Capítulo 25

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Julia Castanhol.

(...)

A mulher cuidadosamente espalha uma espessa pomada de um cheiro peculiar por onde há alguns machucados em meus pulsos e tornozelos que aparentam estar com algum inchaço claramente em razão do longo período em privação de uma adequada circulação de sanguínea.

Quando Dalila faz menção em levantar minhas roupas creio que para verificar a situação em minha virilha eu junto em imediato as minhas pernas ,mais o arrependimento acompanha o meu ato impensado,pois a dor irradia por toda minha perna direita e suor frio se forma sobre minhas têmporas,fecho os meus olhos e trago lufadas de ar que chegam entrecortadas aos meus pulmões na inútil tentativa de absorver a sensação dolorosa.

_Senhora por favor permita-me fazer isto,tenho ordens para cuidar do seus ferimentos,se recusar-se meu soberano virar pessoalmen...

Antes que a senhora Dalila finalizasse o que pretendia falar, abrir minhas pernas no automático,permitindo que ela espalhasse a pomada sobre a marca, e o alívio da queimação foi imediato e bem vindo.

_Sente-se melhor senhora?_ela questiona aparentemente preocupada.

Apenas aceno em positivo,pois minha face arde pela vergonha tamanho é meu constrangimento.

Dado o local do ferimento não irei consegui por roupas intimas ao menos não por agora ,então ciente disto ela entrega para mim um tecido de algodão macio e instrui que coloque entre as pernas para impedir que o sangue chegue aos lençóis,e assim eu o faço cuidadosamente.

Ela põe a travessa próximo a mim ,sobre o colchão que agora tem lençóis limpos e bem alinhados, mais não com o já costumeiro chá de todos os dias,havia uma tigela branca com adornos dourados e nela uma sopa de aspecto meio pastoso,um tanto colorida.

Eu não tenho fome,embora haja um vazio em em meu estômago meu apetite se esvaio,mas a mulher insiste que coma ao menos um pouco para recompor minhas energias ,relutante ergo algumas poucas vezes a colher aos meus lábios engolido o conteúdo da tigela que desceu de forma desconfortável.

Seguro uma refinada tarça de cristal com detalhes dourados em relevo,tomo alguns goles do líquido nela contido para aliviar ao menos um pouco a ardência em minha garganta.

Dalila põe em minha mão o remédio que já venho ingerindo a alguns dias.

_Tome este analgésico senhora, vai ajudar a aliviar as suas dores.

_Analgesico? onde estar o outro ?_quiz saber de imediato.

Dalila abaixa o semblante,e entrelaça seus dedos a frente de suas vertes um claro sinal de submissão.

_Foi me ordenado que a entregue apenas este minha senhora.

Minha linha de raciocínio se embaralha e tenho vertigem, por um instante sinto o meu peito agitar ,o que isto significa ? Aqueles eram anticoncepcionais sem eles eu ... Caso ele resolva ...

_Não!Não,eu me recuso,por favor entregue o outro comprimido.

Eu estendo minha trêmula e agitada mão em direção a senhora que continua a mirar o chão.

_Acalme-se senhora,por favor acalme-se,o seu sangramento, este deve ser o motivo.

Analiso um pouco a situação e respiro um tanto aliviada com as explicações de Dalila pois de fato faz sentido,se estou no meu período menstrual não há porque tomar os remédios.

_Demora quanto tempo até parar o seu sangramento.

_cinco dias normalmente.

Respondo.

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