capítulo 38

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             Samira Hamd.

Eu a odeio,a odeio com toda a repulsa que há em mim,irei vê -la queimar em brasas aos berros como a maldita puritana que é,messalina asquerosa que seu corpo transforme -se em lepra e caia aos pedaços em decomposição tão putridos que até os abutres irão rejeitar.

Todas as humilhações a que fui submetida serão cobradas eu juro que assim será.

Como atreve -se a falar daquela maneira comigo? está abaixo de mim,deve estar ciente disto enquanto durá sua curta estadia aqui.

Mas o fato de que parte dos motivos por ela encontrar -se daquela maneira deve-se a mim, alivia um pouco o minha ânsia por vê-la dissecada como um reles e desprezível animal.

Víbora rastejante.

Ordenei que costurassem o seu vestido com excesso de tecido prevendo que ela iria acabar esbarrando nós próprios pés e caindo, mas a cena diante dos meus olhos foi infinitas vezes melhor do que havia imaginado,a ratinha ranhosa despencou sobre Azafi de corpo inteiro,foi hilário e extremamente satisfatório de se ver,e Zayn não decepcionou na maneira como reagiu a isto,como o animal que sempre foi.

Mas antes do ocorrido havia fogo em seus olhos,algo distinto de tudo que já vi, ele a mirava com adoração, como se de fato houvesse sentimentos ali,como se fosse capaz de sentir algo naquele coração seco e de raízes murchas.

Nunca olhou -me daquela maneira,com aquele ardor.

Fervia o meu sangue.

Toda aquela atenção direcionada a ela.

Eu sou a Amira ,somente eu.

Logo irei garantir que sua existência desapareça para sempre,e nem lembrança irá restar,mas antes vou divertir -me um pouco para aliviar a minha crescente raiva,se não for para mim, também não será para ela.

O que tenho pronto para você.

Quando levanto o meu rosto e saiu dos meus pensamentos a criada responsável por cuidar da vadia está a minha frente e passa por mim levando consigo o que a fétida deveria comer,tenho vontade de cuspir na travessa em suas mãos.

_ Pare?_ a serviçal olha para mim ,e sorrio em sua direção e o faço,lancei minha saliva em direção ao prato sustentado por ela.

_ Isto é bem mais do que aquela coisa merece considere um privilégio.

Ela não diz uma palavra,por seu próprio bem ela sabe que é melhor desta maneira.

...

_ O que faz aqui? Já disse vais acabar nos matando? não sou a única neste lugar,esqueceu que este é um Harém? Não apareça desta maneira_ lá está ele estático na porta dos meus aposentos,sua intenção era adentrar.

A sua inconsequência está perigosa demais,parece gostar de viver ao extremo,já é dia.

_ Não estás falando com um amador,sei perfeitamente esquivar-me para que não me vejam,mas admito está sensação de sermos pegos excita-me,a você não querida?e já disse que não me dê ordens.

Lunático.

Ele passa a língua entre os seus lábios os repuxando em um meio sorriso,seus olhos faiscam desejo,apesar de suas ásperas palavras.

_ Você é um louco?_ sei bem a resposta para isto.

_ Óbvio, completamente louco por você.

As palavras saíram de sua boca carregada com tanta luxúria.

Suas mãos se apoderam de minha cintura,fazendo uma certa pressão e seu nariz aspira o cheiro dos meus cabelos por cima do tecido que tinha sobre eles.

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