capítulo 26

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                 Zayn Hamad.

Eu a deixei refletir calmamente por seus atos impensados,suas ações movidas por ânsia em liberta-se.

A passos falhos e cambaleantes afasto-me dos aposentos de Júlia  sentindo ainda meus  batimentos um tanto  alterados,os efeitos do álcool que  ingerir já fazem-se presentes a algum tempo ,olhos turvos tentam focar o trajeto que precisa segui, meu membro aprisionado pulsa em protesto por falta de um alívio que não obteve.

Com os meus devaneios inundados por luxúria e promessas não cumpridas,aterrisso na realidade onde tenho responsabilidades a cumprir como senhor e soberano desta terra.

Ainda não me é permitido descansar, antes de fazer-lo se faz necessário averiguar alguns documentos que estão em meu escritório.

Samir ofereceu-se mais cedo para verificar pessoalmente a vigilância a mustafá,não podemos nos dar o luxo de deixa-lo escapar,só terei que aguardar mais um pouco e por as mãos naquele estorvo e fazê-lo confessar quem o ajudou.

(...)

Ao aproximar-me daquele que é meu local de trabalho e por vezes também o meu refúgio,percebo pelas frestas da porta que as luzes do comodo  encontram-se acesas,e não recordo-me de te-las deixado assim.

Ao adentrar ao recinto observo que o invasor tem entre suas mãos um amontoado de papéis e os folheia tranquilamente,mesmo percebendo a minha nada sutil aproximação.

Depois de alguns instantes Amir vira-se em minha direção ,mas nenhum sinal de estranheza rondam a sua face ,continua aparente calmo e relaxado mesmo ciente que o local que se encontra é restrito a mim,ou somente com a minha permissão podem adentra-lo.

Meus olhos desafiam os seus.

A passos  mais firmes e pesados como se metade do álcool se dissipasse  imediato de minhas veias,sigo em direção a minha poltrona, sento-me sobre ela mantenho uma postura ereta exalando autoridade,tenho os meus olhos retos sobre o ser que compartilho vínculos em comum ,mais que terá que explicar-me o porque de  esgueirar-se  nos meus domínios em uma hora inoportuna e longe das minhas vistas. 

_Diga-me por qual motivo  tu estais aqui a esta hora?_exigente aguardo impaciente sua resposta.

Ele também encara-me mostrando que não intimida-se fácil,se assim o fizesse não seríamos irmãos.

Como se rendesse a guerra implícita na troca de olhares ,Amir esboça um meio sorriso que poderia ser dito como uma marca de família,erguendo em minha direção o amontoado de papéis que lia tão compenentrado assim que o avistei.

Sem urgência nos seus dizeres ele explica parcialmente o conteúdo contido nas folhas em suas mãos.

_Essas são as finanças referentes ao "Areias do SAARA" lhe trouxe para que verifique se estar tudo em comum acordo e por fim  assine,fui até os teus aposentos mais não o encontrei,deduzir que estivesse aqui  ao constatar que não ,por fim decidi que iria deixar sobre a sua mesa e pega-lo pela manhã.

Amir tem motivos plausíveis para estar aqui ,mais no entanto ainda não sinto-me satisfeito,lembranças de mais cedo invadem meus pensamentos e rugas  de frustração fazem morada em minha face.

_Não adentre mas ao meu escritório sem a minha restrita permissão me fiz entender ?_o aviso recebendo os documentos que mantinha erguido em minha direção.

Amir acena em concordância.

_Queira desculpar-me não foi minha intenção.

Amir não é de fazer uso de ironias ao expressar-se assim como Samir o faz,parece sempre calcular as palavras antes de dizer-las,mas é de uma responsabilidade incontestável no que refere-se aos seu lado dos negócios,não temos um alto grau de proximidade ,talvez eu seja um tanto culpado por este fato ,mas ele sempre mostra-se competente,olha-lo é como ver a face daquele que foi o meu pai ,ambos são de uma semelhança assustadora,talvez por isto mantenha certa distância.

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