ᎦᎪᎪᏒᎪ

Capítulo 11

(28 anos antes)

                Zayn Hamad.

O sol queima a minha pele como proprio inferno,meus pés se arrastam pesados pelas densas areias do Saara, o que eu sou ?uma infeliz criação fruto de um algoz que compartilho o mesmo vermelho púrpura.

Ele cavalga austero e intocável em seu imponente sangue puro de pelos tão brilhantes que reflete até a luz do astro maior,sua elegância é quase tão notável quanto sua crueldade .

O deserto é teu domínio ,nem ao menos uma gota de suor acumula-se em sua face,sua postura polida alheia ao sofrimento do pobre ser indefeso que é arrastado como um animal abatido.

_Acoite-a Zayn!

A voz rouca vibra nos meus ouvidos.

A pobre mulher já não tem forças para erguesse do escaldante Saara,dois dias inteiros a caminhar sobre o que já foram frágeis pés ,mais que agora revelasse em carne e sangue,Samir ofega o cansaço é evidente,Amir sempre foi mais teimoso o caráter é a aparência são cópias fiéis do nosso progenitor,por vezes vejo no seu rosto o desejo de quebrar a linha de sucessão,mais não o convém,tal ato iria contra os princípios de nossa sociedade.

_Eu disse açoite-aaaaa.

Seu chicote de múltiplas pontas reverbera no ar pousando nos lombos de Samir,o estalo mistura-se ao seu grito agonizante em resposta ao ato violento.

Todas as vezes em que recuso-me a cumprir suas ordens ,Samir sofre as consequências.

Eu desço toda a força contida no meu braço sobre as já exposta carne da criatura que geme em lamúrias por falta-lhe força para libertar o grito preso em sua seca garganta,uma ,duas ,três...

Suor se forma na minha face eu limpo com a manga do djellaba que já não é mais tão elegante quanto dois dias atrás .

_Pai ,senhor ,ela não mais consegue levantar-se,a sede e fome e suas feridas a fizerem sucumbir.

A mulher transformou-se em feridas abertas,seu corpo inerte somente era distinto da morte por um leve suspirar que o sobe desce de sua esguia barriga deixava evidênciar.

O inponente homem salta garboso de seu corcel ao lado da mulher que dar seus últimos suspiros ,jogando sobre ela sua saliva espessa e esbranquiçada ,deixando mais evidente o seu repúdio ,pelo indefeso ser que desfalece ao seus pés

_Morra escória imunda.

Esbraveja dando-lhe um chute na altura das costelas,o estalo causado por suas botinas de pontas revestido em aço ,deixa exposta uma lasca de material ósseo que atravessou a pele da infeliz agonizante ,seu corpo começa a convulsionar,algo branco e espumoso sair de entre seus lábios ressecados,ela se sacode por inteira e sangue esguicha de sua costela aparente.

Samir aperta as pálpebras,meu estômago traidor e quase vazio faz menção em expulsar o pouco que ainda guarda ,Amir só olha sem esboçar reação.

Mais somos obrigados a olhar ,do contrário as consequências serão desastrosas,não quero ter que comer carne humana como punição,estas foram suas ameças.

_Zayn?

_Sim!senhor meu pai e soberano.

Ele chama a minha atenção .

_O que fazemos com Messalinas sujas?

Ele pergunta-me aguardando uma resposta.

_Senhor meu pai e soberano, açoitamos para purificar a carne .