Capítulo 14

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Fico observando Ravi enquanto ele estapeia meu capanga que estava rindo da cara do coitado que estava todo vermelho de vergonha, agarrei Ravi por trás o fazendo parar e meu capanga arregalou os olhos quando fiz isso, mas mesmo assim o pequeno não parou de se debater tentando acertar o coitado do cara.

_ chega Ravi, ainda preciso dele vivo kkk.

Capanga_ posso me retirar senhora?

_ claro, vai... a, se mantenha alerta mesmo em casa, vocês precisam se manter protegidos também, fala pra sua filha que finalmente li o livro e gostei muito.

ele assente com a cabeça e olha para o Ravi começando a rir novamente o pequeno ameaça ir para cima dele e o mais velho sai correndo dali.

Ravi_  me solta por favor....

_ não quero, nossa você é tão pequeno.

Ravi_ Não tenho culpa se puxei a altura da minha mãe... eu não gosto disso.

_ Eu não disse que é uma coisa ruim.

Ravi_ Mesmo assim, não gosto disso a única coisa que puxei do meu pai foi os olhos o resto puxei tudo da minha mãe.

Fala e o viro de frente para mim encarando seus olhos de cor duvidosa, parecia azul esverdeado, foi estranhamente confortável mudar de assunto assim tão der repente, conversar casualmente com ele não é ruim.

Ravi_ o-oque você esta fazendo?

_ Nada. ok, você pode ficar na minha casa, mas o único quarto de visitantes que tem está ocupado.

Ravi_ eu posso dormir no chão, no sofá em qualquer canto que tiver, eu não conheço ninguém aqui então não fazia ideia de quem podia me ajudar.

_ tá, mas não traga seus colegas policiais para minha área se não as consequências não vão ser agradáveis aos olhos.

Ele agarra a mochila com os dois braços e concorda com a cabeça, ele parece mais um adolescente universitário do que um policial de 20 anos de idade, aquele dia no hospital pedi pra um dos meus capangas puxar a fixa dele para mim, más não tinha nada de mais além das informações básicas sobre ele. Saímos de lá e o levei para minha casa, ele entrou meio sem jeito e ficou sentado na beirada da minha cama mexendo nos dedos enquanto eu arrumava uma toalha para ele tomar banho.

_ A, não tenho banheiro separado, só suíte então você usa o do meu quarto.

Ravi_  Ok

 _ enquanto você toma banho vou pedir uma pizza pra gente, quer que eu peço algo a mais pra você?

Ravi_ não, obrigado.

Ele entrou quase que de imediato no banheiro e eu fui pedir a pizza, depois resolvi trabalhar um pouco enquanto bebia já que perdi a oportunidade de encher a cara com Renan, mandei uma mensagem para ele assim que me lembrei dele, logico estava preocupada com a Luz, porem fiquei mais tranquila quando ele falou que ela ia dormir lá na casa do Dylan e que já estava até dormindo, então relaxei um pouco e voltei ao trabalho, acho que tem algo rolando entre esses dois, então vou fazer o possível pra ajudar já que ambos são meus melhores amigos, além do fato de ser notável no olhar deles o que sentem . Estava tão concentrada que nem percebi quando Ravi entrou no escritório e me assustei um pouco quando ele pegou o papel da minha mão, ele estava com um short de moletom curto e com uma camiseta branca quase que transparente.

Ravi_ finanças de uma empresa? Uau a renda liquida é alta...parece ter erro nos cálculos, porem continua sendo alta.

_ sim, foi impresso errado.

Falo tirando da mão dele e me levanto dando a volta na mesa e fico de frente para ele que fica corado.

Ravi_ porque esta me olhando assim?

_ Nada de mais, só estava imaginando você com essa carinha de inocente usando o tal vibrador rosa.

Ravi_ não dá pra esquecer isso não?

_ não, não dá, a imagem que criei na minha imaginação já grudou na minha memoria.

Ravi_ isso é algum tipo de fetiche?

_ Talvez!?

Falo segurando o pescoço dele com uma das minhas mãos aproximando nossos rostos, senti uma sensação boa de dominância sobre a situação, provocar ele é tão bom e gratificante que cinto uma euforia intensa dentro de mim, coisa que nunca senti antes.

Ravi_ n-não faz isso...

_ porque não? você gosta, certo?

Ravi_ e-esse é meu ponto fraco.

_ você quis dizer, um dos, né?

Falo puxando ele pra mim, com força pela cintura com a mão desocupada, sucumbo ao meu desejo e o beijo, foi um beijo tão quente e depravado que fez com que meu corpo queimasse e ele nem se quer resistiu apenas cedeu, quase que não escutamos a campainha tocar. Me afastei na terceira vez que a campainha tocou, mordi o lábio inferior dele que agora estava inchado e o deixei ali para ir atender a porta, foi a primeira vez que senti algo ao tocar em alguém e ao beijar alguém, foi como se eu tivesse bêbada ou drogada, me senti no paraíso.

Depois de pegar a pizza me sentei no sofá e liguei a TV, Ravi estava escorado na parede olhando pro teto.

Ravi_ acho que nascemos com as almas trocadas.

_ eu também acho, mas short fica bem melhor em você do que em mim, senta aqui.

Ravi_ e-eu posso fazer uma coisa?

_ pode...eu acho.

  Ele vem até mim e me beija as mãos pequenas segurando meu rosto, quando vi ele já estava no meu colo.

Na escuridão dos seus olhosOnde histórias criam vida. Descubra agora