capítulo 32

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Julia Hamad.

O vermelho sangue aflora dos meus lábios ,manchando o tecido que ainda estava sobre eles.

Eu os arranquei fora com brusquidão,como se tivessem culpa por algo.

Tenho consciência do perigo de minhas atitudes,mas se vou ser espancada direi o que quero,é já não me importo em encontrar o meu fim,não suportarei viver assim,eu sei disto.

Tento me levantar sentido o latejar na lateral da minha face.

Mas antes que consiga me erguer, dedos se enroscam nos meus fios de cabelos e sou suspensa por eles ,me recuso a chorar,mas é impossível não gemer em protesto a dor.

_Vamos nos livrar destes tecidos minha Amira,estão nos atrapalhando_Sua voz rouca assopra a minha face.

Minha mão sobre a sua que exerce pressão na minha nuca ,eu abro os meus olhos e o encaro imersa na dor,e digo.

_Só desta maneira para o senhor conseguir me ter,a força seu pedaço excremento,eu tenho nojo do senhor,estuprador filho da puta.

Junto o sangue que brota na minha língua e lanço no seu rosto.

Ele fecha os olhos,e respira com dificuldade,enquanto a saliva escorre por sua face.

_Como ousa? Como te atreves ? Sua vadiazinha dos infernos,não há no mundo ser existente que tenha agido de tal maneira comigo,Eu sou respeitado e admirado por todo um povo.

O homem diz com altivez .

Ele segura firme a minha traquéia o ar não mas desliza por minha garganta,sinto a pressão se acumular,acho que finalmente irei me livrar deste animal ensandecido.

Quando estou prestes a desfalecer,ele sussurra no meu ouvido,rangendo os dentes.

_Eu não farei da forma como tu desejas querida,tu vais permanecer bem aqui ao alcance dos meus braços.

Sua língua passeia por toda a minha clavícula,como se provasse antes de abocanhar a minha carne.

Ele lança todo o meu corpo no chão,e ao aterrissar ouço um estalo ,por um segundo achei ter fraturado algo,começo a tossi freneticamente em busca de ar.

Coloco a mão sob o meu cotovelo que sangra em razão do impacto.

_Porque não termina com isto de uma vez sua besta?para o senhor deve ser algo simples de se fazer.

Olho em sua direção e falo com a voz trêmula e ainda intercalada,tenho fúria nos olhos.

Ele da um meio sorriso,e meche os ombros claramente desdenhando.

_tens razão seria simples,livra-me de um serzinho insignificante como tu,mas não o farei,é mais divertido mante-la viva,e como já sabes,a tempos não tinha uma ótima distração.

_Quantas distrações o senhor já tomou como esposa?eu li aquele livro ,e lá deixa claro que casamentos são sagrados,ou o todo poderoso não é capaz de conquistar uma mulher e precisa as obrigar a está com o senhor?_eu retruco.

Ele me olha com desgosto,como se tivesse mencionado um assunto proibido,um pecado imperdoável.

_Cale-se !Cale-se agora !

Ele vem na minha direção por puro instinto eu me apresso e começo a rastejar para longe ,mas não longe o suficiente do seu alcance.

Ele agarra a minha perna ,eu o chuto,meu pé atinge o seu peito,ouço o barulho.

Ele recua um pouco,com a mão onde foi atingido.

Olha para mim com brasa nos olhos.

_Será a lua de mel dos sonhos querida_sua voz ressoava ameaças.

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