prólogo

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      Aquele ser vil se apossou do meu corpo contrária a minha vontade,mais uma vez.

     Imersos em lágrimas,os meus olhos encaravam uma infeliz imagem refletida naquele então luxuoso espelho.

      Não há recordações de ao certo  quanto tempo tenho sido mantida refém de sua desmedida crueldade.

      Não havia sequer um vislumbre da mulher alegre que um dia habitou em mim, esta que me olha de volta, não a reconheço, o que restara ali era somente um espectro de olhos fundos, inundados na mas amarga tristeza.

     Em mim não havia mas a esperança de escapar deste insondável inferno.

      Posicionada ao centro desta  prisão de grades douradas os meus olhos miram aquela enorme cama com toda sua glória e imponência,os seus lençóis ainda exalavam um cheiro nauseante de sangue e luxúria.

    Imagens constantes do que fui submetida insistem em permanecer fincadas em minha mente que é privada de qualquer misericórdioso descanso.

     O barulho de batidas na porta de madeira que me selava do restante do mundo, chegaram aos meus ouvidos.E o medo percorre por toda minha pele como raios rasgando os céus,o meu coração pulsava desesperadamente.

Era pavor que ele retornasse.


     

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