capítulo 12

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                Zayn Hamad.

O poder, haaa o poder,é uma droga inebriante que vicia  os sentidos e intoxica a alma, quem dele provar torna-se cativo de suas amarras e nunca vai se libertar.

Alcança-lo,para alguns é quase tão impossível quanto para  mate-lo.

É fascinante o que alguns homens inescrupulosos cegos por ganância estão dispostos a fazer para manter-se na cúpula dos privilegiados,nem mesmo suas proles estão escape da teia da ambição, suas criações são usadas como reles ferramentas para firmar fusões e aquisições  que tem por finalidade alimentar o verme sedento por controle e mais poder.

Se estou julgando? Não poderia, eu provavelmente sou um deles,eu sou a cúpula que alimenta esses desvirtuosos,dou-lhes prestigio um lugar ao sol em troca exijo lealdade ,ouro
suas proles como garantia de uma aliança.
Ao menos costumava ser assim .

(...)

Samir encontra-se a minha frente separado apenas pela enorme mesa de mármore  como um juiz inquisidor,recostado no seu acento ele ergue uma sobrancelha enquanto gira de forma despreocupada seu whisky em um copo transparente,enquanto acende e apaga seu isqueiro incessantes vezes.

Parece analisar as minhas reações aos seus comentários descabidos.

_Meu caro soberano não tente engarna-se tão claro quanto a luz deste dia é tua fascinação pelo serzinho que trouxesse a tua casa, e mantém cativa nos teus aposentos,inclusive ordenou que a criada mais antiga da casa viesse a cuidar de seus ferimentos,não é do seu feitio tomar tal atitude.

As palavras de samir migram de improváveis  suposições de abstinência para uma possível preocupação com o bem estar da criaturinha,mais suas intenções são translúcidas para mim ,é apenas uma tentativa de esquivar-se o assunto que não vos agrada seu casamento com Nazira Abdalla,porém resolvo entrar no seu joguinho.

_Meu caro príncipe Samir apreciar uma bela presa antes de abocanha-lá em nada tem haver com abster-se de sexo,a estrangeira já estar sob os meus domínios,e não a pressa para o meu deleite ,apenas estou  divertindo-me um pouco com a refeição antes de saborea-la ,mas não preocupe-se eu irei degustar antes que esfrie,e tu? te  encontras saciado?parece -me que estar mas a referir-se a si mesmo_Devolvir a farpa condizente com a provocação.

Samir é ciente que não sou dado a sentimentalismo inúteis,já tive o bastante disto.

Ver no  mesmo instante  seu sarcasmo evidente  esvair-se ,me fez crê que sua situação não é bem distinta da minha,deixando-me satisfeito,o vejo  arrumar a volta da camisa em torno do pescoço na falha  tentativa de esconder os arranhões que já havia notado desde que adentrou ao meu escritório.

Dando-me mais corda para prosseguir as minhas provocações.

_Andastes por acaso brincando com algum felino de garras afiadas meu caro príncipe Samir?_questiono naturalmente.

Ele cruza as pernas e ajeita-se de maneira  desconfortável no seu assento de couro marrom,devias saber que nada foge aos meus olhos ,Samir franzir o cenho erguendo a mão que contém o copo com o líquido ambar e deixa  todo o conteúdo deslizar em sua garganta de uma só vez ao perceber que não lhe será dada a chance de escapar ao assunto,já  dei-lhe  a compensação pelo sacrifício exigido,agora é hora de assumir responsabilidades.

Nota -se que é palpável a insatisfação de Samir para com seu matrimônio ,porém o mesmo não irá contestar minha ordem ,a obedecerá resoluto como o irmão e homem de confiança que é ,pois  conhece seu papel como um dos soberanos desse reino ,e não exitará em cumpri-las.

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