Capítulo 32

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Ravi

Acordo com uma dor de cabeça forte e não vejo Louise quando a procuro, levanto cambaleando e vou em direção ao banheiro chutando as roupas que estavam no chão, meu corpo estava dolorido e meu pescoço, peito, bunda e coxa estava cheio de macas roxas e marcas de mordida feito por Minha Demônia, sorri involuntariamente observando as marcas e fui tomar banho; depois que terminei me enrolei na toalha e  sai do banheiro dando de cara com Louise que estava com os cabelos um pouco bagunçados, camisa social parcialmente aberta mostrando um pouco dos seios e do sutiã de renda preto, ela estava com uma calça preta rasgada nas pernas. Quase tive um pirepaque quando olhei pro rosto dela e ela estava me encarando de cima a baixo como se me analisa-se, abaixei os olhos envergonhado, sempre me sinto envergonhado depois que  o tesão passa, como se fosse possível né, já que estou com tesão sempre quando ela está por perto ou até mesmo longe, porque essa Demônia já dominou meus pensamentos com seus olhos negros que parecem duas jabuticabas, se bem que parecem mais com tuneis quando os encaro de perto. 

Louise_ ursinho venha aqui...

Apenas obedeço indo em sua direção e ela me vira de costas para a mesma e fico sem entender, ela tira a minha toalha me fazendo arrepiar pela temperatura, sinto ela passar os dedos de forma suave por minha lombar e tento me controlar sentindo meu corpo tremer implorando por mais contato.

_ P-porque esta tocando ai?

Louise_ está roxo por causa daquele filho da puta... 

_ Não se preocupe, não é nada de mais.

Louise_ pra mim é, se eu tivesse visto isso antes, teria cortado as mãos e pés dele enquanto ele estava vivo e pisaria naquele infeliz até ele morrer de tanto sangrar.

_ ele já morreu , já acabou Lo.

me viro de frente para ela pegando minha toalha do colo dela e passando em volta da minha cintura, ela sorri e segura minha cintura se aproveitando da situação e beija minha barriga fazendo com que eu me arrepiasse.

_ P-para já com isso, temos que voltar pra casa.

Louise_ oque estou fazendo de errado? quem está duro aqui é você...

olhei para baixo e escondi meu rosto em minhas mãos com vergonha.

_droga... não tenho culpa se sou sensível, e, e f-foi você que provocou... a culpa é toda sua.

Louise_ minha? hahaha.

Afirmo fazendo beiço e  cruzo os braços, ela se levanta e me agarra de forma um tanto bruta e me beija, tento segurar um gemido quando ela aperta minha bunda com força, mas acabo arfando a fazendo sorrir, ela mordeu minha boca e se afastou apenas para morder minha orelha e sussurrar.

 Louise_ então a culpa é minha né?...

_ S-sim,  então se responsabilize....

  E ela se responsabilizou  e por causa disso quase perdemos a noção do tempo, quando nos arrumamos e descemos para a recepção descobri que o Hotel é da Louise e fiquei constrangido com o olhar estranho que alguns funcionários me lançavam.

Louise_ se aparecer qualquer pessoa que seja me procurando passe meu numero e eu resolverei, não digam que estive aqui e que me conhecem, pra qualquer um que queira saber, me comunico com vocês através de telefonemas apenas e vocês nunca me viram pessoalmente.

gerente_ o mesmo vale pro seu amigo?

Louise_ MEU NAMORADO, e sim vale pra ele também.

falou e todos me olharam surpresos, me perguntei o porque mas meu pensamento foi respondido assim que Louise se pôs ao meu lado e pegou minha mão entrelaçando nossos dedos, ela é bem maior que eu e pareço ser gay por não ter masculinidade frágil e pareço ser frágil, exatamente oque rotulam quando me vem é que sou gay, como se gay tivesse um padrão de aparência pra esses hipócritas. Saímos do hotel e entramos no carro que foi posto a porta pelo manobrista que sorriu terno quando olhou nossas mãos juntas antes de entrarmos no veiculo, no meio do caminho paramos em um sinaleiro e Louise me olhou preocupada.

Louise_ está tudo bem? você parece muito pensativo...

_ A sim tudo, só estava pensando, quando as pessoas vão parar de rotular  a gente que não só porque não seguimos os padrões da sociedade.

Louise_ acho que nunca, as pessoas achavam que eu gostava de mulher por causa da minha aparência, as pessoas sempre vão rotular e rotulam errado ainda, acham que com base na sua aparência sabe algo de você, mas não sabem de nada.

_ percebi...

seguimos viagem em um silencio confortável e quando chegamos na casa do Dylan demos de cara com os pais dele que sorriram para nós, Louise fez uma reverencia e o casal riu a abraçando carinhosamente e o senhor  a deu um cascudo para me apresentar para os mesmos.

Louise_ esses são Carla e Paulo, pais do Renan e do Dylan, e esse baixinho aqui senhoras e senhores é meu namorado Ravi.

_ Prazer em conhece-los

Carla_ aaa que fofo! prazer em conhece-lo, até que em fim desencalhou Louise, me faz lembrar da vez em que os meninos te forçaram a namorar um boxeador e ele quase ficou deformado.

olhei para Louise confuso e pela primeira vez  vi ela corar e ficar com vergonha de algo, me segurei para não rir da cara dela.

_ boxeador? p-porque ele quase ficou deformado?

Paulo_ sim, porque ele foi tentar beijar ela e ela socou a cara dele e quando o coitado já estava no chão xingou ela, oque foi muito burro da parte dele pois só deixou ela com mais raiva.

Carla_ sim, sim, me lembro que ela pisou na cabeça dele e não soltou enquanto ele não pediu desculpa...

Dylan_ e hoje em dia são amigos.

apenas ri junto a eles escutando sobre lembranças loucas que começaram a contar sobre quando conheceram Louise ou quando ela ia para a casa deles para não matar alguém da equipe dela, depois  que a menina Luz apareceu e Dylan a apresentou para os pais dele, pela cara da coitada ela estava se sentindo igual a mim, confusa e sem jeito; o casal foi embora depois de um tempo, deixando um assunto de regras que devemos saber pairando no ar, fazendo eu e a menina Luz nos olharmos confusos, mas ao ver Dylan e Louise olhando para nós e rindo concluímos que seria nada de mais pelo menos para nós, já que Renan estava muito serio. Depois do sufoco da duvida, arrumamos e fomos para a piscina, nunca senti tanta adrenalina na minha vida antes, quanto senti tentando fugir da Luz que corria atrás de mim enquanto eu gritava, motivo? joguei ela na piscina porque ela não queria entrar e é obvio que ela conseguiu se vingar.  A coitada da menina Luz e eu estávamos cheios de machucados, ambos detonados por termos sido sequestrados, nem sei como que Louise me olha como se fosse me devorar mesmo eu estando só o pó da rabiola, o mesmo vale pro casal baunilha que não paravam de trocar olhares e sorrisos, eles são muito fofos juntos, já o casal maluco parecia não estar de muito bom humor quando chegaram.


Na escuridão dos seus olhosOnde histórias criam vida. Descubra agora