capitulo 35

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Zayn Hamad.

Causar dor a um corpo, leva-lo aos limites de sua sanidade sempre foi natural para mim, é fascinante a fragilidade de uma mente decaindo.

Vê-los implorando em meio a urros e lamentações por algo que todos os seres tementes tentam manter-se longe,"a morte",o abismo final.

Torturar é a mais bela das artes,quem a aprimora entrelaça as mãos com a loucura,é uma doce e perigosa melodia que simula a linha tênue entre viver e morrer.

Tornei-me aquilo que fui ensinado a ser.

Sem remorsos ,sem arrependimentos, até...
(...)

Samir nos deixou com uma certa resistência algumas horas atrás, os homens encarregados por manter vigilância nos arredores da residência de mustafá relataram movimentos suspeitos.

O rato mantém-se arredio,provavelmente desconfia que já foi desmascarado e do fim que o aguarda,mas meu estimado sogro é só uma isca,porei minhas mãos em algo maior ,só preciso ter um pouco mais de paciência.

Logo irei livrar-me de todos os vínculos com este verme.

Samir cuidará deste problema de bom grado,pois ainda estou a divertir-me.

As areias do escaldante Saara servirá como o teu túmulo ,mas não será o teu descanso final ,se de fato houver punições para os pecados o teu espírito irá queimar pela eternidade nas labaredas do mais ardente fogo dos infernos.

Sangue jorrava por sua boca maculando o rubi encrustado na adaga que perfurou sua traquéia.

Seu ser esvair-se lenta e dolorosamente
Pendurado apenas por uma fina linha que o segura a vida,que só irá romper-se quando assim eu permitir.

O viço que faz morada nos olhos de um ser que ainda vive,já não habitava mais mas o seu corpo.

As últimas tentativas em vão de fazer o ar percorrer o seu caminho já não adiantaria de coisa alguma.

Azafi dá os seus últimos suspiros agonizantes antes de encontrar o seu merecido fim.

Homenzinho fraco menos de dois dias depois já deu-se por vencido.

Ter colocado as suas mãos sobre minha propriedade foi de longe o seu maior erro ,porém não a única razão do fim que esse ser pútrido acabara de ter,a tempos o observo a uma certa distância.

Seus atos me enojam,aliciar crianças é um pecado que nem os infernos aceitariam ,tenho plena consciência que não sou um modelo de virtudes,mas jamais faria algo tão inescrupuloso.

Não sentirei o menor traço de remorso ao deixar o que restou de seu corpo amaldiçoado como alimento aos seres que habitam essas areias.

Suas partes foram cuidadosamente desmembradas para facilitar tira-lo de onde estávamos.

Nada irá restar como prova da sua existência.

Por mais que venham a procurar seus rastros nunca levarão até a mim e mesmo que assim fosse,quem ousadia questionar?

(...)

A noite já se faz presente quando retorno ao meu refúgio,onde o meu ser deveria encontrar paz.

Meu corpo sente a exaustão,e implora por um descanso,foram dois dias em êxtase,movido por um instinto primordial.

Mas não posso dar-me o luxo de ceder aos seus apelos,não ainda.

É necessário encontrar-me com Samir logo mais, devo saber os detalhes de sua investigação.

(...)

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