabalhar na máfia, junto com Miguel.

— Ótimo!! Eu aceito.

— Perfeito. Quando eu retornar de viagem, quero ver uma bela evolução.

— Que viagem??

— Tenho uns negócios pendentes no Brasil. Em dois dias, viajo para lá. Eu mesmo tenha que resolver algumas coisas.

— Posso ir?? – Perguntei com meus belos olhinhos brilhando.

— Não.

— Qual é?? Tá indo para olhar para as bundas das brasileiras?? – Perguntei com a sobrancelha erguida.

— Para que, se eu tenho já tenho uma na minha casa e na minha cama??

Meu irmão fez um gesto de nojo me fazendo gargalhar. Mas voltando com a marra olhando para o Christian.

— Então por que não quer me levar??

— Eu tenho negócios a resolver. E você, por que quer ir para lá??

— Eu não sei se você lembra, mais eu tinha uma vida inteira no Brasil. Uma vida que ainda não abandonei, pelo simples fato de não ter ideia de que eu não ia voltar. Eu tenho amigas lá, tinha um trabalho e minha faculdade.

Christian me olhava sério, e depois de suspirar derrotado, concordou. O que me deixou muito animada. Eu tenho que resolver a minha vida lá, antes de retornar de vez para cá, e iniciar uma guerra contra os Rizzi. Porque aí sim não vai ter mais volta.

Depois disso todos nos sentamos para comer, e eu e a Bianchi conseguimos distrair mais a Milena. A fazendo sorrir e comer tranquilamente.

Meu Mafioso!!Onde histórias criam vida. Descubra agora