Capítulo 10

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Júlia Castanhol.

_Samir,leve nossa mãe até seus aposentos,Samira irá acompanhá-los e diga a Dalila para que prepare uma boa quantidade de água,sal e vinagre ,logo mas traga até aos meus aposentos.

_Habib mais..._ a mulher é interrompida pelo tirano ,eles falam em sua língua e eu fico alheia a tudo.

_Apenas faça como ordenei a ti Samira,não engane-se achando que não estou ciente do que fizeste.

Vejo a mulher imponente de agora pouco encolher ,diante do tom de voz frio e autoritário,logo em seguida ela abri um sorriso maquiavélico na minha direção.

O homem aparentemente da ordens a todos em um tom um tanto mas leve, o oposto de apenas um segundo atrás,os sons que saem de sua boca me trazem arrepios,sinto seus olhos sobre mim mesmo que não o esteja encarando.

Olho de soslaio,mais não em sua direção ,vejo a senhora sair mancando um pouco mais que o necessário, amparada por aquele que chamam de Samir,lamentando sua tamanha dor ,Samira possou próximo a mim para acompanhar os demais ,mas antes deu um jeito de sussurrar próximo ao meu ouvido agora sim em uma língua que conheço.

_Espero que estejas pronta para conhecer o inferno Messalina desgraçada.

Eu não esboço nenhuma reação,ela apenas seguiu ,um pouco mais afastado tem um outro homem acompanhado por duas mulheres que apenas me olha imóvel,por suas vestes claramente não é um dos empregado,percebo que restou apenas nos dois no cômodo,meu coração erra as batidas,acho que algo de ruim me aguarda.

_Finalmente a sós bonequinha!

Ele diz retornado toda sua atenção para mim .

Meu corpo dá um pequeno salto involuntário pelo susto, em razão do som intimidante de sua voz .

_Senhor eu...

Tento argumentar em vão com o intuito de mais uma vez deixar claro a minha inocência ,mas sou minoria estou em desvantagem em todos os sentidos,o vejo semi- nu, me sinto mais intimidada ainda, se é que possa ser possível ,a toalha que pende despreocupadamente para o lado esquerdo do seu quadril,seus cabelos úmidos denunciam que saiu as pressas de um banho,mais nem o ar jovial que ele exalava no momento escondia aquele olhar de puro ódio na minha direção que não sei o que fiz para merecer ,eu o conheço a menos de uma semana ,nunca o vir antes disso,no entanto já fui agredida por uma vida inteira.

Ele se aproxima como um predador prestes abocanhar a sua indefesa presa ,colocando sua mão sobre os meus já machucados lábios pelo excesso de violência recebidos ultimamente,me silenciando.

_Shiiiii!caladinha não piores a tua situação,se gostas de bater deves saber como apanhar também bonequinha .

Seu tom de voz oscila entre calmo e exasperado deixando meus sentidos em alerta máxima,sua mão migra vagarosamente para a base do meu pescoço ,seus dedos adentram meu cabelo segurando firme , os puxando em um movimento bruto para trás ,me fazendo protestar em dor.

_Senhor por favor solte,não me... não me machuque mais, eu imploro.

Minhas súplicas em nada lhe comove,vejo isso em seus olhos.

_Eu a trouxe para que se tornasse uma mulher de princípios,mau chegaste já mostrou a classe a que pertence,uma mulherzinha puritana que não sabe comporta-se como deveria,o que deveria fazer a você bonequinha? mostrou-se uma menina muito má,e meninas que não sabem comportar-se devem ser punidas .

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