capítulo 23

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Capítulo com cenas fortes ,pode haver gatilhos se for sensível não prossiga.

Se resolver continuar me poupe dos mimimi.

          Julia Castanhol.

encurralada é como me encontro agora, o meu nítido estado de desespero lhe causa divertimento,o sentimento de impotência toma conta do meu ser,por mais que meus instintos gritem para que fuja,não há para onde escapar.

Meus olhos se desvia dos seus,pois a um constante lembrete da sua advertência de não o encarar sem sua permissão,o ser sádico que exala crueldade tem em suas mãos o objeto que provavelmente será usado para me causar dor.

O repulsivo animal peçonhento desliza tranquilamente os arredores da cama que é meu único e frágil refúgio,como se conscientemente ajudasse seu dono na tarefa de me alcançar,já que não me atrevo a sair de onde estou.

Sinto seus olhos a me observar,queimando minha pele como brasa em fogo ardente.

_ Exatamente onde achavas que conseguiria chegar bonequinha?

Ele acomoda pacientemente o fio metalizado entre suas mãos,minha atenção se retem no objeto de tortura.

_Senhor por favor,não me faça mal.

Tento apelativa para qualquer resquício de humanidade que possa habitar esta criatura.

_Devias ter pensado melhor nas consequências de tuas ações.

Me ajoelho sobre o colchão com as mãos em súplica ,implorando entre soluços incontroláveis por misericórdia, não serei capaz de suportar outra agressão daquela magnitude,só as lembranças da dor causada pelo açoite sob a minha pele faz meus poros arrepiarem em horror.

_Senhor eu não estava tentando fugir,eu só...eu só me confundir com o trajeto ao tentar retornar ,o senhor se enganou,por favor me perdoe.

Tento deixar transparecer veracidade no que digo no intuito de fazer com que ele desista de me fazer algum dano físico,a cada segundo que passa minha agonia se intensifica.

Por alguns instantes,somente por meros segundos, ele parece analisar o que digo,chego até cogitar que havia funcionado,que de fato minhas lamúrias haviam alcançado alguma piedade se sua parte ,engano meu.

Com uma agilidade quase sobre humana ele avança sob o colchão que afunda sutilmente com o acréscimo de peso,inutilmente tento esquivar,mas sem maiores esforços fui pega no seu dolorido aperto,seu robusto braço de músculos bem esculpidos agora rodeiam meu frágil pescoço,enquanto seu outro braço se apossa me minha cintura me prendado a ele.

_Onde vais com tanta pressa querida?não queres brincar comigo?

O som gutural que sai de entre os seus lábios adentram aos meus ouvidos, enquanto seus dedos esguios passeiam agora pacientemente pela lateral de minha cintura ,traçando vagarosamente o trajeto até as bordas da fina camisola azul royal,levantando em um ritmo lento e agonizante o tecido acetinado que recobria o meu trêmulo corpo.

_De certo deves achar que sou tão estúpido quanto a ti ,pois além de uma ratinha sorrateira és uma hábil mentirosa,poupe as suas lágrimas bonequinha pois de nada ti será útil.

Sinto os seus dentes mordiscar o lóbulo de minha orelha ,e o hálito quente com odor de whisky chega as minhas narinas lembrando que não estou só lidando com um lunático ,mais sim um lunático alcoolizado.

A diferença física entre nós dois e algo injusto, a forma como sou dominada sem menor chance de defesa é desleal.

O fio metalizado enrolado em varias espirais em volta do seu braço descansa ameaçante sobre o meu ombro,olho de esguelha para o objeto e um frio vazio percorre o meu estômago.

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